Um japonês perdido em Santa Cecilia

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 Era um belo dia em Santa Cecilia, tudo que se via era colorido e cheio de vida, não muito surpreendente para o dia de los muertos, um dos dias mais festivos da cidadezinha. O dia consequentemente trazida inúmeros turistas para a cidade e entre eles estava a senhorita Cass, que é apaixonada por culturas, Hiro também estava entre os turistas, sua tia Cass teve que insistir muito para que Hiro deixasse a grandiosa San Fransokyo para ir a pacata cidade de Santa Cecilia. Apesar de ter ficado boa parte da viagem pensando o quanto iria ficar com saudade de seus amigos e de Baymax, assim que Hiro viu a festança que o dia de los muertos trazia simplesmente só conseguia pensar nas paisagens coloridas e nas comidas, que o deixava com água na boca.

-Hiro, isso não é maravilhoso, essas cores, as comidas, a música, tudo aqui é tão...

-Incrível- Completou Hiro, admirando a alegria da tia.

-Isso, e ainda temos 2 dias para aproveitamos tudo isso.

 Enquanto os outros turistas e tia Cass seguiam a Guia a atenção de Hiro voltou-se para outras coisa, uma praça muito conhecida na cidade como Praça do Mariachi, as pessoas dançando ao ritmo da música Hipnotizava Hiro, enquanto perambulava pela praça, perdido em meio de tanta gente, Hiro ouviu um som que o atraiu de uma forma inexplicável, quando se virou para ver de onde vinha esse som o japonês viu um garoto em um gazebo, tacando violão, e naquele momento Hiro só conseguia ouvir os sons que o garoto de rosto redondo tocava, mas seu momento de hipnose foi quebrado por um cachorro vira lata que corrias de um homem que parecia ser um padeiro, Hiro ficou tão desnorteado que por pouco não cai no chão, quando recuperou o sentido de direção, Hiro notou que o garoto do gazebo já tinha ido, e só então que percebeu que se perderá da guia e de sua tia. Andando em meio das pessoas e músicos desorientado, pensando se Cass já tinha percebido sua ausência, minutos se passaram até que seu duvida de que Cass tinha percebido que o sobrinho tinha sumido foi respondida com uma mulher correndo em sua direção, não dava para ver o rosto dela com clareza mas com toda a certeza era Cass, ao ver aquilo Hiro já conseguia prever o que iria acontecer.

-Hiro, você me preocupou tanto saindo assim, de repente.- Cass disse e no mesmo instante mudou o tom de voz de preocupação para um de quem ia começar a dar uma bronca. -Garotinho acho muito com você ter um bom motivo para ter se afastado de mim.

Hiro ficou alguns segundos quieto, pensando o que iria dizer, até perceber que a verdade seria a melhor opção.

-Eu estava distraído com a música, desculpa tia

-Tudo bem, de qualquer forma é melhor voltarmos para o hotel, o passeio acabou e preciso guardar algumas compras.- Cass terminou a frase balançando as sacolas com vários artesanatos e outras lembrancinhas.

 Hiro então seguiu a tia e se esforçou para manter o foco nela, porém viu o garoto do gazebo de novo, parecia está levando uma bronca do senhor que perseguia o cachorro vira late, vê-lo de novo trouxe a mesma sensação que teve antes, mas voltou a si quando escutou sua tia gritar seu nome, e foi correndo para perto dela. Chegando no hotel, Hiro se jogou na cama, cansado de ter ficado a tarde inteira andando, além que na volta para o hotel Hiro teve que carregar algumas das compras de seu tia.

-Isso não e incrível Hiro, tudo é tão lindo, você teria se arrependido se não tivesse vindo.- Cass falava enquanto via as fotos que tirou durante o passeio. -E amanhã terá um show de talentos na Praça dos Mariati.

-É mariachi tia.

 Durante a noite Hiro ficou sentado na cama ouvindo a tia falar sobre como as pequenas férias no México os fariam bem. Quando já era tarde eles decidiram dormir, Hiro ficou pensando no show de talentos que sua tia comentou, pensando que talvez o garoto do gazebo tocaria nele, essa poderia ser uma boa oportunidade para vê-lo tocar de novo. E com esse pensamento o jovem japonês mergulhou em sonhos.

 Hiro estava na Praça do Mariachi no dia do show de talentos, o garoto que viu tocar no gazebo estava no palco começando a tocar, conforme a música foi sendo tocada o lugar parecia ficar cada vez mais vazio e a sensação que Hiro teve foi voltando com toda força, era uma sensação boa, de aconchego, um calor sendo soprado por uma brisa de verão veio ao seu rosto e o músico parecia está tocando somente para Hiro, aquilo tudo fez o japonês corar um pouco, seu coração acelerava conforme a música era tocada, Hiro se perguntava o que era aquela sensação, nunca tinha sentido nada como isso antes. A música tinha acabado e fogos de artifícios voavam e explodiram no céu, tudo aquilo parecia um filme romântico clichê, que Hiro simplesmente nunca gostava, mas o jovem não podia dizer que tudo aquilo não o deixava emocionado. Então um som de um apito veio com tudo nos ouvidos do japonês, que acordou no pulo, se sentindo um tolo por ter uma pequena sensação de que aquilo tudo era real, a vida já tinha mostrado para ele como o  mundo era, lembranças do incêndio que matou seu primo, Tadashi, veio em sua mente, Hiro não queria pensar naquilo então foi para o banheiro lavar o rosto para expulsar a cara de sono e afastar as tristes lembranças. Depois que saiu do banheiro, o jovem foi ver as horas, 09:47, as horas fez Hiro lembrar no que sua tia tinha falado noite passada, que ela planejava ir visitar alguns pontos turísticos perto do hotel e avisou para que Hiro a encontrasse no  praça em frente ao hotel às 10:00, então Hiro colocou suas roupas casuais, comeu um lanche que Cass tinha preparado antes de sair e foi em direção a praça se encontrar com a tia.

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