Então entramos na sala de Catrina, e o lugar era incrível. O teto devia está a uns 30 metros de nossas cabeças, o lugar era iluminado por grandes lustres, eu não entendia muito de design, mas posso dizer que a decoração era de bom gosto, todos os móveis do lugar combinavam perfeitamente.
Então olhei para frente e vi um trono, e nele estava a mulher mais linda que já vi. Ela, com todo certeza, era da mais alta claro, usava um vestido vermelho, com a barra decorada com pétalas laranjas e pequenas cabeças de esqueletos, usava também um grande sombreiro vermelho e decorado com velas e cabeças de esqueletos nas bordas.
Quando cheguei a três metros do trono consegui ver com mais clareza o rosto da esqueleto, ela estava muito bem maquiado, o que ressaltou mais a beleza dela.
- Senhora Catrina. - Começo o recepcionista- Creio que tenho algo que é de seu interesse.
Catrina, então, tirou sua atenção do que estava fazendo e olhou para nós.
- Luiz, por que trouxe uma família para a sala do trono, espero que não seja só porque eles não conseguem passar para o mundo dos vivos.
A voz dela era tão belo quando o rosto, era suave, eu apostaria que tranquilizaria até um lobo raivoso.
- Não senhora, é que nós temos um, é, problema aqui.- Então o recepcionista puxou meu capuz.
A deusa se ajeitou no trono, percebendo que o assunto era muito sério. Um olhar de curiosidade e de surpresa tomou conta de seu rosto.
- Um garoto vivo, porque não me avisaram que tinha um garoto vivo nesse mundo, Luiz?
- Me desculpe senhora, mas eu não recebi nenhum aviso das autoridades.
Então o olha da deusa caiu sobre mim, e, apesar da beleza, o rosto dela também era sério. Ela me olhava como se estivesse me analisar, olhando de cima para baixo.
-Então, meu jovem, como entrou no mundo dos mortos sem ser percebido?
Nesse momento eu congelei, as palavras surgiam na minha cabeça, mas se atropelavam antes mesmo de saírem. O olhar da deusa parecia impedia que eu mentisse. Então fui salvo por Miguel, que começo a falar.
- Foi eu, senhora Catrina
-Por favor garoto, me chame somente de Catrina.
- Tudo bem, Catrina, foi eu, eu quem ajudou Hiro a entrar no Mundo dos Mortos sem alertar as autoridades.
Catrina agora olhava para todos nós, para a família de Miguel, para Miguel e depois para mim, então seu olhar voltou para Miguel. Olhei para o garoto e vi que estava começando a ficar nervoso.
- Qual é seu nome? - Perguntou Catrina.
- É Miguel, senhora Catrina. - Pela voz de Miguel, dava para notar que ele estava nervoso, ele olhava para o chão, subindo a cabeça de vez em quando para ver se Catrina ainda olhava para ele.
- Miguel. O mesmo Miguel que veio parar nesse mundo depois de afanar um instrumento, há dois anos?
- Si... Sim.
- Sinto muito pela sua morte prematura, é tão triste quando recebemos pessoas da sua idade.
Miguel olha para seus familiares e depois para mim. Ele não tinha realmente morrido, mas também não conseguia voltar para o mundo dos vivos, e esse era um outro problema que deveríamos buscar uma solução.
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Um Romance Improvável
RomanceEra Dia dos Mortos na cidade de Santa Cecília, onde havia muitos turistas, e um deles é Hiro, que, depois de passar por desventuras, acaba no Mundo dos Mortos, nisso Hiro acaba conhecendo o jovem Miguel e seu cachorro, Dante, que lhe oferecem ajuda...