Exposição em vermelho

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Finalmente chegou o dia do evento que sugou muito de minha energia e que me orgulho em fazer parte: a exposição Crianças e Adolescentes que sonham

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Finalmente chegou o dia do evento que sugou muito de minha energia e que me orgulho em fazer parte: a exposição Crianças e Adolescentes que sonham.

Há uns anos saíram informações estatísticas que as ambições juvenis decaíram, todos tem buscado formas mais fáceis de viver, o que gerou em desaparecimento de profissões e uniformização de trabalhos. Depois da conversa que presenciei na cafeteria, comecei a pensar se não está tudo relacionado. Quem sabe o que Kim Namjoon dissera seja algo que realmente melhore o estilo de vida da sociedade? E Jimin, que me apoiou com tanto afinco quando soube do projeto social, provavelmente, já estava tentando me preparar para o que fosse me revelar.

Falando nele, não o vejo desde aquele dia. Voltamos a somente trocar mensagens instantâneas que ele apenas me responde horas ou dias depois. É frustrante notar que não saímos do lugar. Sinto tanto sua falta que me dói só de imaginar que pode não comparecer hoje.

Pessoas não pararam de chegar assim que as portas foram abertas. Não sei exatamente como uma causa social como esta chamou tanta atenção das pessoas, mas é bom saber que há quem ainda se preocupa com as novas gerações. Avistei meus pais no meio da multidão, corri para abraçá-los. Já havíamos nos falado por telefone, fui sincero e expressei tudo que Jimin jogou na minha cara. Eles disseram para não me preocupar com isso, estarão felizes se eu estiver feliz. E agora ouvindo pessoalmente o quão orgulhosos estão do meu trabalho, só me faz pensar no que deixei de aproveitar por medo. Os acompanhei até ser parado de novo por pessoas querendo me cumprimentar e parabenizar. Avistei mais ao longe, diante de um quadro gigantesco – feito por mim –, uma figura familiar o observando e não estava sozinha. Cabeleiras negras da sua altura esticam o pescoço para sussurrar algo enquanto ele umedecia os lábios um tanto apreensivo. Entreguei os visitantes aos meus colegas também expositores e marchei até um nada chamativo Park Jimin com seu terno laranja. Min Yoongi notou minha aproximação, falou mais alguma coisa e saiu.

– Por que não foi falar comigo? – questionei, parando do seu lado.

– Ah, me distrai com essa obra – continuou encarando-a. As lentes dos óculos a refletiam perfeitamente.

– E com o Min também, pelo o que vi – troquei o peso para a outra perna.

– Eu nem ouvi o que disse.

– Mesmo?

Olhei-o dos pés a cabeça. Sua magreza permanece e as olheiras também, mas seu rosto não estava pálido, graças ao blush rosado que usa.

Tentando transparecer saúde, tsc.

– Não acredito que isso está aqui – comentou, incomodado.

– Eu te falei.

– É, mas ainda é estranho – curvou a boca para baixo.

Desci minha mão para tocar a dele.

– Sei que é pessoal e muito íntimo, mas, se você me inspirou, por que não posso fazer o mesmo com as crianças? – ele sorriu pequeno.

A pintura que fiz é o retrato de um dia em que repensei sobre minha vida e Jimin.

RED RING • VminOnde histórias criam vida. Descubra agora