- Quem te deu essa rosa, Di?- perguntou a mãe, abrindo as cortinas do quarto da filha.
A garota que havia acabado de acordar olhou para a mãe, sem saber o que houve.
- A rosa – ela apontou para a cabeceira.
Diana sentiu sua cabeça girar como se a sensação do dia anterior quisesse voltar.
- Ninguém mãe, só achei no caminho.
Não convencida, a mãe abriu a boca para fazer mais perguntas, porém foi interrompida pelo olhar fuzilante da filha.
- Tudo bem, Di, fale quando quiser, mas achei bem romântico. Espero que você esteja superando o Corey. Você merece algo melhor.
Diana sentiu como se as palavras fossem como um soco na boca de seu estômago. Assim que a mãe saiu do quarto, tomou coragem para se levantar e lavar o rosto. Tomou seu café da manhã mesmo sem ter muito apetite. Repassou tudo o que havia se revelado com a festa que foi.
O que mais lhe chamou a atenção foi a casa. Viu a mulher que viu em seu sonho, a menina, porém o homem nunca tinha visto antes. Seu pressentimento não estava bom quanto a isso, mas voltaria até lá para tentar descobrir o que aconteceu.
- Está pensando em sair hoje, Diana? – perguntou sua mãe.
- Sim – a resposta saiu automaticamente. Não descansaria enquanto não descobrisse o que aconteceu naquela casa.
- Sua avó virá hoje nos visitar.
Diana, que acabava de colocar o copo para secar quase o deixou cair. Sua avó lhe contou histórias dessa casa, que não faziam sentido com o que viu na noite anterior. E era impossível mentir para ela.
- Quando ela virá?
- Daqui a pouco.
Diana foi para seu quarto, já que a avó estava chegando, teria que sair antes que ela aparecesse. Sabia pelas histórias, que sua mãe odiava aquela casa, já que as histórias repassadas eram tão macabras.
Tomou um banho rápido que a ajudou a relaxar. Pegou sua mochila que sempre a acompanhava e pegou o celular. Encarou o visor e viu que dormiu até duas horas da tarde. Com razão. Se encarou no espelho e viu que não estava tão mal. Deu de ombros e foi até o quarto de sua mãe.
- Mãe, vou sair e já volto.
Sua mãe, que estava no celular, murmurou um "sim". Diana se apressou antes que ela mudasse de ideia. Se assustou quando seu cachorro correu em sua direção.
- Toddy! Ei, não conte para ninguém, mas vou voltar naquela casa em que fomos, lembra?
Ele latiu.
- Entre, já volto.
Diana saiu e olhou para os lados para ver se a avó não estava por perto e aumentou a velocidade dos passos. No fundo, estava com um pouco de medo, parecia que uma força estava a levando, sem seu consentimento. Respirou fundo e antes que pudesse se dar conta, estava em frente o portão.
A temperatura do local parecia ter caído e o céu estava nublado. Seu celular começou a tocar assustando-a. Viu que o número era desconhecido.
- Alô?
- Diana?
Seu coração deu um pulo. Era a voz de Corey.
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O Homem da Casa Abandonada
Misteri / ThrillerQuem diria que Diana, uma estudante de psicologia, poderia se apaixonar pelo assassino mais comentado da cidade? Quem diria que seu maior medo tornou-se sua maior obsessão? Ela não sabia que sua curiosidade de conhecer a casa abandonada da cidade...