Após Miguel explicar tudo que aconteceu com ele a dois anos atrás eu fiquei em pânico, não tinha como eu voltar ao normal, não tinha nenhum parente meu falecido ali. Miguel então sugeriu que fossemos para a casa dele, nos encontrar com alguns parentes dele, talvez eles poderiam me ajudar. Chegamos na casa e Miguel mandou que Dante, a cachorro dele, procurasse pelos parentes, ele tinha me explicado que os animais eram os únicos que podiam enxergar tanto pessoas vivas quando os mortos. Depois de um bom tempo procurando Dante não achou ninguém.
- Que estanho, era para eles estarem aqui. Miguel parecia preocupado com o resultado da busca.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa um miado veio de trás de nós, um gato cinza e branco surgiu na porta que dava para a rua
- Ah, esse gato é da min... Antes que Miguel conseguisse terminar a frase o gato saiu correndo.
Miguel, Dante e eu fomos correndo atrás do gato, Miguel disse que aquele gato era de sua tataravó. Perdemos a gato de vista umas duas vezes, se não fosse pelo Dante teríamos perdido o gato de vista por completo.
Quando paramos estávamos diante de uma grande ponte de pétalas alaranjada, estávamos sem ar de tanto correr.
- Então essa é a ponte que você falou? - Eu olhava para a ponte maravilhado. Miguel tinha me contado que foi para o mundo dos mortos por uma ponte feita toda de pétalas mas nunca iria pensar que a veria.
- É, olha, parece que o gato quer nos levar para algum lugar. - Miguel então apontou para o gato, que agora estava olhando para nós da ponte.
Nós fomos em direção a ponte, esqueletos iam e viam, se Miguel não tivesse me emprestado sua blusa, nem tivesse pintado meu rosto em aparência de crânio, todos os esqueletos estariam olhando para mim.
Todos nós fomos indo em direção a ponte, para a entrada do mundo dos mortos. Quando eu coloquei meu pé nas folhas fiquei com medo dele afundar mas isso não aconteceu, então fomos todos em frente. Enquanto íamos para a entrada do mundo dos mortos notei que o gato que seguimos estava mudando de aparência, agora o gato estava maior, e continuava crescente a cada passo, seu pelo cinza e branco agora tinha vários tons, como um arco-íris com muitas outras cores, em suas costas surgiram grande asas, o que a alguns segundos atrás era um gato agora era uma onça de mais de dois metros pronta para o carnaval. O cachorro de Miguel, Dante, também mudava de aparência, ficava cada vez mais colorido e ganhará asas, essas com algumas penas faltando.
Depois de observar a transformação dos dois animais me virei para olhar para Miguel, o garoto tinha uma pele escura, seu cabelo estava arrumando, mesmo depois de termos perseguido o gato onça, e toda vez que ele sorria uma covinhas aparecia em sua bochecha. De repente notei na mão dele, a pele estava ficando transparente, fazendo os ossos ficarem visíveis, isso acontecia rápido demais, de repente ele todo era esqueleto também.
- Miguel, você virou um esqueleto também.
Assim que disse isso Miguel olhou para as mãos, sua expressão era de confusão e pavor.
- QUE, eu voltei a ser um esqueleto. - Em poucos segundos meu mais novo amigo Miguel era também um esqueleto, como todos em minha volta, e como eu seria se não conseguisse achar uma solução para minha situação.
Fui correndo na direção do Miguel. Depois que ele se acalmou, supomos que isso tinha acontecido porque ele já tinha estado lá antes, concordamos que nós deveríamos continuar, para que Miguel descobrisse o porquê do gato onça de sua tataravó estava tão estanho e para acharmos uma solução para meus problemas.
Chegando na entrega vi várias construções, uma em cima da outra, o lugar era preenchido com várias luzes de diferentes cores, várias espécies de animais voavam para todos os lados, todos colorido com todas as cores que consigo imaginar. O lugar era belicismo. A alguns metros a frente tinha uma fileira horizontal de catracas, ela se dividia em dois grupos, a que Miguel, Dante, gato-onça e eu nos aproximamos tinha uma grande placa em cima, onde dizia "Bem-vindo ao mundo dos mortos".
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Um Romance Improvável
RomanceEra Dia dos Mortos na cidade de Santa Cecília, onde havia muitos turistas, e um deles é Hiro, que, depois de passar por desventuras, acaba no Mundo dos Mortos, nisso Hiro acaba conhecendo o jovem Miguel e seu cachorro, Dante, que lhe oferecem ajuda...