A Fantástica Lei do Retorno

Jantar

Maju narrando

—o que foi?—perguntei ficando sem graça

—sinto sua falta—falou, girou nossos corpos e me presou na parede

—Henrique...

—por favor morena eu sinto sua falta— me encarou nos olhos

—faz quanto tempo que você não transa?—perguntei já imaginando a resposta, mais ele não respondeu —era o que eu esperava —tentei sair mais ele me impediu

—Morena, não complica

—não estou complicando, só fiz uma pergunta

—desde que eu descobri que você voltou, eu não transo desde que eu descobri que você voltou

—e porque já não respondeu isso de primeira?

—não era necessário você saber, eu quero você morena, não qualquer outra putinha que eu já comi

—Henrique, por favor...

—Morena, não complica, por favor

—Depois de sábado, conversamos sobre isso—falei e ele me deixou sair, quando eu estava deixando o galpão para trás eu o ouvi gritar e dar um tiro— desculpa mesmo, mais agora não é o momento—mormurei para mim mesma e sai rasgando para a minha casa

[sabado, no jantar]

Já estava pronta, e atrasada, o Henrique já havia chegado e estava me esperando na sala, peguei o meu celular e desci as escadas

—vamos?—perguntei e ele confirmou com um curto aceno— eu vou dirigir

—nem fudendo que você vai dirigir meu carro novo

—nem fudendo que você vai ir se eu não for dirigindo —dei um sorriso sarcástico e ele me jogou a chave com relutância —ótimo

Entrei dentro do caro, e ele esta bem limpo pra ser do Henrique, não vou falar nada, ele deve roubado recentemente, o caminho foi total silêncio, às vezes pegava o Henrique me encarando, mas mesmo assim ele não falava nada, não o conheço tão bem quanto eu achava que conhecia

—você esta muito bonita —falou chamando a minha atenção e me pegando de surpresa

—obrigada, você também esta muito bonito—falei e ele deu um sorriso de canto, abriu a boca mas nada saiu, ficou quieto — fala o que você quer me falar, Henrique eu sei que quer dizer algo

—nada—falou e novamente o silêncio reinou, e logo chegamos na casa dos meus pais

—chegou a atrasada—falou Rafael abrindo a porta, revirei os olhos e o empurrei para dentro

—que bom que chegou filha, Sophi já está...—parou a fala no meio quando viu Henrique

—oi mãe —falei e logo ouso passos apressados vindo na direção da sala de estar

—MAMA VEIO— gritou falando errado e abraçou as minhas pernas

—oi filha—a peguei no colo, e dei um beijo estralado na sua bochecha e ela deu uma risada gostosa

Sophia se parece bastante comigo, clara, de olhos azuis, cabelos lisos, mais o jeitinho dela é exatamente a do Henrique, o modo de falar, andar tudo, mais ela tem que ser apaixonada por armas igual a mãe, e a inteligência também, porque se puxar do pai, fudeu de vez, vai ser a mais burra da escola

—quem é mama?—perguntou apontando para o Henrique que estava parado nos fitando

—mamãe precisa conversar sério com você

—Gabriel e Rafael, porque vocês não vão procurar o pai de vocês enquanto eu termino o jantar

—aah não mãe —falar em uníssono

—eu não estou pedindo, estou mandando, AGORA— falou brava e eles foram reclamando

—lembra quando a mamãe falou que seu papai tinha deixado a mamãe triste, e por isso você tinha que ficar aqui?

—o papa magoo a mama

—é o papai magoou muito a mamãe, mais agora já passou, mamãe e papai já se resolveram, e agora você vai poder ir morar com a mamãe

—mais o papa foi mal, eu não goto dele—falou e fez bico, isso me lembrou da Lolla, ela é muito parecida no jeito de ser da Loh, se pegou ranço é mais fácil reencarnar a criança

—Lo... Sophi eu e o papai já estamos bem, a mamãe não está mais brava com ele

—chorando mama?—falou e eu coloquei a mão no meu rosto e ele estava molhado —foi o papa?

—não —respondi com urgência —o papai não tá fazendo a mamãe chorar, o papai ele é bom, ele tá aqui pra te conhecer, porque a mamãe já se acertou com ele e agora já está tudo bem

—o mama não tá bava com o papa?

—não filha, a mamãe ama muito o papai —falei, pera, eu não queria falar isso porque eu disse isso?

—mais que a Sophi?

—não, a mamãe ama muito mais a Sophi

—conversa com o papa—falou e olhou por cima do meu ombro

Henrique narrando

Eu tenho uma filha? Ual, ela é linda, uma cópia perfeita da Maju, os olhos, cabelos, cor da pele, mais o jeitinho dela, era exatamente igual ao meu, era disso que o Gabriel tava falando que a Maju não queria contar, por isso ela estava me evitando e se mudou, ela estava escondendo a filha dela de mim, ou melhor a nossa filha, eu tenho uma menina, minha princesa

Ela se parece com a Lolla, cabeça dura, acho que elas aprenderam isso com a mãe delas, certeza, a Maju chorou deve ter lembrado da mesma coisa que eu, eu queria ir ale e a abraçar, ter ela nos meus braços, mais eu fiz merda, e agora vou ter que arcar com as minhas consequências, espero tê-la novamente para mim, só para mim

Fiquei encantado com a minha filha, ela era linda, perfeita igual a mãe

—conversa com papa?—quando ela falou aquilo, eu gelei, eu não sei o nome da minha própria filha, eu tava pensando nela mais eu não sei o nome dela

—Claro que pode Sophia—Maju viu a minha cara de desespero me ajudou, dou graças a Deus por ela me conhecer tão bem, está na hora de conversar com a minha filha.
__________________________________________continua

Linda família

Bjs da tia Caah 🌻