Minha filha

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Henrique narrando

—quer conversar sozinho com ela?—perguntou Maju, e eu não respondi, eu não sei se estou pronto para conversar sozinha com a minha filha—se quiser eu fico com você

—fica mama—falou Sophia me salvando

—tá bom eu fico —falou se dando por vencida e se sentando no sofá

—vem cá papa—falou batendo no sofá do lado do seu lado —qual o seu nome?

—Henrique

—eu sou a Sophia Alves Albuquerque Obamy —não sei se sinto ciúmes por ela ter colocado o nome de outro homem, sendo que ela é a minha filha, mas

—que lindo seu nome, do que você gosta de fazer?—perguntei tentando não acabar com o assunto

—aaah eu gosto de brincar...—ela foi falando eu eu ficava cada vez mais encantado com ela, essa criança era fantástica, ela era fantástica demais para viver a vida que eu vivo, fantástica demais para ter um pai como eu

Maju narrando

Vi que eles estavam bem entretidos com o assunto e que eu estava sobrando então eu sai e fui atrás do meu pai, o procurei no escritório e lá estava ele, com meus dois irmãos

—oi pai—falei entrando na sala dele

—oi pai?—ele perguntou bravo, não entendi nada— oi pai Maria Júlia? Qual o seu problema? O que você tem na cabeça?—perguntou se levantando

—pai, para —falou Gabriel

—que parte do NÃO conta para o Henrique que ele é o pai dessa criança você não entendeu? Você tem algum problema no ouvido ou tem alzheimer? Tem como me obedecer uma vez na vida ou tá difícil?

—tá difícil Bruno, sabe porque tá difícil, porque eu tive essa criança, porque eu quem cuidei dela, porque fui tudo eu, porque você não pagou nada para ela, e se pagou eu devolvi o dinheiro no final, pois ela é MINHA filha, pois l Henrique tem todo o direito de saber que ele tem uma filha comigo, você não a teve, você não viu a sua filha morrer na sua frente e ter que a enterrar, então me deixa uma vez na vida eu tomar as minhas decisões sem a sua permissão ou não, pois eu já sou bem grandinha para saber o que é certo ou errado para a MINHA vida—falei chegando mais perto

—ela vive as minhas custas, ele está de baixo do meu teto, eu tão eu tenho total direito de opinar ou não na sua vida, eu sou SEU pai

—foda-se que você é o meu pai, eu já sei me cuidar sozinha, além disso fiz isso por toda a minha vida

—cala boca—falou e me deu um tapa na cara, forte, mais tão forte que meu rosto chegou a virar

—não, eu não vou calar a minha boca, além disse ela é minha, e você não tem direto nenhum de opinar na minha vida

—você está sobre o meu teto, exijo o mínimo de respeito —falou e quando ele ia erguer a mão novamente para mim, eu o empurrei

—FICA LONGE DE MIM, se o problema é que eu estou na sua casa eu saiu —falei e sai do escritório dele, fui até o quarto da Sophi e fiz as malas dela, taquei tudo dentro, nem me preocupei com nada, fechei a mala e desci as escadas, guardei as coisas dentro e fui até o carro, joguei a mala lá dentro e coloquei a cadeirinha da mesma no banco de trás, voltei para dentro de casa e fui até a sala onde a Sophi mostrava algo na mão dela para o Henrique

—Vamo Sophia —falei a puxando pelo braço

—não mamãe eu quero ficar

—Sophia não discute comigo, vamos embora

—EU NÃO QUERO— gritou e fez voz de choro —paraaa eu não quero ir embora —falou e tentou se soltar da minha mão, a peguei no colo

—ou tá machucando ela—falou Henrique —se acalma seu olho ta vermelho

—PARAAAAA—gritou e começou a chorar

—Sophia se você não parar vai apanhar, e eu estou falando serio—falei a ajeitando no meu colo, já que a mesma se debatia e estava caindo

—que gritaria é essa—falou minha mãe aparecendo na porta— onde está indo filha

—embora e não vou voltar, arruma o que sobrou da Sophia aqui e depois da para o Gabriel ou Rafael levar para mim, tchau mãe —falei e coloquei a Sophi na cadeira e ela continuou se debatento— EU TO PERDENDO A PACIÊNCIA COM VOCÊ SOPHIA SOCEGA— gritei realmente ficando mais brava

—eu não quero ir embora —falou chorando

—você não tem que querer nada até saber tomar decisões certas—falei e finalmente a consegui prender na cadeira entrei do lado do motorista e comecei a dirigir em alta velocidade

—ooouuu diminui a velocidade—falou Henrique e me encarou— o que é isso no seu rosto?—perguntou e tocou no meu rosto —quem te bateu?— fiquei quieta— Quem te bateu caralho— não respondi— reponde merda

—meu pai, tá legal, meu pai

—o vovô te bateu?—perguntou Sophia, ainda com voz de choro

—bateu, bateu filha—falei e depois ficamos em silêncio até chegarmos no morro, pedi para o Henrique pegar a mala e eu peguei a Sophia que dormia, a coloquei na minha cama e fui tomar um banho, nem me importei com o Henrique, eu sei que ele ia colocar a mala no meu quarto e depois iria embora, demorei bastante no banho, sai e me encarei no espelho, meu rosto estava vermelho, e com marca de cinco dedos bem na minha bochecha, doía um pouco mais nada que depois passe, me troquei e sai do banheiro—puta que pariu—tomei um susto ao ver Rique sentado na minha cama—cadê a Sophi?—ela não estava mais deitada na minha cama

—está dormindo no quarto de hóspedes, e não vai cair da cama—falou e me encarou— deixa eu ver seu rosto—se levantou e veio até mim

—não precisa, esta tudo bem—falei e me virei para pendurar a toalha

—então deixa eu ver—falou e me virou— ele tá vermelho, dói?—tocou de leve e eu fiz uma careta

—já aconteceu piores— me livrei do seu toque

—vem cá —falou abrindo os braços para mim— você precisa de um abraço

—eu to bem—falei, mais não adiantou de nada, ele me puxou para seu abraço e ali foi como um choque de realidade, foi como se eu saísse do meu mundo de fortona e fosse para o mundo da antiga Maju, e eu desabei ali mesmo, nos braços do meu ex namorado, eu chorei aquela noite, eu chorei de chegar a soluçar, porque tem que doer tanto?
__________________________________________continua

Desculpa pelo capítulo merda, mais eu to com sono e eu estudo, e faço curso e depois do curso eu vou para o polo aquático, então eu estou morta de final de semana , tenho que ocupar a minha cabeça

Bjs da tia Caah 🌻

A Fantástica Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora