Cap 4°

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Amanda:

Eu vou matar ele! Vou matar o Thomas! Como isso aconteceu? Eu realmente não sabia, mas ia descobrir.
    Eu estava no hospital a mais de duas horas, e não me deixam ver minha melhor amiga. Eu estava dando voltas na sala de espera e ninguém aparecia pra me dizer nada. Até um médico bonitão vir falar comigo:
- Senhorita Almeida? Você está acompanhando a senhorita Torres?
- Estaria se me deixassem entrar para ve-la.
- Desculpe. Venha comigo, por favor.
  Entramos em um quarto e vi minha amiga cheia de arranhões pelos braços e uma cicatriz acima da boca:
- Como ela está?  Vai ter sequelas?
- Ela está só descansando. Graças a Deus, não quebrou nada. Só bateu a cabeça com força lá.  Talvez ela não se lembre de algumas coisas, mas não é permanente.
   Senti um toque gélido em minha mão:
- Maryanna, meu Deus!  Que susto você me deu, garota. Não faça mais isso. Por favor.
- Amanda. Desculpe, não quis preocupar ninguém. Cadê o Thomas?
- Esta bem, sem arranhões graves. Como ele não viu o motorista maluco? -perguntei e então a vi corar de leve.
- Ele estava se declarando para mim na hora. Quando eu o avisei, já era tarde demais.
   A olhei de olhos arregalados. Como Thomas pôde pensar que era a hora certa para aquilo? Onde esse idiota aprendeu a dirigir?!
   Antes que ela ou o doutor gato dissessem algo, saí do quarto, à procura de Thomas. Agora sim eu o mataria!!!!  Eu o encontrei já na recepção e quando ele me viu, veio em minha direção:
- Amanda, eu....
- Cale essa maldita boca! O que estava pensando? Que merda de motorista é você?! - o interrompi, enchendo seu peito de tapas e socos.
  Ele segurou meus pulsos e me abraçou, mas o empurrei e dei um tapa em seu rosto:
- Você é maluco! Não encoste em mim e fique longe da Maryanna.
- Mas ela está bem!
- Não graças a você. Você não presta atenção quando dirige?
  Saí de perto dele, antes que eu me arrependesse e voltei ao quarto de minha melhor amiga:
- Como se sente?
- Estou bem. Eu já assinei minha alta. Vamos embora? Odeio hospitais.
   Revirei os olhos, dando risada e ajudei a se vestir. Chegar em casa foi um alívio total. Ter minha amiga comigo o dia todo, então. Melhor ainda. Ela teria de ficar de repouso a semana inteira, por conta da pancada na cabeça.
  Infelizmente, eu não poderia tirar o resto da semana de folga, mas Mary me garantiu que ficaria bem.

Maryanna:

Depois que Mand saiu para o trabalho, fui até a cozinha preparar um chá para mim. Então, bateram na porta.  Eu já imaginava quem seria; revirei os olhos e abri a porta:
- Thomas. O que faz aqui?
- Podemos conversar? Por favor.
- Entre.
   Ele se jogou no sofá e eu o encarei, com uma sobrancelha erguida. Me sentei na frente dele e esperei:
- Então?
- Me perdoa. Eu fui imprudente demais. Eu não imaginava um acidente nessa proporção.
- O que estava pensando? Onde foi que você meteu a tua cabeça naquele momento?!
  Ele pegou minha mão e me olhou:
- Mas o que eu disse é verdade. Eu te amo. Sou apaixonado por você. E quero que você me conheça melhor. Nós seremos um ótimo casal, você vai ver.
   Puxei minha mão das dele e o encarei, perplexa:
- Você é louco! O que te faz pensar que eu sinto a mesma coisa ou que eu aceite ser sua?
- Mas... A gente se ama. E você sabe disso.
- Eu sei? Você está louco. Saia já da minha casa, seu maluco.
   Ele foi até a porta e antes de sair, me olhou e disse:
-  Você ainda será minha. E sabe disso. Tchau, amor.
   Ele saiu e bateu a porta, enquanto eu encarava o nada, sem reação a tudo que acabara de acontecer.

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