Encontro em vermelho

630 90 22
                                    

– Sabe o quão imprudente você foi? – Jimin me censurava por cima dos óculos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

– Sabe o quão imprudente você foi? – Jimin me censurava por cima dos óculos. – Falei para não se envolver.

– Pois a culpa é toda sua – rebati, me servindo com mais chá de flor de jasmim. – Jiminnie, não precisa fazer nada. Eu vou ver tudo com o Jung, daí poderei ser sua fonte.

– De jeito nenhum! Você está fora disto! – foi enfático.

– Não pode me proibir, ainda mais dentro da minha própria casa – o desafiei com o olhar.

– Tae, é sério...

– Eu sei que é, por isso não te deixarei sozinho – ele bufou.

Seu celular vibrou indicando várias notificações. Sua expressão ao vê-las não era das melhores.

– Droga – xingou baixo.

– O que foi?

– Nada – abanou a mão.

– Jimin – o chamei.

– Não é nada – persistiu.

– Não me obrigue a tomá-lo de você – ameacei.

– Tae – me encarou e eu aproveitei a deixa para puxar o aparelho de suas mãozinhas. – Não! Me devolve.

Levantei-me da cadeira rápido, me distanciando. Eram mensagens de Jung Hoseok querendo se encontrar conosco daqui a dois dias no parque Banpo as três da tarde. Sorri e me aprecei a digitar um "Estaremos lá" antes do menor me tomar o celular.

– O que você fez? – olhou para a tela. – Ah, ele já visualizou. E respondeu – me fitou desanimado. – Por que, Tae?

– Porque eu te amo – respondi, o abraçando de repente.

Jimin ficou sem reação e eu gostei. Também não me afastou, só respirou devagar.

– Não devia.

– Para de falar isso. Depois de receber alta ficou ainda mais depressivo – o apertei contra mim. – Sorria como antes. Ao menos finja gostar da minha companhia.

– Eu amo estar com você, nunca duvide disto – finalmente retribuiu o abraço.

– Então, fique aqui em casa até tudo se resolver – acariciei seu cabelo castanho macio.

– Pode levar muito tempo – esfregou o rosto em meu peito como sempre fazia.

– Justamente por isso – ele riu abafado. Meu coração acelerou.

– Se acalme, por favor – com certeza se referiu a minha palpitação evidente.

Minha face esquentou involuntariamente.

– Está pedindo o impossível – respondi, um pouco constrangido.

Convenci Jimin a esquecer seu trabalho e assistir um filme comigo. Foi como nos velhos tempos: sentados no sofá, enrolados no cobertor e de mãos dadas, rindo juntos a cada cena cômica. Senti-me realizado depois de muito tempo. Parece que a minha vida só vale a pena se esse nanico está comigo. Se eu pudesse parar o tempo agora, diria que alcancei a utopia da felicidade.

RED RING • VminOnde histórias criam vida. Descubra agora