Cap 11°

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Christopher:

Me mexo na cama e sinto um cheiro doce, nada enjoativo. Era o perfume da Mary. Ela estava ainda enrolada no lençol ao meu lado. E eu não fugi. Eu não durmo com as mulheres com quem transo. Nunca. Geralmente, vou embora antes que a mulher acorde.  Mas estava tão bom estar ali e a noite com ela tinha sido incrível. Me levantei devagar e tomei um banho. Vesti apenas minha cueca e minha calça e desci. Ninguém acordado.
  O que era ótimo,  ainda não estava pronto para ser questionado. Preparei o café da manhã para todos e quando fui para a sala, todos estavam lá,  exceto a Mary:
- Bom dia, galera. Vamos pra mesa. Fiz o café.
  Richard me olhou para mim enquanto se sentava:
- Ok. Deixa eu entender. Você acordou cedo, fez café da manhã pra todo mundo e está aqui e não lá em casa. O que Maryanna fez de diferente?
- O quê?  Eu não sei. Mas é estranho para mim também.
  Enquanto comíamos,  Mary desceu e entrou na cozinha. Não falou com ninguém,  só bebeu água e foi sentar no sofá.
  Fui atrás dela e sentei ao seu lado, então ela se jogou no meu colo:
- Ei, o que você tem?
- Não tô me sentindo bem. Minha cabeça dói.
  Coloquei a mão em sua testa: estava ardendo em febre:
- Fique aqui. Mand, ela está com febre. Ardendo, na verdade.
   Mand trouxe um chá para ela e um cobertor. Eu deitei no sofá e ela deitou na minha frente. Foi quando Joel e Jasy desceram:
- Bom dia gente. - ela falou, mas ninguém respondeu.
- O que ela tem? - Joel perguntou.
- Está com febre.
   De repente, Mary levantou, tossindo e correu para o banheiro. Fui atrás dela e a vi vomitar e tinha sangue no meio:
- Chega. - a peguei no colo depois que ela lavou a boca.
   Fomos para a sala e eu peguei a bolsa dela:
- Richard, trás o carro pra frente da casa, por favor.
  Depois disso, foi uma confusão. Maryanna vomitou de novo, mas dessa vez era só sangue. Corremos para o hospital, eu estava desesperado. Eu estava coberto de sangue quando ela foi para a emergência. Deixei o pessoal lá e fui em casa trocar de roupas.
  Joel já estava lá e tinha levado Jasy com ele:
- O que ela faz aqui?
As meninas terem uma casa em Miami foi muito bom, por que assim, ficaríamos perto delas. Minha casa em Miami era onde eu e os meninos mais ficávamos, quando não estávamos em turnê:
- Eu só vim me trocar. Quero saber como a Mary está.
Ele subiu para se vestir e Jasy se aproximou, tocando meu braço:
- A noite foi boa com ela, não é? Mas acho que seria melhor comigo.
Me afastei dela e subi para meu quarto:
- Escapar de mim não me fará perder o interesse, Chris.
- É Christopher para você. Você é namorada do meu melhor amigo. Saia daqui, garota.
Joel apareceu e nos olhou:
- Eu não entendo vocês dois. São pior que cão e gato. Gostaria que se desse bem com minha namorada, Chris. Eu a amo.
  Olhei diretamente para ele e ele pareceu perceber o que disse. Passei por eles:
- Eu conheço as pessoas, Joel. Só estou querendo te proteger.
- Não preciso de proteção. Jasy me ama.
- Enquanto vocês se amam, eu vou ir ver como a "minha garota" está. - frisei bem a última parte, saindo e batendo a porta.
  Eu não entendo. Ele dá em cima de Mary e depois beija Jasy descaradamente na frente da morena.
   Eu estou atraído por Mary. Mas se o Joel sentisse algo verdadeiro por ela, eu sairia do caminho. Mas está claro que Joel está preso ao amor que sente por Jasy.

Joel:

Depois que Chris saiu, eu fui para a sala e me sentei. Confuso? Sim, eu estava. Eu era fraco. Era só Jasy aparecer que eu me rendia a ela totalmente. De uma maneira drástica. Mesmo que Maryanna mexesse comigo. Jasy desceu do andar de cima e foi para a cozinha:
- Jasy?
- Sim, amor?
- O que Chris quis dizer com "estou tentando te proteger" ?
- P... Por que eu saberia? Seu amigo é louco. - sua resposta foi rápida demais.
   Antes que ela aparecesse, peguei minhas chaves e saí.  Cheguei ao hospital e fui liberado para ver Maryanna. Entrei em seu quarto, ela estava sozinha:
- Joel? O que faz aqui?
- Vim falar com você. Eu sei que rolou um clima entre a gente.
  Me sentei ao seu lado e ela me olhou:
- É. Mas não deveria ter acontecido esse clima.
- A Jasy é só....
- Sua namorada. Não precisa mentir. Relaxa, Pimentel. Ainda seremos amigos.
- Hm.... Você e o Christopher, então...
- Nós dormimos juntos, sim. Por que?
- Não,  nada. Ele é um cara legal. Você já começou a mudar ele.
- Só por que ele não fugiu na manhã seguinte? Isso pode acontecer com qualquer um, potato.
  Ela olhou atrás de mim e abriu  um leve sorriso:
- Chris. Você chegou.
- Eu fui buscar um café. Como se sente?
- Ainda fraca. O doutor falou que perdi muito sangue.
- É sim. Estão te alimentando direito?
Ele ficou do outro lado da cama e segurou sua mão. Aquilo me incomodou muito:
- Se comer sopa de batata doce é comer bem. - ela falou e os dois riram. Sua risada era encantadora.
- Não gosta de sopa de batata doce? - os rapazes entraram com Amanda, empurrando um carrinho com comida.
   Enquanto ela comia, Christopher e Richard trocavam olhares. Zabdiel também entrou naquela troca de olhares e logo, todos estavam trocando olhares, exceto eu e Maryanna:
- É telepatia? - Mary perguntou e eles riram.
- Mary. Eu... peguei seu diário.
  Christopher falou, envergonhado.
- Ah é? - ao invés de olhar para ele, ela olhava para mim.
- Está brava comigo?
- Não. No aeroporto, vi a ponta do meu diário dentro da sua jaqueta. E eu sei que você leu.
  Ele ficou vermelho e murmurou desculpas:
- Chris, relaxa. Esse diário já não me vale de nada.                               - Mas e tudo que você escreveu?
- Deixa quieto. A maior parte já não vale de nada.
  Depois disso, eles conversaram normal. Mas eu sabia que tinha algo naquele diário relacionado a mim. Mais do que aquela foto. E sabia que com aquela frase,  Maryanna tinha me rejeitado...

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