capítulo cinquenta e sete ♡

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Não xinguem a Heloísa!!! Bjsssss, Boa leitura.

~ Heloísa narrando ~

Primeiro o Pk.

Agora o meu pai.

A vida não poderia ser melhor pra mim.

Sério mesmo, ela deve rir da minha cara todo dia.

Abraço seu corpo.

Heloísa: ALGUEM ME AJUDAAAAA. - grito em busca de socorro.

Pego seu radinho.

Heloísa: ALGUEM ME AJUDA, MEU PAI TÁ COM DOIS TIROS NO PEITO.

XXX: To indo.

Jogo seu radinho, Deus não deixa por favor!!

Heloísa: Olha pra mim, por favor. Eu to aqui, eu te amo, você é meu papai. - ele me olha com seus brilhos nos olhos.

Rodrigo: Querida.. - ele tosse. - eu estou com pressa. - fala com dificuldades.

Heloísa: Não tem nada de pressa aqui, você vai ficar bem. Eu amo você, você tem que me ver casar, lembra? Você prometeu papai, você prometeu. - choro apertando seu ferimento pra tentar estancar o sangue.

Cadê esses cara que não chega?

Rodrigo: Eu tenho que ir mas é  temporário meu amor. - ele diz e eu nego com a cabeça. - Quando eu te olho, eu me vejo em você princesa.. - ele diz me fazendo chorar mais ainda.. - minha menininha vai me perder.

Heloísa: Eu não vou papai, o senhor vai ficar vivo. Ana Júlia precisa de você pai. - choro mais ainda, ele não para de sangrar e de tossir.

Rodrigo: Meu amor eu não quero ir, mas eu tenho. - nego com a cabeça.

Pego o radinho.

Heloísa: Tá tricotando Porra? Anda logo caralho. - grito

Xxx: Tem muita gente morta.

Heloísa: Se divide, da teu jeito. Só vamo logo Porra.

Coloco o radinho de lado e vejo Geovana vindo na minha direção.

Geovana: Amigaaaa? - grita e Corre.

Heloísa: Me ajuda por favor amiga. - ela assente.

Geovana: Me ajuda a levantar ele. - assinto.

Meu pai é um homem muito pesado, mas mesmo toda machucada eu pego todas as minhas forças e coloco ele dentro do mesmo carro que estava a Raquel com o Nando.

Geovana: Eu dirijo.. - ela diz mas eu nem presto atenção. - Amiga? Foca aqui! Você não pode dispiar assim! Levanta a cabeça dele pra ele não engasgar. - assim o faço e ela liga o carro.

Rodrigo: Filha? - eu o olho.. - esse tipo de ferimento é muito grave eu acho que não vou resistir.

Meu coração se aperta.

Heloísa: Não fala nada pai. Você consegue, você é forte. - vejo Geovana no banco da frente se emocionar.

Rodrigo: presta atenção Heloísa, eu to morrendo filha. - nego com a cabeça, eu me recuso. - Mas o céu não é longe filha, eu sei que um dia você vai me visitar. - nego mais uma vez.

Lágrimas caem do meu rosto, choro sem parar mas continuo apertando o ferimento.

Heloísa: Corre Geovana, ele ta perdendo a cor. - ele aperta mais o acelerador.

Rodrigo: Olha pra mim. - eu o olho. - eu não achei que seria assim, por favor me escuta. - que sensação ruim. - eu não aguento mais filha.

Heloísa: Pai não faz isso por favor. - choro mais ainda.

Geovana: Estamos chegando, mais 5 minutos. - diz apressada e chorando também.

Rodrigo: Não con.. con.. consigo te ouvir.. - ele começa a engasgar

Heloisa: Pai não, por favor. Pai por favor. - levanto a cabeça dele o mais alto possível.

Geovana: Levanta mais Heloísa. - ela grita.

Heloísa: To tentando. - levanto a cabeça dele e vejo ele quase fechando os olhos, bato em seu rosto e ele abre os olhos novamente. - pai olha pra mim, não fecha esses olhos.

Rodrigo: está fica..ficando difícil respirar.. - eu chorava com força.. - eu nem consigo ver suas lágrimas meu amor.. - ele segura minha mao, sua pele está totalmente gelada.. - Mas, eu sei que você vai ficar bem. Cuida da Júlia?

Heloísa: Eu não vou cuidar, por que você que vai cuidar pai. Ela te ama, eu te amo. Não deixa a gente por favor!! - imploro, segurando sua mão.
Rodrigo: Vocês vão poder falar comigo a qualquer momento. Agora eu tenho que ver você deixar os meus olhos, mas a gente se encontra filha. Eu te amo muito minha princesinha. - sinto ele soltar minha mão.

O vejo fechar os olhos. Bato no seu rosto.

Heloísa: PAI, PAI POR FAVOR. ACORDA, DIZ QUE ISSO É BRINCADEIRA. POR FAVOR PAI! - abraço o seu corpo.

Nem vejo quando os enfermeiros abrem a porta e tira ele dos meus braços.

Heloisa: Meu pai. - falo e salto do carro, entrando correndo no hospital.
Enfermeiro1: Estamos perdendo ele, direto pra sala de cirurgia.

Enfermeiro2: Morfinaaa. - aplica e eu tento chegar perto da maca quando eles ultrapassam uma porta.

Alguém me puxa.

Enfermeiro 3: Você não pode passar dessa porta senhora. - me debato nos seus braços.

Heloísa: Ele é o meu pai, meu papai. - grito e sinto Geovana me abraçar.

Enfermeiro3: Faremos o possível senhora. - e ele se vai por aquela porta, levando consigo o cadinho que restava da minha esperança.

Maktub. - O COMEÇO. Onde histórias criam vida. Descubra agora