Parada diante aquele buraco no chão, tudo o que consigo pensar é "o quão fundo esse buraco pode ser ?" Olhar para ele era como olhar para o céu, apesar de você o ver até uma certa distância, sabe que ele não acaba ali.
Além do seu campo de visão, há uma galáxia, um espaço sideral. Planetas, meteoros passando a todo instante e lindas constelações, e para os religiosos, um terceiro céu. Sim, aquele céu, aquele que lá no fundo, todos temos medo de não ir.A luz que emana dessa "coisa" de alguma forma me atrai. Não há cor definida, já que lentamente, muda a todo instante, é tão hipnotizante...
— Agora você acredita, Hannah? — diz Jenny, colocando sua mão fria no meu ombro esquerdo.
— sim... É lindo. — digo ainda extasiada, nada mais a minha volta importava, e o medo por estar em um cemitério de madrugada, havía se ausentado. Após diversas tentativas fracassadas, finalmente conseguimos. Conseguimos abrir um portal para o submundo.
Jenny e eu passávamos horas conversando sobre como o submundo devería ser. Seria ele semelhante a Sete-além? Ao inferno? Sempre tão curiosas. E agora ele está aqui, bem na minha frente, e cabe a mim decidir se quero realmente conhecer todos os creppypastas das lendas famosas.
E a resposta é: definitivamente não. Prefiro que pessoas sendo estripadas, torturadas e mortas de forma brutal , fique apenas para a ficção, não quero isso para mim, aliás, qualquer um em sua sã consciência não iria querer.
— Então você achou bonito, Hannah? — Jenny pergunta sorrindo.
— Sim. — respondo me afastando do buraco.— então porque está se afastando?
— Medo de cair.
— Vamos — ela me interrompe - me diga como é, se conseguir voltar, tá?
A olho confusa, vejo seu sorriso desaparecer, sua mão que ainda repousava em meu ombro o aperta cravando suas unhas, me fazendo grunhir de dor.
Logo sou empurrada buraco a baixo.
— Não!! Jenny!!! — meus gritos ecoam.
— Tchau Hannah! Nos vemos no inferno! — ela gargalha.
O ar frio pressionado ao meu rosto, queima minhas bochechas. Estou caindo rápido...
A pressão não me permite respirar, parece nunca ter fim. Estou caindo a pelo menos 20 segundos, se comparado a minha velocidade, confirma minha teoria sobre a profundidade do local.A pressão, o frio, o medo, a falta de oxigênio, tudo está entorpecendo meus sentidos.
Splash!* um barulho seguido por calafrios me assusta. Minhas costas doem, é como cair sobre uma pedra de mármore gelada, tento me mexer, mas a cada tentativa meus músculos ficam mais fracos , e tudo fica escuro.
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Portal Creppypasta
HorrorQueria não ter participado daquele ritualzinho barato da Jenny, Achei que era só mais uma brincadeira como sempre. nunca acreditei que daria certo! eu não queria vê-los realmente. não aguento mais ficar aqui... Seria muita loucura da minha parte...