ARAMIS #2

Prólogo II

Prólogo - dias atuais

Aramis. 21 anos...

Como vim parar aqui mesmo?

Ah! Eu me lembro.

Merda!

Disse que estava preparado, que seria um excelente pai, tomaria todas as responsabilidades como tal, mas não estava preparado para esse momento.

Acabei de descobrir isso.

Vou morre nessa sala de parto e a culpa será totalmente da Natália e da minha filha que esta preste a nascer.

Deveria existir uma maneira mais fácil pra isso, por Deus! Natália está gritando feito uma louca desde que sentiu a primeira dor e vem me assustando toda vez que uma contração retorna.

Quando isso vai acabar??

Meu Deus!!
O que essa menina está fazendo com a Natália?

Isso não é um parto, é uma cena de exotismo.

Natália se contorce de dor, grita com todo mundo e batia em mim.

Que culpa tenho eu?

Natália gritava tão alto que estava ficando apavorado toda vez que ela começava apertar a minha mão com tanta força e xingava.

Vou sair daqui sem mão, com o ouvido sangrando e com um trauma imenso.

Nunca mais irei passar por isso novamente, ser pai mais uma vez está fora de dos planos, Sofia será a única. Vou fazer estoque de camisinha, vou usar milhares de uma só vez pra não correr risco. Vou fazer uma vasectomia.

Filho nunca mais.

_Ela está quase vindo. _a médica disse e sentir um alívio imenso ao imaginar que finalmente aquele pesadelo iria acabar.

Soltando da mão de Natália caminhei até onde a doutora estava querendo conferir se ela falava a verdade.

A ponta da algo saindo na vagina de Natália me fez sentir vontade de vomitar e mais uma vez a idéia de sair correndo vem na minha mente.

Se correr estarei sendo um péssimo pai?

O que era aquilo??

A minha filha? Não era possível.

Meu Deus, cadê a parte bonito do nascimento que todos falam?

Aquilo ali não era nada lindo, não era nem um pouco belo.

Como aquilo ia sair dali? Parecia impossível.

_Vamos Natália mais um pouco de força. _incentivou a medica e Natália fez junto com um grito alto e vejo finalmente a cabeça saindo, a tontura vindo e meu estômago dar uma volta pelo mundo em velocidade luz e volta me causando uma ânsia.

De repente tinha, ombros, braços, mãos, barriga, pernas, pés e choro, a menina ensanguentada se colocada no peito de Natália e a vejo chorar e sorrir no mesmo tempo.

Tentando dar um passo para ir até elas, ver com atenção a minha filha, fazer aquela parte foto que os pais fazem quando os bebês nascem, dizer a Natália que era havia sido incrível no parto.

:mesmo achando que ela parecia uma louca possuída por algo enquanto me dava socos e me xingava" ela havia realmente sendo incrível.

Mas foquei na quantidade de sangue que tinha naquele lugar, sentindo o enjoou vim sem conseguir controlar me encuvei vomitando e apagando em seguida.