Capítulo 1; a ligação.

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Rayane.

- Acorda juju!!!- a voz de Isadora preenche meus ouvidos me tirando da minha deliciosa soneca.

- Que apelido novo é esse?- pergunto meio sonolenta tateando a mão na cômoda a procura do meu óculos.

- É uma simplificação pra jumenta.- sorri lindamente pra mim.

Mando o dedo do meio pra ela e coloco os meus óculos.

- Como entrou aqui em casa?- pergunto me espreguiçando.

- Tu sempre deixa a chave da casa dentro do arbusto na frente do portão. Nada seguro, acorda pra vida, aqui é Brasil, não estados Unidos.- ela sai do quarto.

Respiro fundo tentando encontrar coragem ora sair da cama e tomar um banho.

Aff, preguiça do cão!

Depois de me levantar e tomar o banho, sai do meu quarto e fui pra cozinha onde todas as minhas amigas estavam.

- Ei! Aqui não é cabaré não, pra ter esse tanto de puta!- exclamo pegando o meu pacote de salgadinhos de Grazyelle.

- Vai toma no seu cuzinho, amore?- Tava na cara que Valesca estava com TPM das brava.

- Ótima forma de dar bom dia.- debocha Vitória sorrindo pra mim.

Sorrio irônica pra ela também.

- Tava onde safada!? - Isadora pergunta se aproximando de mim com o meu brigadeiro.- Acordou tarde.-

- Tava pegando os macho, né?- Zomba Grazyelle.

- Macho! Cadê? Eu quero!- Valesca se levanta apressada.

- Quem vai querer com a cara de priquito desse.- Isadora fala divertida.

- Somos gêmeas tá! E ninguém ia querer uma rapariga mais quenga desse país.- Valesca retruca.

- Pelo menos, adimito!- se defendeu ela.- Enquanto a Grazy que nem pra gostar de rola não gosta!- aponta pra mesma.

- Eu gosto sim ta!? Só quero o do meu Hisoka!- fala ela.

- Daqui a pouco nois pega as maluquice dessa daí.- Vitória fala baixinho.

- Que tu tome no olho do seu rabo!- Grazy xinga. Ela odiava quando falava mal do Hisoka.

Doidas.

Suspiro enquanto me dirijo ao fogão para preparar um café.
Estava com uma dor de  cabeça do cão depois de dançar na boate ontem até altas horas. Tem sido assim depois que eu deixei o Andersson, meu ex.

Minhas amigas; Grazyele, Isadora, Vitória e Valesca sempre estiveram comigo desde o colegial, viramos amigas inseparáveis.

Elas param de falar quando ouvimos o telefone fixo da sala tocar e todas correm pra lá se esquecendo que a dona da casa deveria atender.

Vitória me chama na sala.

Quando chego lá, ela estava segurando ele parecendo apressada.

- Quem é?- pergunto baixinho.

- Sua mãe.- Vitória responde baixinho.

Tomo rapidamente dela e respiro fundo antes de falar;
- Oi mãe, oque quer?-

- isso é jeito de falar com a tua mãe, Rayane?-

- Estou falando normal, mãe.- suspiro.- Fale oque quer?-

- Não vai nem dar oi pra mim não?-

- Oi!- reviro os olhos, tão exagerada.

- te liguei pra te pedir uma coisa, querida.- sua voz amacia agora.

- Estou ouvindo.-

- Quero que venha cuidar da fazenda enquanto estou fora, realmente preciso de umas férias.-

- Não! Não! Não e não! Você sabe o quanto eu odeio esse lugar!-

- Querida! Vai ser por pouco tempo, não posso deixar a fazenda com o seu irmão porque ele esta estudando em Los Angeles e eu não queria atrapalhar.-

Respiro fundo.

- Por quanto tempo?-

- 3 meses.-

- Oque? Não! Nem pensar!-

- Querida pode levar suas amigas! Vai ser bom deixar essa vida de mordomias da cidade e ver um pouco do trabalho duro do campo. -

- Ok, vou levar elas, mas apenas por três meses e nada mais!-

- Obrigada querida! Sabia que podeia contar com você! Beijos! Vá até a fazenda amanhã as oito! Tchal!- ela desliga.

Grunho irritada.

- Nós ouvimos tudo e eu vou!- se prontificou Isadora.- Vai que tenha um cowboy gostoso de calça apertada pra cada uma de nós? Lembram da minha previsão?-
Quando tínhamos 13 anos, Isadora brincava prevendo nosso futuro, com quem íamos nos casar e tals.

- Eu vou também! Adoro diferenciar!- Grazy falou.

- Ê!!!!- Elas duas começaram a pular de mãos dadas.

- Já que elas vão, eu também vou!- Valesca falou.- É mais fácil vocês duas colocarem fogo na casa.-


- Todo mundo vai, né? Não quero ficar sozinha.- Vitória falou.

- Ainda bem que vão todas, não aguentaria ficar lá sozinha.- desabafo voltando pra cozinha.

(....)

Dia seguinte.

- Que marmota é essa?- pergunto ao ver Isadora vestida com uma calça rasgada jeans, botas de couro e uma blusa xadrez amarrada na barriga pra completar um chapéu de cowboy.

- Oche! Ultima moda na fazenda.- Ela avalia minha roupa.- Eu que pergunto; que marmota é essa? Vestido rosa de tecido de linho, meia-calça preta e sapatos de bico e salto?-

Eu me olhei no espelho.(mídia)

- Qual o problema com a minha roupa?-

- Pelamor miga, você vai pra uma fazenda, não pra um dos eventos da empresa.- colocou as mãos nos meus ombros.


- Não me importo, vai ser essa mesmo.-

Ela revira os olhos e entra na cozinha onde todas ja estavam prontas.

- Que merda é essa?- pergunto ao avistar um boneco em tamanho real do Hisoka junto a Grazy.

- Merda é você, putinha. Esse é o Hisoka, é pra todos os machos saberem que ja temho dono.- ela alisou o boneco.

Isadora fez uma careta.

- Vamoa fingir que não conhecemos ela?- Vitória perguntou baixinho.

- Vamos logo!- exclamou Valesca.

Saímos de casa e pegamos o primeiro avião pra minas gerais.








Meu cowboy possessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora