Bem-vindos a São Paulo

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Depois que eu sai daquela casa, me deparei com uma dúvida: pra onde ir? Refaria todos os meus passos anteriores? Passei horas sentado na minha bolsa decidindo meu destino. Decidi pegar carona no primeiro carro que aparecesse já que era um lugar um pouco isolado.

Uma hora depois, aparece um carro com destino a São Paulo, onde havia uma família de cinco pessoas que me olharam com desconfiança e pena. Meu rosto havia marcas roxas e amareladas das surras que meu pai me deu. Depois de um interrogatório, me levam junto com eles. Chegando a São Paulo, nos separamos para a tristeza deles que queriam tomar conta de mim. Me esgueirei pelas aquelas ruas movimentadas nas primeiras horas da manhã e vi que como as coisas funcionavam por ali. Com o pouco dinheiro que eu tinha, aluguei um pequeno vão para dormir à noite, apesar da desconfiança da dona que me olhava de mal humor e que se tornou minha salvadora das vezes que quase fui arrastado para um beco escuro por homens com o intuito de roubar a minha inocência e tirar minha vida. Nos tornamos pessoas que se ajudavam mutuamente. Passei a ajuda-la na pensão quando eu não tinha nada para fazer e ela me ajudava nas coisas que só adultos poderiam fazer e um adolescente não. Comprei muita água mineral e comecei a vender nos semáforos dessa grande cidade.

O tempo foi passando e com a ajuda da dona dessa pensão em que eu vivia, abri uma conta em meu nome e todo dinheiro que eu conseguia depositava nela. Nesse meio tempo, todo conhecimento que eu adquiri em minha outra vida, terminei o ensino médio para surpresa de muitos e entrei na faculdade com quinze anos para o horror de muita gente que me considerava um gênio. Durante o dia eu vendia água e doces nos semáforos e a noite, eu frequentava a faculdade na qual eu fazia administração que eu terminei em menos de dois anos. Todos na faculdade foram a loucura e me testaram de várias maneiras, cada um mais difícil que outra. Me sai bem em todos os testes. Estudei novamente todos os tipos de investimentos que havia no mundo e passei a estudar inglês que não quis aprender na outra vida que foi uma das maneiras que eu fui roubado. Ninguém nunca soube como trabalhava meu cérebro. Todos os dias eu o treinava de maneiras diferentes, calculando todos os prós e os contra de cada investimento que eu queria fazer no futuro.

Com quase dezoito anos, uma pequena fortuna se acumulava em minha conta e eu estava atrás de investir aquele dinheiro. Fiz unas investigação apurada através de uma acessória especializada e investi a metade do meu dinheiro. No começo, fui olhado como uma piada e com desconfiança, mas de primeira ganhei um montante de dinheiro que os deixou de queixo caído. Alguns eram os mesmo que eu fiz na vida anterior, outros inovei e ganhei rios de dinheiro. Dentro de um mês eu já havia triplicado o meu dinheiro e comprei uma casa para mim num condomínio fechado de primeira classe. Assim passei dos quase dezoitos anos até os vinte e um, ganhando muito dinheiro. Agora eu precisava de pessoas de confiança ao meu lado. Comecei a procurar pessoas que eu havia conhecido no passado. Contratei um detetive particular para encontrar essas pessoas. Depois de um tempo, essas pessoas começaram a chegar e ficaram surpresas por encontrar uma pessoas tão jovem. No começo foi difícil porque eles não acreditavam que uma pessoa tão jovem não fosse capaz de muita coisa. Com o passar dos dias eu mostrei a eles do sou capaz, ganhando a fidelidade de cada um deles. Entre essas pessoas havia: um contador, um advogado, três seguranças que mais pareciam armários de parede de tão grandes, uma governanta responsável pela organização da casa e um secretário que ficava a cargo de minha agenda. Com quase vinte e dois anos eu comprei três empresas que estavam falindo transformando-as em um conglomerado que saiu engolindo outras que não eram capazes de se sustentarem sozinhas. Meu nome começou a circular em todos os jornais do país como o empresário mais rico do Brasil e um dos cem do mundo. Revistas e jornais começaram a me perseguir para uma entrevista. Depois de muito pensar, resolvi ceder.

Na entrevista quando perguntaram sobre a minha família falei a verdade. Todos ficaram em choque por um adolescente de quatorze anos ter fugido de casa e ser a pessoa que ele é hoje. Quando foi perguntado sobre o perdão daqueles que tanto o machucaram, sua resposta foi curta e direta: pra eles não há perdão porque na primeira oportunidade, eles o venderiam por dinheiro e seu fim seria bem macabro. Uma pessoa muito curiosa perguntou sobre a marca na testa de Teo e ele respondeu que era uma lembrança para nunca esquecer a traição de quem mais amava. Depois dessa pergunta, Teo se recusou a responder outras.

Deixando todos chocados, o homem bonito no qual Teo havia se transformado foi embora. No dia seguinte o rosto de Teo se estampava em todos os jornais impressos, na mídia e na internet, chocando Brasil pela crueldade da família dele e da sinceridade de suas respostas.

Naquela cidade perdida no meio do nada uma família estava em choque por causa da fortuna que o membro da família que havia fugido havia acumulado durante todos esses anos, enquanto eles estavam na ruína e desesperados por dinheiro. Os credores batiam todos os dias atrás de dinheiro e saber que Teo estava nadando nele os deixaram com mais raiva. De algum modo eles queriam tirar vantagem dele e pegar um pouco dessa fortuna. Iriam atrás dele, fugindo dos agiotas que estavam os ameaçando.

Quando os agiotas souberam que eles haviam fugido, eles pagaram a todos os tipos de detetives para encontrar o paradeiro deles e descobriram que eles foram atrás do filho que estava em São Paulo e que agora era um grande empresário e muito rico. No começo pensaram em sequestrar alguém da família, mas desistiram por causa da frieza das palavras que ele havia dito na entrevista.

Teo, em  nome da vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora