Crônicas de Althurain - O Caçador e a Raposa

Capítulo 21 - Caminho de Sangue

Corri na direção que creio ser a certa, minhas pernas doíam pelo quase desespero que sentia, o que ele foi fazer lá? Como diabos chegou até aquela cidade e... o que aconteceu?!

Parte de mim me culpa por isso, afinal, eu que o abandonei a sorte, porém, dei vantagens para ele, coisa que eu mesmo não tive... nunca tive. Mas foda-se, isso não importa agora, eu preciso chegar lá, preciso saber, deuses... e se ele... não... ele não pode estar morto...

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O cansaço me domina horas depois, arfava suando enquanto me escoro numa árvore, rosno com o pensamento caótico, mas o ar da floresta, frio, me ajuda a refrescar, bom, sei onde Kifen está, sei bem quem comanda a cidade e... A chance de Simek estar com a posse de Kifen são altas, de toda forma, preciso me apressar!

Retiro o cantil da cintura e bebo retomando o passo, porém, apesar deles serem silenciosos, mesmo junto as folhas secas, ouço outros. Olho para trás de canto de olho e giro a espada na mão, nunca a mantive na cintura, pois, a chance de ter um combate inusitado é muito alto por essas regiões.

Olho para trás de mim, como sempre cuido, minhas pegadas são difíceis de achar, pois vim pisando somente em raízes e pedras, os poucos lugares com marcas são espaçados e assim, subo em uma das árvores com cuidado o suficiente para não marcar o musgo verde que cresce por todo canto. Me coloco em meio aos galhos de um carvalho enorme com silêncio, essa roupa ajuda muito e todo o som que me concentro em ouvir se torna mais e mais alto.

— É sim, eu vi alguns corpos mais atrás. – soldados da cidade se mostram, eram cinco deles, conversando e tagarelando como porcos esfomeados.

— Mas que merda é essa? Esse tanto de Akrass é demais, nunca vi tanto por aqui! – reclama um deles enquanto passam por baixo de mim com o intenso barulho de suas armaduras prateadas.

— Tomara que não cancelem o Festival de Fhae'llo... estou esperando ele a mais de um ano, vai ser uma merda se não acontecer. – meus ombros ficam tensos, me esqueci disso, o Festival de Fhae'llo...

Toco a semente alojada no meu peito, por baixo do sobretudo longo que tenho, a última vez que participei as coisas quase foram... eu quase morri naqueles muros... Porém, por ele, enfrento qualquer um, mesmo Simek, não me importo, depois de dar uma boa surra nele pela burrice, Kifen será só meu. E não vou deixa-lo sair da minha vista nem por um segundo... nunca mais.

Aperto o cabo da espada, fúria vem em mim quando penso nisso, ninguém vai tocar nele mais, ninguém!

E então, caio em mim, eu... tenho que parar de fazer isso, esses lapsos de emoções... eu, eu não posso fazer isso com ele, tenho que me controlar, ser um só, não convergir em bom e mal quando meu humor disse que sim. Se quero ser alguém importante na vida dele, preciso ser um só para lhe dar o amor que merece, se não puder fazer esse mínimo, devo deixa-lo no passado, pois, quero dar a ele o meu melhor, o melhor pedaço de mim, assim como dei a ela um dia...

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Eu estava completamente exausto, minha bunda ardia um pouco assim com o meu membro que Sini insistiu em lamber e limpá-lo, arfava para o teto sorrindo algumas vezes, aquela vibração em mim some junto ao gosto na minha boca, largado na cama, o jovem se sentava encima de mim outra vez enquanto me limpava e mostrava sua entrada avermelhada e pulsante que ainda escorria um pouco de semente. Instintivamente, lambo o resto o fazendo gemer, agarro suas coxas para ganhar espaço enquanto sua cauda baixa sobre o meu rosto quase cegando-me, sinto seu buraco quente e cheiroso até, assim como aquela coisa dentro de mim fez agora, Sini estava meio dormente nessa região por não reagir como antes.