Arrependimentos

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Henry.

Ele estava ali, bem na minha frente.

O construtor dos meus piores pesadelos.

Corri em sua direção e dei um tapa em sua cara. Ele botou a mão no local onde bati e esfregou, depois me encarou, como se não entendesse o porque de eu ter lhe batido.

- Ah - O encarei com fúria, como se o fuzilasse com o meu olhar - vai se fazer de coitado agora?

Ele engasgou, e depois de esperar mais um pequeno momento, ele disse rouco

- Eu não estava lá aquele dia, eu não soube de nada até dois dias depois - seu olhar se encheu de lágrimas, e ele lutou contra elas, eu ainda o encarava sério - no outro dia, eu fui correndo ao hospital, ninguém estava lá, além de sua mãe...

Parei de respirar, e desmaiei.

FLASHBACK ON

1 Ano atrás

Estava saindo de casa, ainda muito abalado com o que eu tinha... Feito.

Esperei no ponto do ônibus, meu pai não tinha como me dar carona, pois ele está muito bêbado. Não havia achado minha mãe em casa, então, vou de ônibus mesmo.

Logo que entrei naquele ônibus, me arrependi imediatamente. O cheiro de suor misturado com as pessoas espirrado. Nojento.

Ainda bem que foi rápido e cheguei ao hospital. Praticamente corri para dentro, nem dando oi para Melody ou ligando para as outras pessoas que ali se encontravam.

Quando cheguei, a porta, hesitei.

Já havia alguém lá dentro. A porta estava semi aberta e havia uns barulhos de choro ali dentro, pensei que fosse da minha mãe, então a abri. E vi a segunda pior cena da minha vida.

Henry é quem estava chorando num canto da sala, e quando me olhou chorou praticamente o dobro. E logo ao lado dele, estava minha mãe segurando a mão de meu irmão inerte. Mas não era só a mão dele que estava sem se mexer.

Movi meu corpo e consegui ver melhor, e me desabei a chorar.

Havia uma agulha espetada em seu braço, e estava totalmente vazia. Minha mãe estava morta.

FLASHBACK OFF

William Afton - Um homem cujo coração era roxoOnde histórias criam vida. Descubra agora