Está tudo tão difícil sem a Day. Hoje faz um ano e seis meses que ela está em coma. Eu estou tentando ser forte, eu juro, mas às vezes eu só sei chorar o dia todo. Nada, literalmente, nada mais me anima. Com a Day era tudo tão mais colorido, vivo, alegre, sem ela perde a graça de tudo. Estou indo para o hospital visitar ela, na esperança dela acordar.
- Carolzinha, como vai? - Gabriel falou assim que me viu.
- Péssima e você?
- Oh meu anjo, não fica assim. E eu vou bem.
- Espero que continue assim Gabs.
- Também espero ruiva.
- E ela?
- Na mesma Carolzinha.
- Por que ela não acorda?
- Eu realmente não sei.
- Vou conversar com ela.
- Pode entrar.
Entrei na sala e mais uma vez, como todos os dias, eu me sentia mal por não conseguir fazer nada para tirar ela dessa situação. Sentei ao lado dela na maca e fiquei fazendo carinho no rosto dela.
- Vida por que você não quer voltar pra mim? Eu sou tão chata assim? Eu tô brincando. Mas volta pra mim morena. Eu não aguento mais viver sem você, de verdade.
E eu desabei em lágrimas. Confesso que isso não acontecia sempre, pelo menos quando eu estou no hospital eu tento ser bem forte por ela, mas tem vezes que eu não aguento. Eu me inclinei um pouco ficando cara a cara com Day, dei um selinho nela e fiquei fazendo carinho em sua cabeça.
- Eu te amo tá? Não se esqueça disso nunca. Você é a única mulher que eu amo e a única que eu vou amar pro resto da vida. Não importa que você fique aqui por mais 1 ou 2 anos. Eu vou sempre te esperar, meu amor.
Depois de um tempo eu saí do hospital e fui para uma hamburgueria, comprei um milkshake e fui para casa, já estava escurecendo. Assim que cheguei em casa tomei um banho, deitei em minha cama e acabei dormindo.
Acordei com meu celular tocando, não sei exatamente que horas eram, olhei o visor e vi que era Gabriel. Meu coração gelou, eu comecei a ficar nervosa só de pensar o porque ele estava me ligando.
- Oi Gabs.
- Você precisa vir pro hospital, agora.
- O que aconteceu?
- Só venha o mais rápido que puder.
Desliguei a chamada, coloquei uma roupa qualquer o mais rápido possível, chamei um Uber e logo já estava na porta do hospital. Fui correndo para o quarto da Day e por incrível que pareça eu não cai. Quando cheguei na frente do quarto Gabriel estava lá parado.
- Por favor me dê uma notícia boa.
- Vamos conversar ali no quarto.
Ah pronto, vou morrer. O que será que aconteceu com a minha morena?
Entramos no quarto e ela estava do mesmo jeito, como todos os dias. Olhei para Gabriel sem entender e fui chegando mais perto. Segurei a mão da Day e na hora ela virou a cabeça.
- Baby.
Ela falou com a voz fraca e eu comecei a chorar. Finalmente ela tinha acordado, finalmente vou poder falar com ela, beijar ela e AI MEU DEUS ELA ACORDOU EU ESTOU TÃO FELIZ PUTA QUE PARIU.
- Não chora, amor.
- Eu estou esperando por esse momento a um ano, seis meses e um dia.
- Eu fiquei tudo isso desacordada?
- Sim. Eu ainda não sei como estou viva sem você por todo esse tempo.
- Desculpa.
- Não tem que se desculpar, não foi culpa sua. Aliás, você lembra o que aconteceu?
- Mais o menos.
- Ca, nós ainda não fizemos nenhum exame nela, se alguém descobrir que você está aqui pode me ferrar, mas eu sei o quanto estava ansiosa, por isso te liguei, mas agora você precisa ir antes que alguém descubra.
- Obrigada Gabs.
- Magina ruiva.
- Até daqui a pouco Baby.
- Até.
Dei um selinho nela e fui embora para casa, dessa vez quando cheguei em casa eu chorei de alegria. Finalmente minha vida ia voltar a ter sentido, a ter cor e amor. Pela primeira vez eu dormi bem, aliviada. Quando acordei eram 9:27, levantei, fiz minhas higienes, tomei café da manhã e fui em um parque.
Assim que cheguei nele pude notar diversas famílias sorrindo, brincando, se divertindo. Acabei sorrindo involuntariamente quando pensei que poderia ser eu, a Day e algum filho. Isso se ela quisesse ter.
Sentei na grama, em baixo da minha árvore e fiquei vendo o movimento do parque, como o dia estava lindo. Será que todos os outros dias foram assim e eu não percebi?
Comecei a ficar com fome e vi um carrinho vendendo cachorro quente, corri para alcançar o carrinho e graças a Deus alcancei. Pedi um cachorro quente e voltei a sentar em baixo da minha árvore. Quando me dei conta era quase meio dia.
Fui para casa, tomei um banho e me arrumei para ir no hospital. Hoje eu vejo a Day acordada, finalmente.
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To: Baby - DayRol - Concluída
Fanfiction[ Status: Concluída. ] { 1° Temporada: To: Poodle. } Essa é a segunda temporada da fanfic To: Poodle. Posto no Twitter também: @audayxrol