Capítulo 25

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Lily
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- A gente devia fazer alguma coisa. - Falei para Hugo, que achava os nós dos meus dedos as coisas mais interessantes do mundo no momento. Eu, hein.

- Também acho.

- Mas o quê? - Levei uma mão ao queixo, procurando alternativas.

- Você que sabe. Tem o quarto lá em cima, ou aqui mesmo, não tem ninguém. - Olhei chocada para o meu projeto de namorado. Meu Merlin, ele estava me dando um total zero de valor.

- Hugo! Não estou falando disso. - Ele levantou os olhos para mim, incrédulo.

- Não?

- Não!

- E é o quê? - Ele agora parecia curioso. Mereço.

- Fazer alguma coisa para sua irmã não entrar em depressão. Você já viu como ela tá tristinha?

- Isso desde que o Malfoy precisou ir embora. Também, parece que foi cronometrado. Assim que eles começaram a namorar, a família precisou dele. - Ele riu e então dei um tapa em seu braço. Que feio rir das desgraças dos outros, não aprendeu comigo.

- Acho que foi algum parente da mãe dele que adoeceu, mas independente, ela tá com saudade. Ontem ela me disse que não consegue entrar em contato com ele.

- Mas o ano letivo já vai começar, ela nem precisa se preocupar. - Dei outro tapa no braço de Hugo.

Que menino mais insensível. É completamente diferente namorar ns escola para namorar em casa. E ele sabia exatamente disso. Ele me olhou chateado esfregando o local onde eu havia batido, e eu sorri para ele em seguida. Sádica? Nem um pouco.

- A gente podia sair. - Hugo exclamou, como se tivesse tido uma ideia dos deuses.

- Para onde? - Indaguei. Não tínhamos muitas opções, e as que tínhamos, já havíamos ido.

- É, não sei. - Novamente ele murchou, porém continuou pensativo.

Pior que eu não conseguia pensar em nada. Em poucos dias retornaríamos às aulas e esse fim de férias conseguia estar no auge da monotonia. Já estávamos na Toca, fazia algumas semanas que Scorpius tinha ido e nós nos revezavamos a conversar no sofá ou às vezes jogar quadribol no jardim.

- A gente podia dar uma ida na London Eye. - Hugo comentou desinteressado, como se estivesse conversando sobre o tempo.

- Tá aí, gostei!

- Sério? - Ele pareceu surpreso.

- É, vamos falar com o pessoal.

- Depois, fica um pouquinho aqui comigo, ruiva. - Ele sorriu, me puxando para perto e pondo a mão na minha nuca, fazendo carinho. Filho da mãe. Meu ponto fraco.

- Hugo... - Alertei.

- Não tô fazendo nada, meu anjo. - Ele substituiu sua mão por seus lábios em meu pescoço, e aí eu me perdi. Já era para mim. Não tinha mais jeito. Já disse que me perdi?

Ele subiu seus beijos até unir nossos lábios e ficamos ali, matando um pouco a saudade de ficar junto, já que naquela casa, e, principalmente, com os tipos de irmãos que eu carrego, era praticamente impossível ter um tempo sozinha com ele. E além disso, meu tio Rony passava mais tempo aqui do que na própria casa, sempre fazendo questão de nos observar.

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