seis

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Selina

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Selina

Sinto como se minha cabeça estivesse sendo esmagada, e que meus sentidos estivessem sendo testados. Por impulso, disse a verdade. Contei o meu maior segredo. Contei o principal que Declan detalhou por 1 hora inteira em seu escritório que eu não deveria revelar. Que eu deveria fazer tudo em segredo. Que se eu fosse vista, se o mundano alvo derramasse uma lágrima quando a flecha o atingisse, tudo estaria perdido. Eu só não sabia onde estava me metendo.

O mais doloroso de tudo, era que não sentia seu toque em meus braços. O poder da flecha realmente confirmou o que Declan tinha me dito.

"O mais importante, fique atenta, se uma lágrima sequer escorrer pelo rosto do mundano assim que você o atingir, saiba que o efeito virará contra você, e você não vai gostar do resultado."

Eu só não sabia no que poderia resultar.

— Anjo? Que tipo de brincadeira é essa?

Por não saber quais consequências poderia ter, decidi seguir o lema de Tronian.

" Para honrar cada pena de suas asas, que a verdade seja o seu primeiro caminho."

E foi o que eu fiz naquele momento. Não tinha mais para onde fugir. Era tudo ou nada.

— Sim, eu sou um anjo. Fui enviada para cá como forma de punição. — abaixo o rosto, por vergonha. Mesmo sabendo que ele não saiba o quão ruim é em Tronian ser punido, não me sentia confortável em nada naquela situação.

— Anjo do tipo que tem asas?

Olho para seus olhos verdes novamente.

— Sim, do tipo que tem asas. — Sabia que para eles era o mesmo que nós sabíamos sobre os mundanos. Não era algo concreto, mas que assim que tivéssemos a experiência de conhecer pessoalmente, saberíamos que era real.

Ele soltou meus braços, e mesmo sem poder sentir o toque, senti de imediato a falta de sua aproximação.

— Não pode ser. Me prove.

— Eu...

— Suas costas. Onde estão suas asas?

— Como eu disse, eu fui punida da minha dimensão...

— Do céu. — interrompeu ele.

— Vocês chamam de céu. Nós chamamos de Tronian.

— Eu devo estar muito bêbado ainda. — Ele virou de costas, e passou novamente a mão pelos cabelos.

Continuei.

— Com a punição, eu perdi minhas asas, para cumprir a missão de curar os corações partidos da sua espécie.

Ele se virou de imediato.

— Corações partidos? Você é um cupido ou algo assim?

— Não sei o que são cupidos, mas eu apenas atinjo quem eu sinto que teve o coração partido, com o arco e a flecha, e pronto.

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