Cap. 2

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Tempos atuais

- Acorda, sua vaca! - gritou Nick sem sucesso, tentando tirar Luna da cama.

- Pelo amor dos deuses gregos criatura, me deixa dormir. - Luna resmungou sonolenta.

- Se você não levantar esse trazeiro enorme dessa cama agora, eu vou comer a última coxinha que sobrou de ontem - dito isso saiu correndo, com uma Luna ensandecida atrás.

- Não se atreva! ... Você sabe que mato e morro  por coxinha, o oxigênio de Luna é coxinha! - Luna diz e Nick ri do drama da amiga.

- Quanto drama meu Deus.

Depois do pequeno show matinal as duas sairam rumo à faculdade. Estudavam no mesmo local, mas em cursos diferentes. Luna era apaixonada por arquitetura, tudo que tinha haver com planejamento de imóveis e decorações a encantava. Já Nicole, mas conhecida como Nick, tinha seu foco em jornalismo. Sempre atenta aos furos e matérias para seu blog pessoal. Usava isso para se aprimorar e futuramente ser uma brilhante jornalista.
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Quando completou 18 anos Luna decidiu morar sozinha, não aguentava mais a convivência com sua mãe. Era insuportável para ela habitar o mesmo local e ser constantemente humilhada por ser quem era. Seu pai Alberto , comprou um apartamento em Niterói e presenteou sua filha, não podia deixá-la à própria sorte. Ele era seu pai e a amava mais que tudo nessa vida.

Luna não queria abandonar Nick. E praticamente arrastou a amiga com ela. As duas a partir daí escreveriam uma nova história, juntas como sempre foram, inseparáveis.

A menina desprezada cresceu , tornou-se uma mulher lindíssima. Com curvas sinuosas, poderosa, de língua afiada, rosto angelical e corpo tentador. Uma verdadeira perdição, e ela tinha consciência disso.

Mas nenhum homem conseguiu ir mais longe com ela. Nenhum homem conseguiu tê-la por completo, nenhum era o cara.

Já era término de aula,  Luna estava a espera de Nick sentada num banquinho próximo a saída. Estava de calça jeans, blusa de botão , cabelos soltos, maquiagem leve nos olhos, o costumeiro batom vermelho que ela adorava e o seu inseparável colar, presente do seu pai, que ganhou na infância. Estava simples, porém linda.

Não demorou muito para sua melhor amiga dar o ar da graça. Vindo esbaforiada em sua direção.

- Até que enfim viada. Minha bunda já estava dormente - falou Luna em tom brincalhão.

- Luna e seus dramas. Eu mereço! - Nick rebateu com cara de poucos amigos.

Luna notando o tom ácido da amiga perguntou:

- O que houve gostosa? Por quê essa carinha de jabuticaba amassada?

Nick riu da amiga.

- Só você mesmo, peste da minha vida. - gargalhou mais. - Affs, foi o chato do professor, vou ter que virar a noite fazendo um trabalho. Tô lascada amiga.

- Calma jabuticabinha, eu te ajudo.

- É por isso que te amo minha Coxinha gigante. - gargalharam

- Sai para lá maluca! Você não perde essa mania hein?! Mas até que gosto... - riu do apelido ridículo porém fofo, que a morena abusada lhe deu, por ser viciada em coxinha.

Voltaram para o apartamento em meio a risadas e conversas sobre o dia. À tarde Luna limpou a casa, organizou alguns projetos do curso, preparou guloseimas para passar a noite e madrugada ajudando Nick. Já com tudo pronto começou a pensar na sua vida e decidiu sair pra fazer umas comprinhas. Ela merecia depois de um dia exaustivo como esse.

Pegou as chaves do carro. Seu bebê, como ela chamava e saiu rumo ao elevador, parando na garagem , ligou o bebê vermelho e seguiu em direção ao shopping.
No caminho observava os casais, famílias, amigos e sentiu uma nostalgia se instalar. Nesse momento, para espantar a tristeza, nada melhor que uma musiquinha.

Tirou o olhar da estrada por um instante para ligar o som. Nessa fração de segundo um carro se chocou com o dela. Com o impacto Luna bateu a cabeça, fazendo um pequeno corte na testa.

- Aí droga! Minha cabeça. - passou a mão na testa e sentiu a ardência. Praguejou tudo que foi possível.

Tudo girou, ela estava área com o acidente, mas não perdeu tempo em xingar o indivíduo de todos os palavrões possíveis e inimagináveis.

- Seu louco. Cretino! Olha o que você fez. Você podia ter me matado seu inconsequente maldito. Inferno, eu mereço! - gritou saindo do carro.

- Caramba cara... Porra de homem gostoso e imbecil, Que droga! - sentiu uma tontura e levou a mão a cabeça, se encostando no carro. - Ai minha cabeça! - fez uma expressão de dor.

Ela era louquinha e a língua afiada era sua característica principal. Completamente sem filtro, falava o que vinha na cabeça, e dane-se o mundo. Ela não estava nem aí.

O homem ao qual Luna xingava descontroladamente, se aproximou a tempo de segura-lá pela cintura, impedindo dela cair. Esse contato levou uma corrente elétrica em ambos os corpos, fazendo eles arrepiarem instantaneamente.

Aquele simples contato com um estranho acendeu algo em Luna que ela não soubera decifrar. Era estranho e bom ao mesmo tempo.

- Você está bem? - perguntou o estranho, quebrando o silêncio.

- Eu pareço estar bem? - vociferou Luna. - Você acabou com o meu bebê.

- Minha nossa, além de louca está grávida? - gritou preocupado, com receio de tê-la feito perder o filho. - Vamos para o hospital agora! - falou já arrastando Luna para o seu carro.

- Cara, você tá maluco?! Me solta! Eu não vou pra lugar nenhum com você. - pensou que até poderia ir com ele se fosse em outra ocasião, o cara era um deus Grego esculpido com perfeicão. Voltou a si, depois dos pensamentos pecaminosos e prosseguiu falando. - Meu bebê é o meu carro criatura, você amassou o meu filhinho.

Ele riu. E que sorriso lindo, pensou Luna.

Mesmo no estado em que Luna se encontrava o homem a achará linda.

- Seu babaca, você faz esse estrago e ainda ri. - ela estava irritada com ele. -  Pode abrir a carteira, por que você vai pagar o conserto do meu bebê, seu troglodita idiota.

Dito isso ele parou de rir e a encarou , focando naquela boca atrevida e audaciosa. Sentiu vontade de beijá - lá ali mesmo. Desceu o olhar estudando minuciosamente o corpo daquela mulher.

Afastando os pensamentos libidinosos, retirou do paletó um cartão e entregou a mulher atrevida, da boca carnuda e corpo delicioso à sua frente. Feito isso deu as costas rumo ao seu carro.

- Cara aonde você vai? Tem um conserto de um carro pra você pagar! - gritou Luna vendo o estranho gostoso se distanciar.

- Me liga que vamos  resolver tudo. - deu uma piscadela e partiu.

O idiota mandaria um guincho.

- Maluco! - murmurou.

- Maluco! - murmurou

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Mais um Capítulo fresquinho pra vocês . Uhuuuuu!

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Bjos Amoras 😘😘

Até o proximo cap. 📚

SINUOSA - Por toda minha vida. (Série Insaciáveis - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora