Parte 8

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Diana recuperou seus sentidos e estava em uma cama desconhecida. Tentou se mover, mas a dor em sua perna lhe impediu. Daí as lembranças lhe atingiram.

- Como você se sente?

Michael estava na cadeira com uma expressão neutra. Ele parecia cansado, mas de certa forma aliviado.

- Estou bem – respondeu Diana.

Ela tentou se colocar mais ereta, mas sentiu uma dor em suas costas e desistiu.

- Bom – disse ela. – Só sinto dor nas costas e também na perna, obviamente.

Quando disse isso ela olhou para sua coxa direita e viu que a faca não estava mais lá e tinha uma bandagem em volta do corte.

- Me desculpe por sedá-la sem saber, mas se não fosse assim não teria como te ajudar.

Michael se sentia culpado e a garota percebeu.

- Bom, pelo menos evitou que o pior poderia ter acontecido.

Ela olhou ao redor e viu que havia uma janela no quarto, que estava aberta. Ela ficou assustada ao perceber que já havia anoitecido. Ficou pensando no que falaria com sua mãe.

- Preciso pegar meu celular – disse ela.

- Não se esforce, vai ser pior. Você não terá força o suficiente na perna.

Ela decidiu não arriscar. Michael inclinou sua cabeça para o lado como se estivesse escutando uma voz.

- Lily irá trazê-lo para você – disse ele.

Diana estranhou, mas coisas do tipo estavam tornando mais normais do que ela imaginava. Ela ainda estava processando tudo o que havia acontecido. Pensou em Corey e no que ele poderia fazer depois do ocorrido e um sentimento de medo a invadiu.

- Olá Diana! – ela relaxou quase instantaneamente com a voz da garotinha.

- Olá Lily! – respondeu.

Viu que ela trazia sua mochila e se perguntava em como um fantasma conseguia fazer isso. Decidiu não contestar muito e pegou suas coisas.

- Olá papai! – disse ela dando um abraço em Michael.

Os dois fizeram um contato visual e ele entendeu qual era o estranhamento de Diana. Ele sorriu com a situação o que a fez sentir mais confusa, porém acolhida.

Diana procurou seu celular e assim que o encontrou viu que havia várias mensagens de sua mãe, sua irmã, sua avó e até mesmo de seu pai que sempre viajava a trabalho.

- Eu estou em problemas sérios – sussurrou ela.

Sem pensar duas vezes ela discou o número da mãe.

- Alô? Diana? - sua mãe parecia verdadeiramente desesperada, o que a fez sentir-se arrependida.

- Mãe, me desculpe não ter ligado mais cedo.

- Você nos deixou preocupadíssimos! Já íamos ligar para a polícia!

Sua mãe gritava tanto que ela mal conseguia entender. Ela escutou a voz de seu pai no outro lado da linha e ficou tensa.

- Mãe, fique calma, eu estou bem – ao falar isso olhou para sua perna e corrigiu. – Estou quase bem.

Ela sentiu sua mãe ficar tensa do outro lado da linha.

O Homem da Casa AbandonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora