Olá, minhas pupunhas, como vão? O capítulo ficou meio grande por conta do obs logo abaixo, e acredito que todos os capítulos conseguintes também serão.
Espero que curtam a leitura e não esqueçam que vocês são incríveis <3
Obs: mais um aviso porque a tiazinha aqui é esquecida: essa fanfic terá muita descrição de sentimentos e monólogos, então quando forem ler, leiam com calma, paz no coração e paciência (porque eu sei o quanto pode ser chato ler tanta descrição na vida, mas As Crônicas de Gelo e Fogo tão aí pra provar que esse estilo de escrita é bonzinho, até) <\3
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Quando criança, eu escutei histórias de conhecidos da família que tinham cometido suicídio, e por ser ainda tão pequena, me senti confusa com o que escutei. Me lembro de ter me questionado: Como alguém poderia ser capaz de causar a própria morte quando o que o ser humano mais teme é a morte?
Depois, já um pouco mais velha, eu me vi caminhando todos os dias com um aperto incessante no peito e passando grande parte do dia trancada dentro do meu quarto, saindo apenas para comer e ajudar minha mãe nos afazeres domésticos. Acreditei ser vítima da tão famosa puberdade. Nesse mesmo tempo, também me lembro de ter conhecido pessoas, e que uma delas em especial me fez sentir uma coisa que há um bom tempo eu não sentia: felicidade. Eu subitamente me vi ansiosa para sair todos os dias para a escola e me arrumar para encontros com os amigos pela cidade. Após isso, essa mesma pessoa também me apresentou o amor e por eu ser ainda tão jovem, acreditava nesse patético conto de fadas que é o “amor da sua vida” e o “felizes para sempre”. Então, além de me apresentar o amor, também me foi apresentado, na minha adolescência e por essa mesma pessoa, a decepção e a dor de um coração partido. Naquele tempo eu chorei bastante, e talvez posso citar isso como o empurrão inicial da minha queda infinita no buraco da depressão. Foi a partir daí que eu comecei a perceber que o que eu tive durante todos aqueles anos não foram sintomas da tão temida puberdade, e sim de uma doença perversa e destrutiva. Ela se alojou em mim desde que eu era pequena — quando fiquei ciente de que em toda festa da escola de dia dos pais meu pai não apareceria —, e apenas esperou o momento oportuno para finalmente se revelar e dizer que eu não tinha mais como vencê-la, por ter fortificado-a por tanto tempo — como um simples primeiro coração partido.
Eu não tive coragem de contar para ninguém porque acreditava ser besteira, e que logo aquela sensação incômoda passaria e eu voltaria a sentir o que minhas feições mostravam. Entretanto, o “sorriso sem estar se sentindo feliz” me perseguiu por anos. Até hoje, para ser mais exata.
Porém, apesar de todas as controvérsias existentes dentro da minha cabeça e todas as dores que eu já havia enfrentado — somado com o log da perda que eu tinha acabado de sofrer —, o suicídio em si sempre foi um sonho distante, porque minha mentalidade era constantemente atormentada pela ideia, sendo jamais prosseguida até o patamar de praticar o suicídio.
Até essa manhã.
Acordar com a sensação incômoda de se sentir inútil, cansada, sem um pingo de vontade de fazer coisas banais — como tomar um banho ou escovar os dentes —, e ser acometida por um choro incessante que poderia ser capaz de quebrar meu peito, me fez buscar uma saída em diversos cortes transversais em meu pulso e antebraço direito, não tão fundos ao ponto de me fazerem sangrar até morrer, mas fundos o suficiente para causar dor e alívio a minha mente conturbada.
E não podemos nos deixar enganar com a ideia de que praticar o suicídio é somente morrer, porque o suicídio pode ser praticado de diversas maneiras, tanto com cortes e hematomas quanto com palavras e ações.
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Singularity Shop || JJK
FanfictionDesde que se entendeu por gente, Koyama Ayumi teve que lidar com a falta de seu pai ao seu lado, que havia morrido por conta de uma doença degenerativa grave. Passou parte da sua infância sendo uma típica criança saudável, mas quando chegou em seus...