Diana recuperou seus sentidos e estava em uma cama desconhecida. Tentou se mover, mas a dor em sua perna lhe impediu. Daí as lembranças lhe atingiram.
- Como você se sente?
Michael estava na cadeira com uma expressão neutra. Ele parecia cansado, mas de certa forma aliviado.
- Estou bem – respondeu Diana.
Ela tentou se colocar mais ereta, mas sentiu uma dor em suas costas e desistiu.
- Bom – disse ela. – Só sinto dor nas costas e também na perna, obviamente.
Quando disse isso ela olhou para sua coxa direita e viu que a faca não estava mais lá e tinha uma bandagem em volta do corte.
- Me desculpe por sedá-la sem saber, mas se não fosse assim não teria como te ajudar.
Michael se sentia culpado e a garota percebeu.
- Bom, pelo menos evitou que o pior poderia ter acontecido.
Ela olhou ao redor e viu que havia uma janela no quarto, que estava aberta. Ela ficou assustada ao perceber que já havia anoitecido. Ficou pensando no que falaria com sua mãe.
- Preciso pegar meu celular – disse ela.
- Não se esforce, vai ser pior. Você não terá força o suficiente na perna.
Ela decidiu não arriscar. Michael inclinou sua cabeça para o lado como se estivesse escutando uma voz.
- Lily irá trazê-lo para você – disse ele.
Diana estranhou, mas coisas do tipo estavam tornando mais normais do que ela imaginava. Ela ainda estava processando tudo o que havia acontecido. Pensou em Corey e no que ele poderia fazer depois do ocorrido e um sentimento de medo a invadiu.
- Olá Diana! – ela relaxou quase instantaneamente com a voz da garotinha.
- Olá Lily! – respondeu.
Viu que ela trazia sua mochila e se perguntava em como um fantasma conseguia fazer isso. Decidiu não contestar muito e pegou suas coisas.
- Olá papai! – disse ela dando um abraço em Michael.
Os dois fizeram um contato visual e ele entendeu qual era o estranhamento de Diana. Ele sorriu com a situação o que a fez sentir mais confusa, porém acolhida.
Diana procurou seu celular e assim que o encontrou viu que havia várias mensagens de sua mãe, sua irmã, sua avó e até mesmo de seu pai que sempre viajava a trabalho.
- Eu estou em problemas sérios – sussurrou ela.
Sem pensar duas vezes ela discou o número da mãe.
- Alô? Diana? - sua mãe parecia verdadeiramente desesperada, o que a fez sentir-se arrependida.
- Mãe, me desculpe não ter ligado mais cedo.
- Você nos deixou preocupadíssimos! Já íamos ligar para a polícia!
Sua mãe gritava tanto que ela mal conseguia entender. Ela escutou a voz de seu pai no outro lado da linha e ficou tensa.
- Mãe, fique calma, eu estou bem – ao falar isso olhou para sua perna e corrigiu. – Estou quase bem.
Ela sentiu sua mãe ficar tensa do outro lado da linha.
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O Homem da Casa Abandonada
Mystery / ThrillerQuem diria que Diana, uma estudante de psicologia, poderia se apaixonar pelo assassino mais comentado da cidade? Quem diria que seu maior medo tornou-se sua maior obsessão? Ela não sabia que sua curiosidade de conhecer a casa abandonada da cidade...