I see you [pjm+jjk]

Capítulo 7

Dia seguinte: 18h

Finalmente Park pôde descansar depois do procedimento o qual ele tomou 3 tipos de medicamento para dormir durante as 7 horas. Apesar de ter ficado desacordado, seu corpo parecia cansado e tenso. Mas é claro que sua disposição mudou quando a enfermeira avisou que faltavam poucos minutos para que ele pudesse receber visitas. Seu peito se aqueceu, mas por um momento ele pensou se estava apresentável à Junkook. Não sabia como seu rosto estava depois da cirurgia e isso o deixou um pouco inseguro. Já dizia sua falecida tia: "você pode conseguir o que quiser se for bonito". Mas ele era bonito? E se fosse, conseguiria conquistar Junkook apenas por ser bonito? Sua mente vagou por essas perguntas até que sentiu uma parte da cama afundar.

- Jimin-ssi - sua voz saiu mais suave do que o normal

- Uh... Oppa! - ele sorriu e tentou se sentar mas foi impedido pelas mãos de Jeon em seu peito

- Não pode se levantar ainda - ele mesmo se aproximou e beijou a bochecha de Jimin - como se sente?

- Só um pouco cansado...

- Quando saberá se a cirurgia deu resultado?

- Daqui a três dias - ele sorriu fraco - enquanto isso não posso abrir os olhos e nem ter contato com a claridade

- Park...

- Sim?

- Eu fiquei tão preocupado - desabafou - eu não paro de pensar em você nem por um segundo... estão te tratando bem?

- Sim! Não se preocupe, eu estou ótimo!

- Eles disseram que uma pessoa poderia dormir com você todos os dias, e como sua mãe trabalha durante toda a tarde e chega muito tarde, ela me autorizou a fazer isso. Tudo bem pra você?

- Claro que sim! Mas e o meu pai?

- Teve uma reunião de emergência em Dubai, mas pediu que eu avisasse que ele te ama muito e que está torcendo por você

- Vai dormir aqui hoje?

- Vou sim, segurando sua mão.

- Eu... posso te pedir uma coisa?

- Claro - ele acariciou a bochecha de Jimin

- Me beija...?

O maior apenas ficou em silêncio deixando um sorriso bobo escapar. Seus lábios se encontraram e ele segurou o rosto do menor com delicadeza dando início à um ósculo calmo. Jimin passou seus dedos na nuca do moreno que logo separou o beijo.

- Seus lábios têm gosto de morango...

- Isso é bom? Quer dizer, você gosta de morangos?

- Jimin, eu gosto de você - ele riu baixo

- Isso é ótimo, eu também gosto de você - ele sorriu e Kook percebeu que ele não tinha entendido o sentido de "gostar".

[...]

- Aish... Oppa eu to com sono!

- Por favor, fique acordado. O médico virá lhe examinar

- Mas eu estou bem, só pr... - a porta se abriu

- Jungkook? - o médico o olhou totalmente confuso

- Ah, que ótimo! - ele disse em um tom de voz debochado e revirou os olhos

- O que faz aqui? - o mais velho perguntou enquanto Park permanecia em silêncio tentando entender o que estava acontecendo

- Isso não te interessa - Jeon estava fervendo em pura raiva

- Eu... eu só... - foi interrompido

- Veio examinar Jimin e depois vai sair por essa porta e parar de encher o meu saco.

Jihoo abaixou a cabeça e começou a examinar o garoto deitado vendo se algo havia interferido em seus reflexos. Estava tudo perfeito.

- Park, está tudo correndo perfeitamente bem - ele sorriu fazendo carinho na bochecha do menor que sorriu um pouco corado. Jungkook queria tirar aquela mão dali e a quebrar em mil pedacinhos

- Obrigado, doutor... omo, seu carinho é bom - ele riu fofinho soltando uma gargalhada do médico

- Fico feliz que tenha companhia hoje.

- Eu também - ele sorriu e Jihoo se aproximou de Jimin deixando um beijo em sua testa

- Tenham uma boa noite.

- Obrigado - Park sorriu e ouviu os passos do doutor se afastando até que tudo voltou a ficar um completo silêncio - Kookie...

- Hm?

- Porque não gosta do doutor?

- Tenho meus motivos, prefiro te contar depois, okay? - Jimin apenas assentiu e apertou levemente a mão alheia deixando um carinho ali

[...]

- Preparado, Park?

- Não! Calma! Jeonnie, me dá sua mão também! - disse nervoso e sentiu sua mão ser segurada. De um lado, sua mãe afagava a pequena mão dele, do outro, Jungkook a apertava também nervoso com a situação.

A luz da sala foi apagada deixando apenas um abajur aceso iluminando um pouco o local. Aos poucos, os curativos foram sendo retirados de seu rosto e logo substituídos por um óculos escuro.

- Jimin, abra os olhos bem devagar, e mantenha a calma independente do resultado, okay?

- Uhum... - ele então respirou e abriu seus olhos devagar enquanto apertava a mão de Jeon que o olhava ansioso. Jimin então soltou um um grito não muito alto se encolhendo na cama. Pela primeira vez ele via algo além da escuridão - E-eu... - ele olhou para sua mãe com dificuldade devido aos óculos tão escuros e levou suas mãos até seu rosto que já estava vermelho de tanto chorar - eu vejo você, mamãe...

Jeon chorava de felicidade pela primeira vez depois de muitos anos, viu Jimin se separar dos braços da mãe e o olhar.

- Kookie... - ele sorriu envolvendo os braços na cintura do maior sem tirar os olhos de seu rosto

- Você consegue me ver - ele sorriu entre as lágrimas acariciando seu cabelo e, então, olhou para Jihoo e murmurou um "obrigado" sendo respondido apenas com um sorriso sincero.

- Você é muito mais bonito do que pensei - ele apertou as bochechas do maior e ficaram os dois ali conversando enquanto sua mãe resolvia a conta do hospital e as regras que ele teria que seguir para ter uma boa recuperação.

Dias se passaram e Jimin precisava usar uma venda preta para sair durante o dia. Na escola, alguns perguntavam a ele o motivo de usar aquilo, mas ele inventava sempre uma desculpa. Queria fazer surpresa quando não precisasse mais usar venda ou óculos. Jungkook passou a levar ele pra casa todos os dias e às vezes ia jantar lá apenas para ver a felicidade de Jimin por poder enxergá-lo através daquele óculos. Em um desses jantares, Jeon teve uma idéia.

- A senhora deixaria eu levá-lo à um lugar especial? Prometo o trazer antes de meia noite - ele sorriu

- Mas é claro! Tenho certeza que ele vai adorar.

- Só que... tem algo que quero fazer... é que eu... sabe... o Jimin é...

- Gosta dele, não é? - ela sorriu e segurou a mão de Jungkook - faça o que seu coração mandar, querido