18 capítulo; the ghost of you.

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— Você é um fofo, Michael.

Ele disse enquanto nós estávamos deitados no jardim florestal de sidney, o gramado estava confortável e o céu estava ensolarado, apenas com algumas nuvens fazendo um vai e vem.

— Você é um idiota, Luke.

Soltei uma risada ao ouvir a sua risada gostosa que era tão contagiante.

— Aquilo parece um coelho.

Apontei para uma nuvem que passava.

— Na minha opinião parece um pênis.

Ele disse e eu ri mais uma vez, um vento gostoso soprava em nossos rostos e em um momento oportuno, eu levantei meu rosto, encarando seus incríveis olhos azuis, o vento soprava meus cabelos avermelhados.

— Você é tão lindo.

— Obrigado.

No mesmo momento, meu corpo estava jogado a flores, Luke dessa vez estava por cima, me enchendo de beijos gostosos que de alguma maneira, aqueciam meu coração frio.


— Para Luke, por favor.

Eu choramingava ao meu demônio enquanto ele rasgava minhas vestes, cego pelo ódio, eu tentava o parar, batendo em seus braços, mas ele não se mexia.

Ele não olhava para meu rosto, lágrimas grossas escorreram por meu rosto ao que ele me penetrou.

— Luke!

Gritei, mas de nada adiantava, então virei meu rosto, sentindo aquela dor me consumir.


Nesse dia ele me levou a um museu, ele estava tão concentrado vendo uma pintura de Van Gogh que eu apenas fiquei o encarando.
Sua mão fazia carinho na minha e eu estava tão, tão apaixonado.

— Sabe, eu tô com fome.

Disse, cortando o silêncio gostoso que nos rodeava, ele virou seu rosto para mim, selando a minha testa.

— Você vive com fome, Michael.

Fiz bico.

— Você tem o dever de me alimentar, afinal eu sou o seu gatinho.

— Ew, que nojo.

Ele riu, me tirando daquele museu, ao fundo eu pude ver um corredor de girassóis, de lindos girassóis.

— Queria eu ganhar um buquê de girassóis.

— Algum dia eu lhe dou, Mike.


Vi o jarro com o buquê de girassóis, vi os girassóis murcharem com um piscar de olhos.
Depois de Luke ter gozado, ele enfim me largou.
Não tive coragem de olhar em seus olhos.
Apenas levantei do chão, me deitando na cama e me cobrindo com os cobertores fofinhos que se encontravam ali.
Afundei meu rosto no meu travesseiro e ali derramei minhas lágrimas.



— Eu te amo, Luke.

Disse assim que terminamos de fazer amor.
Sim, nessa noite nós fizemos amor e foi tão bom.
Luke estava sendo carinhoso pela primeira vez e eu estava amando aquilo.
Luke me encarou por alguns minutos, mas não disse nada.
Não me senti tão abatido, afinal, eu não esperava nada, apenas deitei meu rosto em seu peito, enfeitiçado por seu cheiro de rosas, delirando com seu perfume masculino.


Luke repôs sua calça e foi até a janela, sentando ali para fumar um cigarro, pude ver suas íris brilhando.
Eu estava uma bagunça, minha mente estava uma bagunça.
Me sentei na cama, meu quarto estava escuro e apenas a luz da lua iluminava a janela.
Eu novamente me senti sujo e com ânsia de vômito.
Senti vontade de vomitar aqueles sentimentos que eu mantinha por Luke, todo o amor agora virará pó.

— Eu te amo, Michael.

Um sorriso enorme brotou em meu rosto e a única coisa que eu pude fazer foi pular em seu colo e beijar seus lábios, seus doces lábios.
Luke agarrou minha cintura, me puxando cada vez mais para si.
Eu estava me jogando de cabeça naquele penhasco sem saber o que me esperava no final.
Fizemos amor mais uma vez.
Um misto de sentimentos e emoções percorriam pelo meu corpo de maneira rápida, borboletas tentavam sair de minha barriga e ali eu pude ter certeza.
Luke era o amor da minha vida.



— Eu te odeio, Michael.

Luke finalmente disse, me encarando após jogar seu cigarro fora, pude ver lágrimas cristalizadas descerem por seus olhos.

Luke podia chorar.

— Nunca mais chegue perto de mim, Michael. Tudo o que nós tínhamos acabou por aqui. Faça o que quiser de sua vida, você tem a sua alma de volta. Me esqueça.

Disse, por final, pulando a janela do hotel.
Meus pés corriam incansáveis pela rua, eu podia sentir meu coração batendo acelerado, quase pulando para fora.
O suor frio escorria por meu corpo.
Eu não o achei.
Ele realmente havia desaparecido.
Sentei na calçada, me deixando mais uma vez afundar em um mar salgado de lágrimas.


tô de hiatus

lúcιғer 💮 мυĸeOnde histórias criam vida. Descubra agora