CAPÍTULO 7

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  Depois que eu tomei a sopa os remédios me levaram para baixo lembro-me vagamente de Estela passando ungüento no meu peito e costas ajudando-me a subir as escadas e eu deitei na minha cama caindo em um sono profundo

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  Depois que eu tomei a sopa os remédios me levaram para baixo lembro-me vagamente de Estela passando ungüento no meu peito e costas ajudando-me a subir as escadas e eu deitei na minha cama caindo em um sono profundo.

    — Eu estou pensando que depois dessa viagem, eu não vou voltar aos estados unidos.
  Nós estamos no Brasil em São Paulo viemos em um pequena viagem de férias para o Ceará, e fizemos uma pausa em São Paulo para que eu pudesse tirar algumas fotos da cidade.
  Ceará era a terra natal da minha mãe e eu sempre quis conhecer. Tirar algumas fotos.
  Quando eu disse que iria viajar para o Brasil, Laura se ofereceu para vir comigo e eu não podia negar. Embora eu não gostasse de viajar acompanhado.
  — Pra onde você vai? — Ela pergunta e eu podia ouvir a vulnerabilidade na sua voz. E eu me odiava por feri-la.
  Nós estamos em um carro alugado indo para um jantar, eu pretendia contar a ela no jantar, mas não aguentava mais segurar aquilo dentro de mim.
  — Eu não sei, estava pensando em ir para Ásia. Tirar mais fotos para exposição.
— Ah…— Ela parecia desanimada, meus olhos estavam na estrada, mas podia ouvir no seu tom de voz. — Quando você pretende voltar?
  — Eu não sei Laura. — Digo.
  — Um mês, dois? — Ela pressiona.
  — Laura, por favor. Você me conhece.
  — Eu sei. Eu conheço você desde que tinha cinco anos. Você é o meu melhor amigo. Não consegue ficar no mesmo lugar por muito tempo. Mas dessa vez é diferente.
  — Por que?— Indago olhando para ela por um momento.
  — Porque eu te amo e você me ama.— Ela diz e eu me surpreendo tanto com sua sinceridade que quase piso no freio do carro. Eu nunca tinha falado isso para ela, nós nos conhecemos desde que éramos crianças, ela era a irmã mais nova do meu melhor amigo. É claro que eu a amava. — Quando duas pessoas se amam elas querem ficar juntas.
  Ela continua e eu não respondo, não sabia o que dizer. Ficamos em silêncio por muito tempo.
  — É o meu jeito, as vezes eu prefiro estar sozinho. Na natureza. É o único jeito que eu conheço de ser feliz Laura.
  — Eu não faço você feliz? — Questiona. Eu estendo minha mão até alcançar a sua apertando sua mão na minha.
  — A felicidade não se encontra em uma pessoa. Não coloque um peso desnecessário nas suas costas. Eu sou assim. Sempre fui e sempre vou ser. Não tem nada a ver com você.—  Eu não queria machucá-la. Mas essa era a verdade nua e crua. Eu era como uma ovelha desgarrada.
  Não conseguia ficar em um mesmo lugar por muito tempo.
  Eu sempre fui filho do mundo.
  — Isso não é verdade. Estar com a pessoa que você ama é o suficiente para ser feliz. Você me faz feliz.
  —  baby… — Eu digo sentindo meu coração se apertar. Eu odiava machucá-la. — Eu não quero que você viva assim, esperando-me enquanto eu viajo. Não é uma vida que eu desejo que você tenha.
  Eu nunca deveria ter ido mais longe na nossa amizade. Nunca. Nós estamos juntos a um ano, e na maior parte do tempo eu estava viajando para fotografar e Laura era médica e não podia me acompanhar, eu sabia que a nossa relação a distância estava começando a fazê-la infeliz porque William me disse.
   — Você merece alguém melhor. Alguém que esteja sempre ao seu lado.
  — Eu não acredito que você disse isso pra mim. — Ela sussurra e a dor na sua voz era inconfundível.
  — Laura… Eu só quero que você seja feliz. —  Afirmo sinceramente. — É tudo o que eu quero nessa vida.
  — Um dia eu espero que você encontre uma mulher que faça você sentir exatamente o que eu estou sentindo agora.
   Sua voz era um sussurro e eu olho para ela no banco do carro ao meu lado. Seu rosto estava virado para o lado da janela e sua voz estava quebrada. 
  Parecia que ela estava me lançando uma maldição.
  Como se tivesse acabado a conversa ela solta a mão da minha e a estende aumentando o volume do som, e notas da sonata de Bethoven enchem o carro.
    — Laura, eu sinto muito.
  Eu me odiava por fazê-la se sentir daquela maneira. Eu me odiava por não poder retribuir tão profundamente seus sentimentos.
  — Não há nada para sentir. Eu imaginava que isso iria acontecer uma hora ou outra. — Afirma parecendo mais forte. — Não se pode voar muito perto do Sol, não por muito tempo Luke.
  — Laura… — Viro o rosto para olha-la e vejo em câmera lenta quando uma luz branca muito forte cobre o seu rosto antes de tudo ficar escuro.

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