Nos tempos remotos do onça. Ainda na pré história de sua evolução, a lei do olho por olho e dente por dente é o que imperava. Portanto sobre o altar ficava a palavra dada. Homem sem corrião era aquele que não cumpria com seus compromissos. Perdia portanto a riquesa de mais valia. A honra. Só com esta era possível o respeito. Não havia meio termo.
O arraial de Santo Amaro sempre foi muito conhecido pelo perfil corajoso de seus habitantes. Por serem trabalhadores, honrados e de sangue quente. Ao longo da história poderia ser citado vários nomes de personagens que comprovam isso.
Também existiu por aqui outras figuras bem pouco honradas. E o respeito que estas adiquiriram durante o tempo que viveram proveio do medo que estas impuseram a uma maioria Sabedora dos seus feitos. Como outrora mesmo já contamos sobre o Capitão do mato Chico Borracha. Tempos mais tarde surgiria um outro malfeitor com o mesmo nome. Sobre essa descrição se enquadra perfeitamente a figura lendária de um homem cruel e sem escrúpulos que viveu por estas bandas. O nordeste teve virgulino Lampião. Outros lugares do Brasil tiveram seus vilões e seus heróis movidos por muita coragem. Queluzito teve Chico Bananal. Deste era difícil dizer o que se destacava mais. Se era sua valentia ou covardia.
Era ele um delegado que atuava no arraial. Que se corrompia com o mínimo suborno, e ceifava a vida de quem quer que fosse pelo mesmo motivo. Tais características que o descrevem naquele tempo eram comuns a outros personagens detentores de poder em outros lugares. Não podemos esquecer que a maior parte da história que se é possível contar sobre Queluzito aconteceram num periodo de grande repressão no país todo. Talvez por ser um lugar tão diatante das metrópoles a maior parte das pessoas simples daquela época que sobre esse distrito viveram não sabem contar praticamente nada sobre o que foi o regime militar. Para estas bastavam seus próprios problemas. O Brasil desconhece a lei que imperava em seus recantos. Dado a estes e outros fatos fica evidente e impossível de contestar o fato de que todos estamos em constante evolução. O problema de hoje é que o mundo está mais velho e mais populoso. No entanto somos e estamos melhores do que antes. Mas isso é assunto pra outras páginas de outro tema em outro livro. Como também a continuidade desse capítulo. Mais fatos sobre um dos principais Franciscos que escreveram a historia do nosso arraial haverão de ser apuradas em garimpo de outras conversas com aqueles que viveram a história e ainda se encontram entre nós para contar.