Descoberta em vermelho

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Estávamos bem. Jimin teve algumas crises, tomou uns comprimidos e melhorou. Os dias em minha casa foram cheios de amor e atenção até Seokjin entrar em contato, o menor ir buscar as credenciais e sumir por três dias.

Eu estava perto de ter um ataque do coração de tanta preocupação. Ele não recebia minhas mensagens, não atendia minhas ligações e, o pior de tudo, não estava em seu apartamento. Onde você se meteu? Se ele passou mal e está internado de novo, eu nunca saberei. Min Yoongi não iria me avisar e nem abriria brecha para que eu descobrisse. Não consegui, também, falar com Jung Hoseok. Estou exausto, sem dormir há dias e hoje é o aniversário de Jimin. Meus choros desesperados não bastam para aliviar a dor de sua ausência.

A campainha tocou, estranhei. Quem as quatro da manhã veio me visitar? Só pode ser ele!

Abri a porta. Madeixas castanhas, óculos redondos, olheiras e o corpo alguns quilos mais magro que da última vez que o vi. Junto com o ar frio e a escuridão da madrugada, Park Jimin retornou. O agarrei sem dizer nada, ele permitiu.

– Você me odeia, não é? – perguntei, segurando o choro. – Que droga, Jimin. Não faz mais isso.

– Desculpe, tive que resolver umas coisas – falou, constrangido.

– Que coisas? – nos afastei.

– Um dia você saberá.

– Jimin.

– Não se preocupe mais, ok? – me empurrou para dentro, já que ainda estávamos do lado de fora. – Tome um banho, temos de ir aos Arquivos.

Suspirei, acenado com a cabeça. Fui direto ao banheiro e me banhei rapidamente. Qualquer instalação governamental é bem longe das cidades e se o mais baixo está aqui, então, teremos uma longa viagem.

Voltei para a sala já pronto. Jimin estava sentado segurando um porta-retratos com uma foto nossa de anos atrás.

– Preciso levar alguma coisa? – perguntei.

– Não. Quanto menos levar, melhor – se levantou.

– Vai querer começar dirigindo ou me entregará tal honra? – peguei a chave do meu carro.

– Não vamos no seu carro – direcionou-se a porta. – Eu aluguei um – foi para fora.

– Ué, mas por quê? – corri atrás dele e quase esqueci de trancar a casa.

Jimin me esperou encostado no utilitário preto.

– Te explico no caminho – respondeu, tamborilando a mão enluvada no capô.

Entramos no carro e ele logo deu a partida, seguindo pela rua.

– Seremos funcionários de outra cidade indo recolher informações para o futuro projeto – contou.

RED RING • VminOnde histórias criam vida. Descubra agora