Capítulo 6

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-Podemos fazer exame em outro lugar...

-Você ouviu Tony... Não sou capaz de gerar filhos.

-Mas podemos tentar outras clínicas...

-Tony, sou estéril.

Os dois discutiam sobre o que poderiam fazer.

-Pepper querida e se eles erraram os exames? Viu como aquela moça estava levando uma bronca do médico? Vai ver não é a primeira vez que ela faz isso.

-Tony...não. É melhor aceitar... Não vou suportar passar por isso de novo...

Pepper estava inconformada. Queria que fosse verdade a hipótese mas se ouvisse novamente o mesmo resultado...Queria apenas esquecer o que aconteceu.

Tony pensava em meios para se ter uma criança, pelo menos meios legais. "Já sei!" pensava ele "Existe a adoção!". Tony compartilhou com Pepper sua ideia, ela ficou um pouco indecisa mas aceitou.

-Quando vamos ver isso? - ela questionou.

-Hoje tipo, agora mesmo. -Tony respondeu ao mesmo tempo em que chamava Sexta-Feira e lhe pedia para lhe indicar os orfanatos mais próximos.

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Dentro de duas horas Tony e Pepper tinham visitado algumas instituições mais próximas que encontraram.

-Adotar uma criança? Sim, eu entendo mas uma pessoa como o senhor teria condições de criá-la? Ser um bilionário filantropo não é solução. - Essa foi a resposta da responsável da primeira instituição.

-Uma criança tem que estar em um ambiente tranquilo e saudável. Qual foi o último acontecimento que envolveu o senhor? Ah sim uma batalha em plena cidade? Não? Em plena galáxia? Sim,sim, entendo. Deve haver uma explicação bem lógica para tudo isso. -Disse a responsável pela segunda.

-Que exemplos o senhor daria a criança? Hmm... Um bando de heróis armados seriam usados? Sem falar do lugar em que o senhor mora, que é cercado de super armaduras. - disse a terceira responsável. Nem mesmo usar o Capitão América como exemplo adiantou.

Dentre todas as instituições que foram apenas uma lhes deram uma resposta não tão amarga:

-Desculpa sr. Stark, não podemos fazer muita coisa a não ser lhe deixar na lista de espera. Sei que o senhor e sua esposa desejam ter uma família mas não posso correr o risco de expor uma criança. Não há como se negociar isso. Terei que tratá-los de igual maneira aos outros.

Nada. Ninguém parecia querer lhe ouvir. Tony tentou até mesmo comprar as instituições mas era o mesmo que nada. "Vou pedir uma força para os meus colegas do governo. Afinal de contas eu estou sempre fornecendo a eles meus mais novos projetos..." ele pensou. Em seguida fuçou todos os contatos do seu celular em busca dessa ajuda.

E....

Nada.

"Que inferno" Tony pensava "Porque quando preciso de ajuda ninguém aparece?". Isso estava deixando ele impaciente. Sabia que não seria fácil mas também não achava que iria beirar o impossível.

O que mais incomodava Tony, na realidade, era o estado de Pepper. Ela estava arrasada e a cada passo que davam ela só ficava ainda mais triste. Não gostava de vê-la assim, porque era acostumado a ver uma mulher determinada e decidida. Vê-la tão triste e decepcionada era raro demais.

"Queria ajudá-la tanto..." Tony não parava de pensar, "Logo agora que eu queria construir minha família"...

Construir...

Por algum motivo a palavra lhe soava agradável...

"Estou imaginando coisas..."

Pepper tinha ido se deitar mais cedo. Tony não a acompanhara pois queria pensar um pouco. "Céus, estou de mãos à atadas..."

Mãos atadas...

Dessa vez a palavra lhe incomodou, mas não deu importância.

"O que fazer? Esperar pela imensa lista de espera?" Tony não era o tipo de cara que gostava esperar pelos outros.

Ligou a TV. Um pouquinho dela poderia lhe fazer bem. "Será que está passando aquele filme ruim do Quarteto Fantástico?" ele pensou "Ah, pode ser o meu mesmo".

-Ah não. - resmungou Tony ao ver um comercial de criança. - Sério? Mesmo? Acho que o universo está conspirando contra mim. - resmungava ainda mais impaciente.

Não tinha mais nada para assistir. Nada mesmo. Nem filme ruim. Tony voltou no canal de criança.

-Tá universo vamos ver o que você tem para me mostrar. Vamos ver o que foi que meu suposto filho acabou de perder.

Vários brinquedos eram mostrados em comerciais super elaborados para cativar as crianças. Carros, arminhas, robôs feios e sem graça. "Credo, ele não perdeu nada. Se eu tivesse um filho não ia dar essas coisas banais para ele".

Mas um comercial lhe chamou a atenção. Era sobre uma boneca articulada que trocava facilmente de cabelo. "Parece que as meninas são mais atrativas que os meninos" ele pensava enquanto via o comercial.

- Linda, delicada e fácil de arrumar. Bella, a boneca! Dos seus sonhos! - A narradora dizia.

- Caraca, estou quase indo comprar. Parece bem feita, bem detalhada, projetada para ser de fácil uso. Não vai perder a atenção tão cedo. Quem a construiu fez muito bem.

Construiu...

A palavra lhe chamou a atenção novamente. De repente um estalo passou pela cabeça de Tony: construir, mãos atadas, boneca, dos sonhos...

Uma ideia lhe veio a mente.

E Tony passou a repeti-lá para si mesmo:

-Nunca fui de esperar por ninguém. Posso fazer algo sim pois não estou de mãos atadas. Eu vou realizar esse sonho. Vou construir minha filha!

Menina? Tony parou por um instante. Seria uma menina? Seria bem mais bonito e elegante ter uma filha. "Mas mulheres são difíceis de se lidar" ele pensava seriamente "Mas ela não seria só minha, a Pepper seria a mãe dela também".

Pepper... Verdade, teria que consultar a esposa sobre isso.

Ou não.

Bem, tinha achado a solução mais rápida para o problema. A única coisa que teria que fazer era uma pesquisa de campo para saber como a esposa queria sua nova filha.

Homem de Ferro: LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora