Singularity Shop || JJK

Chapter 4 - May, 4th

Disposta a tentar uma pequena mudança na minha vida pessoal, eu decidi ir passar a noite com minha tia. Mesmo que eu não tivesse ideia do que isso poderia me ajudar ou por quê exatamente eu queria correr de Jeon Jungkook, liguei para tia Teruko no final da manhã e avisei que iria até a casa dela durante a tarde.

Arrumei minha bolsa com roupas no canto do quarto de hóspedes e admirei o lugar. Era bem maior do que o meu próprio quarto e tinha um closet exageradamente grande em um dos lados, assim como uma mesa para estudos, uma televisão e uma cama de casal tão espaçosa que, no meu ponto de vista, caberia uma família completa ali.

Ou talvez eu estivesse tão exagerada quanto o closet.

Suspirei e segui até o corredor, avistando minha tia na cozinha, preparando alguma coisa com uma de suas ajudantes.

— Querida! — Ela sorriu ao me ver, pegando um guardanapo e enxugando as mãos.

— O que vocês estão fazendo? — Questionei, me aproximando e sentando na bancada, sentindo o cheiro bom que exalava de onde elas estavam.

— Preparando a janta. Você quer ajudar a fazer a sobremesa?

Assenti positivamente com a cabeça e ela se apoiou sobre os cotovelos no balcão, olhando para mim de uma maneira engraçada.

— E então, o que a sobrinha mais incrível do mundo inteiro vai querer?

Ri, revirando os olhos com sua perspectiva utópica de minha personalidade.

— Você fala isso porque sou sua única sobrinha. — Dei de ombros, escutando-a rir com minha constatação. - Não sei. Pode me dar opções? Funciono melhor quando tenho opções.

Ela batucou os dedos em seu queixo, pensativa.

— Yukari, o que você acha? — Ela se dirigiu à ajudante, que mexia alguma coisa na panela, de costas para nós.

— Eu sugiro bolos. São fáceis de fazer e gostosos.

— Ou panquecas. Panquecas de oreo.

— É uma boa escolha, Teruko. Se você soubesse fazer uma. — Minha tia rapidamente endireitou o troco, parecendo indignada com a acusação da colega.

— O que você quer dizer com isso? — Ela não conseguiu manter a carranca por muito tempo, rindo logo em seguida. — Aquela vez não conta, Yukari, eu não sabia que a massa era tão delicada.

Yukari riu, se virando para encarar minha tia. O olhar de desdém e a sobrancelha arqueada desafiavam as palavras dela, duvidando de sua veracidade.

— Teruko, massa de panqueca não é delicada, você que é bruta demais.

Titia riu, finalmente se dando por vencida e se voltando para mim novamente.

— A primeira vez que eu tentei fazer essa panqueca foi um desastre. E a segunda vez também. Na primeira eu a parti no meio e a metade voou pelos ares, na segunda, queimei a coitada até torrar. — Contou, dando de ombros em seguida. — Você quer tentar fazer essa receita inédita com a gente? Dessa vez dará certo!

— Claro que sim. — Concordei, rindo por sua trágica e cômica história, me levantando para ajudá-la no que quer que tivesse que ser feito para se criar uma panqueca de oreo.

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Sendo o mais honesta possível, eu não tinha nascido para cozinhar. No entanto, eu não era totalmente ruim ou um desastre em pessoa, o que facilitou minha vida no ambiente familiar em que estava e também me trouxe a sorte grande de acertar o ponto do recheio de marshmallow e deixá-lo bem cremoso — isso me rendeu diversos elogios de Yukari —, assim como pude ajudar minha tia, que realmente não parecia ter um pingo de habilidade para fazer aquela receita. Segundo ela, era somente aquela que lhe causava dores de cabeça e ela era tão boa na cozinha quanto a ajudante Yukari, que era formada e até já tinha apresentado alguns programas culinários famosos. Ela e minha tia se encarregaram da massa, me ensinando o máximo possível sobre cozinha e sendo o mais simpáticas possíveis quando alguma coisa que eu fazia saía dos eixos.