Quando chegamos em terra firme pude observar melhor o lugar, o céu estava repleto de nuvem cinzas, como se a qualquer momento fosse chover, nas ruas, esqueletos com roupas de estilos e épocas diferentes andavam, como se estivessem em um dia normal, e as construções eram como as casa de Santa Cecília. O lugar não tinha cara de Mundo dos Esquecidos, parecia mais um lugar normal.
- Esse é mesmo o Mundo dos Esquecidos?- Perguntei para mim mesmo, mas Nicolau decidiu me responde.
- Esse, garoto, é só uma pequena parte do Mundo dos Esquecidos. Há mais duas áreas além dessa.
Então pensei em que Catrina tinha dito, que o reino de Xibalba era maior que o Mundo dos Lembrados, observei mais uma vez a cidade, ela realmente parecia bem maior que o mundo que tínhamos acabado de sair.
-Está bem Nicolau, agora, para onde foi Inês, onde Ernesto a levou.- Impaciência residia na voz de Amelia.
- Desculpa, mas eu não pergunto esse tipo de coisa para meus tripulantes, os deuses não deixam, mas Ernesto a levou naquela direção.- Então Nicolau apontou para uma rua isolada, onde haviam poucos esqueletos.
Fomos todos naquela direção, deixam Nicolau para trás. Quando chegamos na rua começamos a investigar o lugar, Amelia e Miguel faziam perguntas aos poucos esqueletos que lá estavam, eu só tentava me esconder debaixo do capuz da blusa, para esconder o fato de eu ser um garoto vivo.
Tinha se passado uma hora e não conseguimos nada, decepcionados nós fomos até um banco nos sentarmos.
- O que vamos fazer agora?
Miguel estava visivelmente abalado, pensei em me desculpar por aquilo, eu sentia que tudo era culpa minha, mas andes que eu pudesse falar qualquer palavra Amelia começou.
- Aquela verme do Ernesto, desde que sua fama acabou ele colocou toda a culpa em nossa família.- Amelia falou com sigo mesma.
- Mamá Amelia, o que aconteceu com Ernesto depois que eu voltei para o Mundo dos Vivos?
Amelia olhou para Miguel, e com um longo suspiro começou.
- Depois que foi revelado que ele era uma farsa, todos acabaram o repudiando, e desde aquele dia ele anda atacando nossa família, ele ainda guarda rancor pelo que nos fizemos, mas a uns meses os ataques pararam, achamos que ele tinha sido completamente esquecido, mas agora isso acontece, ele está fazendo isso por pura vingança.
Ficamos em silêncio, era nojento o que Ernesto estava fazendo, eu queria que Baymax estivesse aqui, seria mais fácil. Então ao longe vi um esqueleto que me era família, ele me lembrava meu primo, Tadashi, ao vê-lo me levantei involuntariamente, chamando a atenção de Miguel, Dante e Amelia.
- O que foi, Hiro?- Perguntou Miguel.
-E... Eu acho que acabei de ver alguém que pode nos ajudar.- Nesse momento eu não pensei direito, simplesmente fui correndo em direção da multidão.
Eu entrei naquele mar de esqueletos gritando o nome Tadashi, mas o barulho dos esqueletos junto com algum carros na rua fazia com que não desse para me ouvir, Miguel e Dante deviam ter ido atrás de mim, porque eu escutava alguém gritando meu nome.
Depois de alguns segundos esbarrei em alguém, quando me levantei era um esqueleto qualquer, não Tadashi.
Me desculpe senh...- parei de falar, notando que o capuz tinha saído da minha cabeça, revelando que eu estava vivo.
Por um segundo o esqueleto em que esbarrei ficou me olhando, então pus de volta o capuz e dei meia volta, mas antes que eu pudesse me distância o esqueleto colocou a mão no meu ombro, me segurando, nesse momento Miguel, Amelia e Dante apareceram, Amelia se apressou a jogar seu sapado no homem.
- Solte o amigo do meu neto.- Então a cabeça do homem saiu rolando pelo chão.
Os esqueletos que estavam na rua pareciam não notar nada, simplesmente continuavam andando, chutando a cabeça do pobre esqueleto que foi acertado pelo sapato.
- Você está bem?- Me perguntou Miguel, aproximando seu rosto do meu.
Andes que eu pudesse responder a cabeça do esqueleto parou entre Miguel e eu, tomei um susto tão grande que quase chutei a cabeça, Miguel reagiu de forma diferente, ao invés de se assustar, pareceu reconhecer o moço.
- Chicharrón?- Miguel perguntou para a cabeça.
- O primeiro e único.- Respondeu a cabeça, agora nas mãos de Miguel.- E agora pode me levar até meu corpo?
Depois de colocamos de volta a cabeça do esqueleto no lugar pedimos desculpas, menos Amelia, ela parecia meio desconfiada por causa do esqueleto de me segurado.
- Então, garoto, como você sabe meu nome?- Chicharrón perguntou, olhando para Miguel.
Eu também queria saber como Miguel conhecia um esqueleto que já foi esquecido.
- Já nos vimos antes.- Começou Miguel, meio sem jeito.- A dois anos, Hector e eu fomos até você.
Surpresa tomou e rosto de Chicharrón. Aparentemente esse era o esqueleto que Miguel viu sendo esquecido.
- Mas como? Não era para você está aqui, como veio parar aqui?- Chicharrón perguntou.
Miguel explicou o básico.
- Então vocês precisam de ajuda para encontrar essa Inês e serem levados de volta para o Mundo dos Vivos?- Chicharrón parecia processar a informação.- E esse garoto, quem é? Ele perguntou apontando o dedo para mim.
- Sou Hiro Hamada.- Respondi.
- Hamada? Como Tadashi Hamada?
Me surpreendi pelo fato de aquele esqueleto saber o nome do meu primo falecido.
- Como você conhece meu primo.- O questionei.
- Como não conhecer, olhe.- Chicharrón apontou para um outdoor- Seu primo é famoso aqui.
No outdoor estava a foto da versão esqueleto de meu primo, pelo que pude entender, ele era um inventor famoso naquele mundo. Então olhei ao redor e, embora a cidade parece como Santa Cecília, os carros na rua eram bem avançado, algum esqueleto falavam em smartphone, até mesmo vi um esqueleto andando em um skate voador, como o do De Volta Para O Futuro.
- Tadashi está nesse mundo.- Falei para mim mesmo.
Naquele momento uma emoção estranho tomou meu corpo, fazia dois anos que Tadashi havia morrido, e a ideia de poder revelo me dominou.
-Onde posso encontrá-lo?- Perguntei para Chicharrón.
- Nesse momento ele deve está trabalhando na universidade aqui perto, eu estava inda para lá, podem me acompanhar, se quiserem.
Seguimos Chicharrón, no caminha conversamos sobre esse mundo. Chicharrón nos explicou que esse mundo é dividido em três partes, onde nós estávamos era a Cidade dos Esquecidos, ele disse que lá era como o Mundo dos Lembrados, só que eles não comemoravam o Dia dos Mortos, depois vinha a Cidade dos Isolados, lá era onde criminosos íam e por último o Palácio de Xibalba, Chicharrón nos disse que poucos tinham a permissão de irem para lá, que somente aqueles que Xibalba deixava pisavam em suas terras.
Então chegamos a universidade Chicharrón entrou junto com a gente, falamos com a recepcionista, dissemos que precisávamos falar com Tadashi, ela nos lançou um olha que dizia "Vocês tem hora marcada".
- Por favor.- Insistir.- fale que é Hiro que quer falar com ele.
A recepcionista respirou fundo e pegou a telefone.
- Tadashi, desculpe o incomodo, tem dois garotos e uma mulher querendo falar com você, um dos garotos se chama Hiro.- Então a recepcionista ficou calada, depois de desligar o telefone ela falou.- Me siga.
Seguimos a recepcionista pela universidade, Chicharrón disse que precisava fazer outra coisa e nos deixou. Paramos na frente de uma porta, nela havia pintado o nome do Tadashi.
Então entramos, e lá estava meu primo, Tadashi Hamada.
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Um Romance Improvável
RomanceEra Dia dos Mortos na cidade de Santa Cecília, onde havia muitos turistas, e um deles é Hiro, que, depois de passar por desventuras, acaba no Mundo dos Mortos, nisso Hiro acaba conhecendo o jovem Miguel e seu cachorro, Dante, que lhe oferecem ajuda...