Capítulo 1

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A fina chuva que caia molhava a grama, tão verde como aqueles olhos gentis que olhavam para mim.

-Vamos Katherine, vamos brincar.

A sensação, a dor... Era tudo muito forte.

-Já vou indo Julia.

Acordei gritando. E lá estava minha mãe.

-Katherine, você está bem?

-Ahn, o quê? Estou. Foi só mais um daqueles pesadelos - Respondi, ainda bem sonolenta.

Quase sempre eu tinha pesadelos.

-Mãe, você poderia contar a história do panetone?

-Ahn, claro querida. Há muito tempo, havia um padeiro que se chamava...

Eu sempre gostei da história de como o Panetone foi criado. Sempre me acalmava logo após um pesadelo. E eu adormecia rapidamente.

***

O sol raiava como uma lâmpada direcionada para meus olhos. Fechei as cortinas e olhei para minha mãe.

-Mãe, onde a tinta magnética ficaria melhor?

-Ah, acho que perto da sua cama. Onde eu coloco esse quadro? - estávamos arrumando meu novo quarto. Bem vinda de novo a Salem, não é?

-Do lado do guarda-roupa está bom. Mãe, e esse armário? - apontei para um daqueles armários que são como banheiros, só que armários. Que nem nos filmes.

-Ah, você pode colocar o que quiser nele, já que as roupas vão ficar no guarda-roupa mesmo.

-Julia! - gritei.

Ela apareceu tão rápido quanto um foguete.

-Oi, meu quarto novo é o máximo! Meu Deus, ainda falta algumas coisas. Você acha que fica melhor a roupa de cama roxa ou rosa?

-Espera, respira. Você devia trabalhar com o Eminem, fala muito rápido - nós três rimos - Tem uma caixa aqui que é sua - apontei para uma caixa jogada no canto do quarto.

-Ah sim... São as fotos de lá, não são? - fiz que sim com a cabeça - Vou sentir saudades da Dani e da Larissa.

-Vocês ainda podem manter contato, você sabe.

-Sim, eu sei.

Abri a porta do armário pra deixar uns bichinhos de pelúcia nas prateleiras quando eu vi um livro de capa vermelha. E tudo ficou preto.

***

Acordei com o barulho de uma máquina.

-Mãe, ela... - a voz aguda de Julia incomodava meus ouvidos.

E tudo ficou pronto novamente.

E isso se repetiu, até eu finalmente acordar.

-Filha! - eu já estava com dor de cabeça, e minha mãe ainda gritava.

-Ah, oi mãe. Minha cabeça está explodindo.

-Ah, desculpa. Você ficou três dias dormindo e me vem com um oi? - o que ela queria? 'Bom dia vossa majestade, como vai sua bela manhã?' Aliás, é de manhã? Três dias?

Eu já ia responder quando o médico entrou.

-Srta. Slunce, vejo que acordou. Vamos ter que fazer alguns exames. Como está se sentindo?

-Ahn, bem. Eu acho. Minha cabeça dói.

E então eu percebi que um garoto me olhava. E tudo ficou preto novamente.

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Não me matem! Mudei até que bastante coisa. Assim que possível posto o próximo capítulo.

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A Garota do Armário (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora