Capítulo 2; Brutamontes de merda.

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Rayane.

Depois de três horas de vôo finalmente chegamos em Minas. Depois de prometer um gorjeta gorda para um taxista, ele aceitou nos levar pro meio do mato, era difícil achar um que esteja disposto a acabar com os pneus do carro naquela estrada de terra.

Tivemos que ir amontoadas no carro, já que éramos muitas e não tinha sobrado espaço no porta-malas.

Ainda tivemos o drama de Isadora nem um pouco disposta a sentar no colo da Grazy. " Vai que ela tenta me molestar!" Falou baixinho pra mim.

- Chegamos.- o taxista fala parando no meio da estrada.

- Como assim? Não estou vendo a fazenda.- falei.

- Não dá mais pra andar, vai ter que ser a pé ou a carroça.- explica calmamente.

- OQUE!? EU!? ANDAR DE CARROÇA!? À PÉ?- praticamente gritei fazendo com que o motorista nos expulsa-se de vez e ainda ficando com o dinheiro.

- FILHO DA PUTA! DESGRAÇA! TOMARA QUE CAIA NUM BARRANCO E MORRA DE FOME! GORDO CARECA!- o xinguei de todos os nome imagináveis.


Isadora olha para a estrada e depois pega as suas malas começando a andar;
- IRRAAAA! PARTIU AVENTURA!- gritou entusiasmada.


- Eu não vou andar!- me impus rápido.

- Ou tu anda, oi tu fica muié.- Vitória disse seguindo Isadora igual a todas as outras.


Suspirei.

Sabia que essa viagem era mancada.

Mais que merda!


(...)


Estava andando a meia hora no sol quente, meus sapatos estavam me matando, estava pensando seriamente em rasgar aquela meia-calça e andar descalça, mas o chão com certeza estava quente.

- Eu falei que era melhor vir de bota.- Isadora fala divertida.

Revirei os olhos.

- Me dá um pouco dessa sua sombra!- Valesca pediu a Grazzy que estava com o enorme boneco do Hisoka na cabeça.

- Caí fora, caralho! Mru hisoka não é sombrinha não!- responde.

- Tu ta usando ele como sombrinha.- Vitória fala.

- Tô nem ai!-

Eu estava literalmente morrendo!


Quando vi um lindo campo de grama verde no final da estrada, pensei estar vendo o céu.

Corri pra lá toquei a cerca branca.
Olhei mais adiante e vi um horizonte azul e verde, com um casarão e umas casinhas ao lado.


- Nossa, não sabia que a tua fazenda era tão bonita.- Vitória fala embascada.

Nem eu me lembrava.



Ouvimos um engatilhar de arma perto e olhei pro lado onde um homem maravilindo nos observava com uma espingarda na mão.

- Quem são vocês e oque fazem nas minhas terras?- ele demorou seu olhar em mim.

- Nós somos da cidade, De São Paulo e viemos passar uns dias na fazenda da mãe da...- tapei a boca de Isadora antes que ela falasse demais para um estranho.

Muito gostoso, mas ainda, um estranho.


- Essa não é a fazenda de vocês, é a minha.- Fala ainda olhando pra mim.


- Oh! Nos desculpe, nos enganamos, deve ser pelo outro lado...- Isadora foi interronpida por ele.

- Sua amiga não fala não?- pergunta com certa malícia.


Isadora se põe ao meu lado e arqueia uma sobrancelha.

- Eu falo sim.- consigo fazer com que minha voz saia firme.

Meu deus, nenhum homem jamais me deixou assim só com um olhar.

Nem o Andersson.



- Está braba comigo por quê?- pergunta divertido.

- Porque tu ainda não abaixou essa arma e eu tô morrendo de calor querendo chegar logo na merda da fazenda.-



- E é arisca, gostei.- fala baixinho mas eu escutei muito bem.- Quem, em sã consciência, viria com essa roupa?- ele me despiu com o olhar.

Safado.


- Querem uma carona?- perguntou colocando a arma encostada na cerca.

- Sim!-
- Não!- neguei.

- Por que não? Não é você quem estava morrendo de calor?- perguntou divetido.

- Nois aceita! Bora!- Vitória se intromete quando ele nos chama para perto de uma caminhonete.

- Depois tu me conta tudo rapariga.- Isadora cochicha pra mim enquanto colocamos as malas na parte de trás do carro.

Quando entramos, as meninas praticamente me obrigaram a sentar no banco do passageiro, perto dele.

De vez em quando, nos tocavamos e sentia uma corrente de eletricidade passando por mim.
Ele parecia que sentia também então sorriu.
Quando estávamos bem perto, ele colocou a mão na minha coxa.

Na mesma hora dei um tapa rm sua mão.

- Que putaria é essa!?- rosnei pra ele.

- Desculpe, minha mão escorregou.- explicou sorrindo.- Olha a língua.-

- Eu falo como eu quiser! Tu não manda em mim.- falei com os braços cruzados.

- Ok.-

Quando chegamos saí apressada e peguei as minhas malas sumindo pela fazenda.

Oque foi isso!?

Meu cowboy possessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora