Me olhar nos olhos.

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Uma semana havia se passado e s/n não havia mais se encontrado com o rei, ela passou a fazer suas tarefas nos horários certos então não havia mais encontros durante seu trabalho, claro que isso deveria deixa –lá tranquila porém ela no fundo ficava chateada com o fato de não vê –ló mais e isso causava confusão em sua cabeça. Sua mente se sentia aliviada com isso mas sua loba passava o dia ansiosa com a possibilidade de vê –ló, sentir seu cheiro e sua presença.

Naquela mesma noite, s/n havia terminado mais cedo e logo retornou para seu quarto, tomou um bom banho para relaxar e se deitou, no meio da noite ela se levantou com uma sensação de nervosismo, medo, era confuso, esses sentimentos não vinham dela e ela não sabia sua origem. A ômega foi até a cozinha beber água e ouviu um barulho no andar de cima, ela não se sentiu assustada então foi subindo as grandes escadarias, logo viu a luz do corredor acessa e continuou seu caminho, seguiu até a fonte do barulho e logo percebeu que vinha dos aposentos do rei, ela parou um pouco antes de chegar a porta, que percebeu estar entreaberta, ela sabia que não deveria entrar lá mais pensou que o rei poderia estar precisando de ajuda pelo forte barulho que ouviu, de repente ela passou a ouvi –ló uivar, aquilo deixou sua loba sensível.

Ela poderia correr e pedir ajuda ao conselheiro porém ele havia viajado e só voltaria depois de alguns dias. Ela também sabia que se pedisse ajuda para os outros empregados eles ficariam com medo e não se intrometeriam no assunto, então ela juntou toda a coregem com a qual estava vivendo sua vida toda e entrou.

As luzes do quarto estavam apagadas, ele era iluminado apenas pela luz da lua que vinha da grande janela aberta, estava chovendo lá fora, ela correu seu olhar da janela para uma sombra caminhando quase se arrastando até a cama, ela logo percebeu que se tratava do rei, ela não podia ver claramente por conta da falta de luz mas sentiu o cheiro de sangue e correu até ele.

- senhor, senhor o que aconteceu?

- o que está fazendo aqui?... quem deu permissão para que entrasse aqui? – dizia tudo ofegante pelos seus ferimentos.

- deite –se aqui, por favor.

- não encoste em mim.

Ele a empurrou mas por conta de seus ferimentos ele não tinha forças o suficiente para machuca- lá, então ela apenas caiu no chão sem ferimentos e logo se levantou.

- eu não vou deixa- ló assim, olhe seus ferimentos, o que aconteceu?

- isso não é da sua conta, já não disse para ir embora?.. sai daqui.

- e eu disse que não vou deixa- ló assim.

Ele tentou se levantar e quando ficou de pé com dificuldade a segurou pelo braço mas quando iria expulsa- lá ele acabou caindo no chão e foi perdendo a consciência enquanto ouvia a ômega o chamar.

...

Na manhã seguinte o rei acordou com a luz do sol batendo em seu rosto, ele ainda estava nascendo então não era algo desagradável.

Tentou se mexer mas sentiu seu corpo reclamar por causa dos ferimentos que havia conseguido na noite passada, eram arranhões e hematomas por várias partes do corpo, ele logo percebeu estar sem camisa, apenas de calça e bota. De repente, quando já estava mais esperto, ele sentiu aquele cheiro de morangos que não sentia á algum tempo, o cheiro que o fez ficar fora do ar quando teve contato com ele pela primeira vez.

Ele sentiu um pequeno peso em sua mão esquerda e ao olhar para ela viu uma mão que percebeu ser macia e delicada, mas com alguns cortes pelos dedos, ele se sentou e a viu com a cabeça apoiada no braço como se fosse um travesseiro na beirada da cama.

O Monstro. (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora