Tudo que consigo ver, é um telhado de madeira velho e enegrecido, um foco de luz sobre meu peito me incomoda os olhos, desvio o olhar da luz e esquadrinho o local a minha volta.
A sala é claustrofóbica, não há janelas ou passagens de ar, diversos instrumentos de tortura — suponho— estão pendurados na parede a minha frente, repleta de manchas avermelhadas.
Lágrimas saltam dos meus olhos, tento gritar por ajuda, mas nenhuma voz sai, é como se meu corpo não obedecesse meu cérebro.Lembro-me então, do que mamãe me dizia quando era criança sempre que tinha pesadelos, “Se tentar gritar, e não conseguir, é apenas um sonho.... Acorde!”
Não me parece um sonho agora mamãe.
Aqui é tão frio.
*nheec algo range do lado de fora da sala, madeira? Acredito que seja o chão, alguém pode estar se aproximando.
O som fica cada vez mais alto, mais próximo, a agonia de não saber quem é, onde estou, ou como vim parar aqui, é enlouquecedora.
A cada ranger, meu coração bate mais rápido e mais forte.
Medo
Ansiedade
Angustia
Todos esses sentimentos vem a mim como um tsunami, atingindo meu psicológico e levando em bora todo meu auto-controle, logo, vejo-me em meio a um colapso, mãos suam, pernas tremem, nó na garganta....
A vontade de gritar invade meu âmago, e o fato de não conseguir me desespera ainda mais, respiro fundo, na tentativa de me acalmar, mas o ambiente cheira a sangue, mofo, umidade.... É impossível respirar fundo.
Os passos ficam cada vez mais próximos e então, param. não ouço mais barulho algum, olho para a fresta de baixo da porta, e vejo uma sombra, alguém prestes a entrar...
Um farfalhar de chaves ecoa, engulo seco, não posso tirar os olhos da porta, e em um rangido a porta vai se abrindo aos poucos e revelando a imagem de um homem de alta estatura, ombros largos cobertos por uma capa preta e vermelha em seu interior, um chapéu grande e inclinado cobre seu rosto, seus passos são firmes e pesados, ele entra na sala sem ao menos me olhar, para ante uma mesa de ferro escorada na parede e joga um molho de chaves na superfície metálica, suspira, e coloca a mão em algo no quadril.
Ao virar em minha direção, percebo que o que há em seu quadril, é um enorme chicote com detalhes em vermelho, me pergunto se ele é um Creppypasta, porque se for, nunca se quer ouvi falar.
— Já estava na hora de acordar — ele diz desviando minha atenção do objeto. Sua voz é rouca e baixa.
Tento me mexer, falar novamente, e nada...
— Esqueça, você não vai conseguir— ele pega um um objeto transluzente na mesa, uma seringa vazia. não disse o que era, mas seja o que for, é por isso que não posso falar ou me mover.
—Você gosta de brincar?— Ele pergunta, que droga de pergunta é essa? Completamente inoportuna, uma evidente característica de sua sanidade em escassez.
— Em quanto faço os preparativos vou lhe contar uma história, a sim... Tenho uma muito boa, é sobre uma família. Uma família muito feliz— ele ironiza — eles moravam em uma pequena cidade esquecida pelas pessoas... E as vezes penso que até Deus a esqueceu, tantas desgraças aconteciam ali, essa família era composta por cinco pessoas, mãe, pai, um irmão mais velho, uma menininha caçula, e... O mais especial era o filho do meio.
Ele fica em silêncio por alguns segundos após mencionar tal filho.
—Sabe porquê ele era especial?
Meneio a cabeça em negação.
—Ele era muito quieto, não sentia a necessidade idiota que as pessoas tem de socializar e conviver em sociedade, mas nem por isso era menos desenvolvido que os demais, a não... Muito pelo contrário, sabe, um dia ele se cansou de sua família dizendo o que ele devia ou não ser, o que deveria ou não fazer, então se livrou deles, sabe como?
Nego
— Acha que ele fugiu?
Assinto
Ele ri, e continua — Ele matou um por um, com o mesmo procedimento que irei realizar em você. Sou o melhor nisso.. Sem dúvidas— ele encena uma pausa teatral, após alterar a voz— Até porque eu era esse garoto.
Suas ultimas palavras me fazem arrepiar, estou diante de um homem que matou sua familia e não parece ter nenhum resquício de remorso, imagino a facilidade em que me matará, como um inseto insignificante, apenas mais um.. então é aqui, aqui que tudo acaba. Não é do meu feitio pensar em morte mas sempre me imaginei morrendo de causas naturais, ou até mesmo acidentes, mas jamais em um desconhecido lugar de outra dimensão.
Uma das ferramentas penduradas é pega por ele, que a analisa, imagino como ele irá me abrir com aquilo. Ele limpa o objeto com uma flanela retirada de seu bolso traseiro, mas para antes que a limpeza esteja completa, algo o chama a atenção, ele levanta o rosto deixando aparente seus lábios e narinas que tremem como se farejasse algo, e antes que possa virar para a porta, algo vindo da mesma direção o atinge na cabeça e ele cai saindo do meu campo de visão.
Assustada, olho para a porta, uma figura pálida com grandes cabelos pretos e um sorriso esculpido, se encontra imóvel, olhando para meu raptor.
Jeff.... Jeff the killer? Não pode ser... Ele também é real!
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Portal Creppypasta
HororQueria não ter participado daquele ritualzinho barato da Jenny, Achei que era só mais uma brincadeira como sempre. nunca acreditei que daria certo! eu não queria vê-los realmente. não aguento mais ficar aqui... Seria muita loucura da minha parte...