Estávamos quase no fim da área dos assassinos e estávamos perto de um lugar semelhante a Cidade dos Esquecidos, mas essa não tinha prédios moderno em meio as construções simples, me perguntava que crime as pessoas daquele lugar tinham cometido. Ao entrar na cidade fiquei meio confuso, esqueletos estavam perambulando pelo ruas, outros estavam sentados no chão com as costas encostadas nas paredes das casas, essas em ruínas, como se todo o lugar tivesse sido abandonado por muitos anos, os esqueletos da cidade se encontravam nas mesmas condições, as roupas sujas e rasgadas, notei que as roupas já foram vestes que pessoas importantes usariam, ternos, roupas de imperadores de diferentes eras, alguns tinham até coroas quebradas e enferrujadas. Então uma suposição me veio, aquele poderia ser o lugar onde pessoas importantes e ricas que tinham comedido algum crime iriam. Então olhei para Dédalo para perguntar sobre o lugar, esse estava nervoso, ficava olhando em volta, como para ver se ninguém estava nos seguindo.
- Não gosto desse lugar, é onde ele está.- Dédalo murmurou consigo.
Eu estava preste a perguntar do que ele estava falando quando um esqueleto agarrou meu pé, o que me fez dar um pulo de susto, notei que o esqueleto era jovem, e vestia roupas que um rei ou um príncipe usaria. Outra coisa que notei era que meu capuz tinha saído da minha cabeça, revelando meu estado para todos da rua.
A rua toda ficou em silêncio, como se todos estivessem prendendo a respiração, então algum esqueleto moribundo falou, com uma voz rouca.
- Um garoto vivo.
Todos os outros esqueletos tá rua começaram a se levantar, murmurando, indo em nossa direção, uns rastejando os pés, como se não tivessem força para levanta-los.
Nosso grupo estava quase cercado, Dante do lado do de Miguel, latindo para os esqueletos que se aproximavam. Então notei um beco perto, onde dava para nós fugimos. Apontei para o beco e gritei para todos correrem.
Todos nós disparamos pelo beco, cobri a cabeça com o capuz e o segurei para que não saísse. Fomos saindo e entrando de becos, fazendo curvas e mais curvas, então olhei para trás, ninguém estava nos seguindo, para nossa sorte ninguém do grupo tinha se perdido, então paramos em um beco, todos tentando recuperar o fôlego.
Olhei para Dédalo e perguntei.
- O lugar é esse?
- Onde pessoas que faziam de tudo por dinheiro estão, imperadores, ricos esnobes e egoístas, todos esses estão aqui.
- E por que queriam Hiro?- Perguntou Tadashi.
- Possivelmente porque ele é um garoto vivo, esses esqueletos estão sempre procurando o que não podem ter, e Hiro ainda tem um corpo vivo, bem, ou quase isso.
Eu estava preste a fazer a pergunta que ia fazer antes de precisamos correr quando outra coisa me interrompeu, notei que estava suando, e a maquiagem que disfarçava meu rosto devia está borrada, confirmei minha suspeita quando olhei meu reflexo em um espelho quebrado em uma pilha de entulhos, então olhei para o resto do grupo e eles perceberam que não enganariamos ninguém com aquilo.
Fiquei andando pelas ruas apresado, olhando para baixa e com o capuz na cabeça, Tadashi me guiando, mesmo com os olhos fixos nos chão eu ainda sentia os olhares dos esqueletos em mim. Dédalo tinha dito que virá uma construção que parecia um teatro, disse que possivelmente lá iríamos encontrar algo para meu rosto, então o inventor grego ia na frente, guiando todo o grupo pelas ruas.
Quando chegamos no teatro levantei a cabeça para olhar o lugar, o teatro era imenso, colunas destruídas se erguiam na faxada, a porta dupla que tava para o interior estava quebrada, com uma das portas pendurada só por uma dobradiça, o lugar devia de sido incrível quando novo, se é que ele já não era assim desde sempre. Pensamos em entrar mas um grupo de esqueletos estavam na estrada, achamos meio arriscado passar por alí, então decidimos circular o lugar.
Ao entramos em um beco atrás do teatro vi uma passagem, que um dia tinha uma porta, que dava para o interior. Então todos entramos, e o lugar era uma zona, pedaços do teto caídos no chão, fazendo uma luz fraca iluminar o lugar pelos buracos no teto. Depois de uma pequena procura achamos um pouco de maquiagem que usamos para disfarçar meu rosto.
Estávamos prestes a sair quando ouvimos uma voz vindo mais além no teatro, isso era um bom motivo para saímos dali o mais rápido possível, mas Miguel parou, como se tivesse reconhecido a voz. Olhei para ele perguntei.
- O que foi? Qual o problema?
Ele não respondeu, já estava voltando para dentro do teatro, indo checar a voz. Seguimos ele até uma passagem que dava para uma das extremidades do palco, no meio do palco, iluminados por algumas velas, estavam dois esqueletos, um era robusto, devia ter um metro e oitenta, quase noventa, vestia uma roupa de mariachi suja e rasgada, ao seu lado estava um esqueleto um pouco mais baixo, esse com uma roupa de rei, seu cabelo e barba branca estava uma ninho de rato, os dois estavam conversando.
- Ainda não encontraram a espada, Minos.- Disse o esqueleto com roupa de mariachi.
- Mande voltarem a procurar, precisamos dela para nosso plano.- O esqueleto chamado Minos parecia irritado.
Então o esqueleto com roupas de mariachi se foi, deixando Minos sozinho.
Algo no esqueleto mariachi me era família, não sei bem o que mas parecia que eu já o tivesse visto antes, então olhei para Miguel, o rosto do moreno estava iluminado por uma fraca luz que vinha do teto, com uma expressão de mais pura raiva, então lembrei de onde vinha a lembrança do mariachi, Miguel o tinha descrito para mim, aquele era Ernesto De la Cruz, o responsável pelo sumiço de Inês.
Miguel estava preste a ir atrás de Ernesto, mas impedir, falando para ele que aquela não era uma boa ideia, se ele fosse chamaria muita atenção para nós, e já tivemos suficiente disso, então Miguel se acalmou um pouco. Então olhei para Dédalo, e esse também estava nervoso, mas um nervosismo de ansioso, enquanto olhava para Minos, esse indo de um lado para outro no palco, murmurando. Conseguimos sair do teatro sem chamar atenção, e de volta no beco finalmente fiz minha pergunta para Minos.
- Quem você estava procurando quando chegamos aqui?
Demorou um pouco para Dédalo responder, seu rosto mostrava que ele não tinha certeza se falava ou não.
- Minos, pode se dizer que ele é um inimigo meu, ele me obrigou a construí o labirinto, e depois de eu ter ajudado um jovem a acabar com seu touro ele me caçou até o fim de sua vida.- Dédalo engoliu em seco e contínuo.- Ele era um imperador que só ligava para riqueza, então ele estaria aqui, por isso eu estava apreensivo ao chegar aqui.
Deixei aquilo amadurecer na minha cabeça, Dédalo me pareceu que era alguém que sofrerá enquanto vivo, e foi muito gentil se oferecendo para nos ajudar, eu simplesmente não conseguia pensar o por quê dele já ter estado no Mundo dos Isolado.
Então outra coisa veio a minha cabeça, Ernesto estava falando de uma espada, será que era a mesmo que estávamos procurando? E se fosse, o que eles estariam planejando?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Romance Improvável
Lãng mạnEra Dia dos Mortos na cidade de Santa Cecília, onde havia muitos turistas, e um deles é Hiro, que, depois de passar por desventuras, acaba no Mundo dos Mortos, nisso Hiro acaba conhecendo o jovem Miguel e seu cachorro, Dante, que lhe oferecem ajuda...