sete

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Selina

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Selina

Sinto seus olhos em minhas costas quando levanto da cama e caminho até a estante onde guardei a poção azul. A encontro, e seguro em meus dedos. O vidro gelado com a minha pele quente. As únicas sensações que temos são com objetos e diferir o quente do frio. E esse mesmo vidrinho gelado tem em seu conteúdo o que pode ser capaz de me fazer sentir mais do que isso. Quebrar essa barreira.

Segurando firme o objeto em minha mão, me viro para onde ele está, e caminho até a cama. Subo, e fico de joelhos. Ele também. Ele está na minha frente, e me encarando.

— Você quer sentir? — pergunta.

— Quero. — afirmo com certeza .

Ele apenas me encara, e espera eu decidir o momento para começar. Eu não sei o que acontecerá depois que eu tomar essa gota, mas sei que será uma das melhores experiências da minha vida.

Giro o vidro em meus dedos, e puxo a rolha. A gota dança de um lado para o outro dentro do objeto, e brilha, como se quisesse me enfeitiçar antes mesmo de poder agir. Levo o vidro até os lábios, e antes de virar o conteúdo, olho em seus olhos. Ele está com uma expressão séria e concentrada, mas não pisca. Ele segura a minha mão livre, e quando não sinto seu toque, entorno a gota, que desce gelada pela minha garganta. Vejo sua mão ainda segurar a minha, e encaro seus olhos. Esperançosos.

Uma sensação quente passa por todo o meu corpo, e sinto que vou ceder, mas seu aperto se torna mais firme em minha mão, e não me deixa cair.

Mais firme.

Eu senti.

Arregalo os olhos e olho para o seu rosto.

— Você sente? — pergunta também com os olhos levemente arregalados.

— Acho que sim. — Roço meus dedos nos seus, e sinto sua pele macia tocar a minha. — Sim, eu sinto. Por Tronian, eu sinto. — Por instinto, abracei o seu corpo de encontro ao meu. Seu peito pressionado no meu, minhas mãos sentindo suas costas musculosas, e largas. Eu sentia tudo. E eu sentia que podia tudo.

Sem perder tempo, ele me beijou. E, céus, eu senti. Seus lábios molhados em contato com os meus. A melhor sensação que eu já poderia ter tido. Suas mãos ágeis puxaram a minha regata para cima.

— Você é tão linda. — sussurra encarando meu corpo, e depois o meu rosto.

Ele me deita delicadamente na cama, e fica por cima de mim. Naquele momento eu não penso em nada. Em dimensões, anjos caídos, em nada. Apenas nós dois e no que somos capazes de sentir e oferecer um para o outro.

Em segundos nossas peças de roupa estão no chão, e estamos pele com pele. Ele agarra minhas mãos e as pressiona no seu peito rijo. Leva a minha mão direita em cima do seu coração.

— Sente? Sente que você é, agora, a razão pra cada batida do meu coração?

Sinto através da palma da minha mão as batidas acelerados de seu coração. Aquilo me inunda do sentimento mais puro. Mais genuíno. Mais lindo.

— Sinto.

E nesse momento, ele se abaixa e me beija, no mesmo instante em que sinto ele entrando demoradamente em mim. Todas as barreiras de dimensões e espécies são quebradas no momento em que meu corpo e o dele se tornam um só. Sinto todas as emoções que eu sabia, até então abstratas, no meu corpo com o dele. Ele se movimenta, e acho que vou explodir com a pressão que sinto no peito.

Amor.

Quando sentimos a mais forte das pressões no coração quando estamos com a pessoa que faz os nossos sentidos se transformarem em nada mais do que pó.

Era apenas eu e ele ali. Nos descobrindo. Nos transformando. Nos amando.

Fundindo algo proibido.

Anjo e humano.

O sentimento mais puro.

O certo e o errado.

Tudo ou nada.

Agora ou nunca.

Aquela experiência com ele tinha prazo, e eu não queria que acabasse.

Senti uma das mais fortes sensações de explosão dentro de mim, quando meu corpo se desfez embaixo do dele, e o dele em cima do meu. Nossas respirações se misturaram, e a realidade caiu sobre nossas cabeças.

— 48 horas? — ele sussurrou no meu pescoço, me abraçando com mais força.

— 48 horas. — confirmei.

— Então eu tenho 48 horas pra mostrar pra você tudo o que você causou em mim, e tudo o que é capaz de fazer a partir de agora.

E nos fundimos mais uma vez, e outra. Até sermos apenas cansaço, e nos abraçarmos, sentindo a pele um do outro enquanto tínhamos um sono cheio de promessas não ditas.

 Até sermos apenas cansaço, e nos abraçarmos, sentindo a pele um do outro enquanto tínhamos um sono cheio de promessas não ditas

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