~ Geovana Narrando ~
(3 anos atrás)
"Piranha"
"Vagabunda"
"Puta"
"Desgraçada"
"Vadia"
"Safada"
"Você sempre quis ser igual a mim, pra que? Pra dar pro meu marido sua piranha?"
Estranho, né? Palavras e frases que eu nunca imaginei ser dirigidas à mim e ainda mais pela pessoa que eu mais amei. Minha mãe.
Ela "surtou" quando eu surtei e decidi contar à ela que o marido dela abusava de mim.
Nunca conheci meu pai e tudo começou quando minha mãe colocou esse homem dentro da nossa casa.
Eu tinha 5 anos e vocês podem imaginar o que aconteceu.
E foi assim, durante esses dez anos. Até que minha mãe precisou dormir fora e ele se trancou comigo dentro do meu quarto.
Me recusei a fazer o que ele queria, disse que não aguentava mais ser abusada por ele e então eu tomei uma surra como nunca tomei na vida.
Quando a minha mãe chegou tudo já tinha acabado. Eu estava chorando no meu quarto, quando ela entrou e me perguntou o que tinha acontecido.
Como ele não estava eu achei que aquele era o momento certo de contar, me enganei.
Ela disse que eu mereci por ter dormido de shortinho no MEU QUARTO, me xingou, me humilhou e mandou eu ir embora de casa.
Sem direção nenhuma fui pra um morro, talvez lá pudessem me ajudar. Conversei com o dono e com apenas 15 anos tive que aprender a me virar.
Já se passou uma semana do ocorrido e eu continuo chorando, ele me deu 3 meses pra arrumar um emprego. Foi bom até demais.
Dou uma geral na casa, tomo um banho e descido fazer algo pra comer. Logo começa a chover forte, então fecho às janelas e pego meu celular observando às horas.
21:30hrs à hora do medo, a hora que ele entrava no meu quarto e me atacava.
Entro no meu quarto e fecho à porta trancando à mesma. Deito na cama e me recordo de uma vez que ele abusou de mim, essa foi a pior de todas, até mesmo da última que ele me bateu.
Meu corpo se arrepia, meu estômago embrulha e eu saio correndo para o banheiro vomitar. Fico com nojo de mim mesma e choro.
"Eu estava dormindo e ouvi a porta ser destrancada, logo acordei e olhei pra ele ali sorrindo. Eu estava de calça legging e uma jeans por cima, camiseta, blusa de manga e casaco. Não, não estava frio. Apenas estava evitando o toque dele, ele foi se aproximando e eu lembro muito bem das suas palavras "seja uma boa menina", eu chorava baixinho e implorava "por favor, não faz isso. Eu não te fiz nada, me deixa por favor." Ele me puxava para perto dele e eu me debati quando ouvi ele me ameaçar "já mandei ser uma boa menina, ou quer que a mamãe saiba e te coloque pra fora?", parei de reagir e ele foi tirando cada peça da minha tentativa de proteção, eu chorava baixinho e pedia a Deus para tudo terminar. Deitada naquela cama e sentindo ele me penetrar, eu so conseguia pensar como ele conseguia fazer isso com uma criança de 11 anos? Qual prazer ele sente nisso? Ele me vira e penetra via anal, eu soltei um grito de dor, eu era virgem por todos os lugares, ele imediatamente tampou minha boca "cala a boca vadiazinha, eu sei que você gosta", eu negava com a cabeça e chorava. Logo ele terminou de fazer aquilo e saiu do quarto me deixando ali, invadida e destruida."
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Maktub. - O COMEÇO.
Teen FictionMaktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". CONCLUÍDO E REVISADO ✅