Capitulo 43

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Não revisado


ARAMIS LOHAN


A minha morte tinha nome é sobrenome , e pior era que tinha o meu sobrenome ainda.

_Aramis não chora. _Natalia pediu, mas sabia que ela estava quase se derramando em lágrimas também.

Sofia estava com um uniforme da escolinha, as cores azul e vermelho ficava lindo nela, os poucos cabelos, estavam pequenos adereços que Natália colocou.

Eu sofrendo igual um cão condenado por ela está ficando longe de mim e Natália por um longo período de tempo, e a menina simples balançou a pequenina mão em um tchau, enquanto ia com a professora.

Que ingratidão com o meu coração.

_Filha vem dar tchau para o papai. _Pedi pensando que ela repensaria e voltaria para mim, choraria um bocado para não me abandonar, mas tudo que ela fez foi dizer " não não" _Porra!

_Aramis. _A repreensão de Natália foi totalmente ignorada, pois nos meus planos era Sofia chorar rios não querendo ir para a escola, agarrada em mim ou em Natália quase implorando para que fôssemos embora pra casa, mas a menina era mais desapegada que dentadura de velho.

Ao lado tinha um menino fazendo um escândalo para não se separar da mãe e minha filha apenas estava parada na estrada da escola olhando o menino se desmanchar de lágrimas, sem nenhuma reação.

_Vamos Aramis. _Naty me chamou acenando para a nossa filha.

_Vamos. Espera no carro, que eu vou buscar a Sofia. _Avisei dando o primeiro passo na direção da minha menina, mas Natália acabou pegando a minha mão.

_Nem pensar, deixa de ser um pai babão. _Ela me disse me puxando para que fosse com ela, e olhando a minha estrelinha distraída agora com uma peça de um brinquedo de montar me sentir abandonando ela.

_Como vamos saber se ela está realmente bem? Ela pode se machucar, pode chorar por horas quando perceber que não estamos por perto, alguém pode machucar ela. _Todas as possibilidades já me deixava assustado.

_Se algo acontecer com ela vão entrar em contato com nos dois, se acalme homem, é uma creche.

_Sinto como se fosse a faculdade, e logo ela nem vai se importar comigo. _Falei a verdade, pois desde que ela nasceu era muito difícil ter que ficar mais de dois dias longe dela, e agora ela simplesmente vai para escola sem olhar para trás. Estava partindo o meu coração de pai.

_Quanto exagero, Sofia vai fazer um ano ainda, pare de fazer drama. Além do mais, temos que ver Rhana.

_Posso buscar ela com você? _Perguntei já sabendo a resposta, mas perguntar não ofende.

_Não, eu vou buscar ela e você fica com a Rhana, até a festa acabar, depois pode buscar ela em casa e fazer o que quiserem.

_Vai mesmo conhecer os pais do seu namoradinho? _Ela não respondeu, só entrou no carro depois de me mostrar o dedo do meio e antes de fazer o mesmo, olhei novamente na direção da escola de Sofia, mas já nem a via mais.

_Ei! _Naty tocou a buzina. _Ela vai ficar bem, vamos logo.

_Não sei como você pode está tranquila com isso. _Falei entrando no carro, colocando o cinto tudo olhando para o portão da escola.

_Não estou, estou com o coração apertado, chorei a noite toda enquanto ela dormia pensando nela longe, mas sei que ela terá que crescer, vou ter que abrir mão aos poucos, é por isso que sei que esses momento é apenas um dos vários que teremos que passar a medida que ela vai crescendo.

Ela manobrou o carro para que saísse da vaga e apesar de saber que ela estava certa, gostaria de voltar no tempo e ter aquele bebezinho em meus braços novamente, aquele serzinho que gostava de dormir em meu peito e resmungava baixinho quando minha mão não estava em suas costas.

A verdade é que uma chama surgiu em mim quando ela nasceu, um calor forte que mal conseguia explicar, um amor tão puro e verdadeiro que ver ela longe me fazia sofrer aos poucos, crescer é necessário, mas parecia que estava acontecendo tão rápido.

_Ela vai ficar bem. _A mão de Natália segurou firme a minha e desviando o olhar da janela sorrir para ela, pois era um momento importante para nós três, e apesar de querer muito voltar correndo e pegar minha filha, eu apreciei aquele momento que estávamos vivendo, o clima estava maravilhoso, até percebe que ela dirigia com apenas uma mão no volante.

_Pelo amor de Deus, Natália coloca essa mão no volante, quer matar nós dois!! _Ela sorriu colocando a mão novamente no volante e eu respirei mais aliviado.

_Rhana, deve ter muita paciência. _Falou enquanto eu chegava se o cinto estava realmente preso.

Ao chegar na agência, Natália me deixou na entrada entregou a chave para um manobrista e me acompanhou junto na entrada, parando uma única vez para uma foto juntos, e ignorando totalmente as perguntas sobre estamos escondendo um relacionamento.

_Preciso ir no banheiro, acho você é Rhana, em cinco minutos. _Naty me avisou e deixando que ela fosse na direção dos banheiros eu procurei por minha namorada entre aquelas pessoas.

Depois de rodear por alguns lugares, ser obrigado a para para falar com algumas pessoas, avistei minha namorada no canto oposto que estava e falava com um cara, ela não parecia está confortável.

Antes que pudesse ir na sua direção e tirar ela de perto daquele homem, ela jogou uma bebida na sua direção e disse algo antes de afastar dele e finalmente me viu.

Dei algum passos na sua direção, ainda interessado em saber quem era o cara, e olhando bem não o conhecia, mas isso certamente seria por pouco tempo.

_Tudo bem? _Perguntei ainda olhando para o homem que agora tentava secar o a camiseta social que agora tinha uma mancha amarelada.

Rhana virou o rosto para ver o cara mais uma vez e voltou a atenção para mim.
_Tudo bem, com homens idiotas eu sei lidar. _Ela pegou a minha mão. _Vamos, preciso ir na cozinha por um momento. _E me levando com ela eu pensei em perguntar mais sobre o que havia acontecido, mas sabendo que ela não falaria, deixei o assunto baixo por enquanto.

Precisava apenas do nome, o resto Athos conseguiria.


Até a próxima!!!!

ARAMIS #2Onde histórias criam vida. Descubra agora