Poema vinte e oito:

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Eu tinha a necessidade de consumi-lo
E ele sugou todas as minhas energias
Me deixou sorrindo amarelo e sem brilho
Desordenando minhas células
acinzentaste minha pele
Transformou meus órgãos
em doentes e escurecidos

Eu o segurava com as mãos
mas não o tinha
Eu deveria usá-lo, mas era ele quem me acabava
Estava sempre em seu bolso
como moedinha esquecida

Se tornou substância psicoativa
Me habituei
e meu corpo foi precisando de doses cada vez mais fortes
Os efeitos externos
Uma sensação que me induziu à dependência

Me causou arritmia na mente
E algumas alucinações crônicas

Intensa abstinência
Tive uma overdose de você.

Cigarro eletrônico.

A escuridão me trouxe estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora