Queria não ter participado daquele ritualzinho barato da Jenny, Achei que era só mais uma brincadeira como sempre. nunca acreditei que daria certo! eu não queria vê-los realmente.
não aguento mais ficar aqui...
Seria muita loucura da minha parte...
Apalpando o nó que me prende as mãos, imagino um jeito de me soltar. Meu tio, um hábil caçador e especialista em nós, me ensinou alguns macetes para escapar em uma situação assim. Finalmente encontrei alguma serventia para seus ensinamentos peculiares.
Olho para eles, e os vejo discutir como crianças, três perfeitos patetas.
Difícil acreditar que Nurse Ann, Homicidal Lil e Bem Drowned estão se descuidando assim, talvez nem tudo seja como nas histórias.
Após muito me remexer, finalmente consigo soltar o nó, observo atentamente os três esperando qualquer descuido para correr até a porta. Isso pode ser meu fim, uma idéia completamente pirada. Mas se eu ficar, irei me dar mal também. "De qualquer forma vou morrer, mas me recuso a morrer sem tentar." Penso.
Quando Liu e Ben ficam lado a lado a frente de Ann vejo a oportunidade perfeita, me levanto para correr.
— ah! — acabo gritando sem querer, ao sentir mãos pesadas me empurrarem para baixo, de volta a cadeira. Olho para cima e vejo um homem palido de olhos verdes, cabelos vermelhos e... Jason the toymaker!?
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— humf... Todo esse tempo neste lugar está fazendo mal a vocês. — ele diz
— O que? — Ann questiona perplexa.
— Esqueceram uma das primeiras "regras" — ele solta meus ombros e faz sinal de aspas — de um assassino. Nunca dê as costas para sua presa, idiotas.
—Quem você pensa que é para vir dar lição de moral !? — Ann se altera novamente.
— Sabe Ann... Você tem um dos piores defeitos para um assassino. Falta de paciência! Talvez por isso seja tão ruim.
— Seu...
— Chega ! — Pela primeira vez, Liu, o mais calmo da sala se altera.
Ele vem até mim com as mãos no bolso, senta na cadeira que Ann havia pego. E me encara por alguns instantes, abre um sorriso gentil e me pergunta:
— Como você se chama mesmo?
— Hannah
— hum... E como chegou aqui?
— E-eu não tenho certeza, mas... — me esforço para me lembrar como vim parar aqui — depois de cair no buraco desmaiei e acordei aqui... Com vocês. Onde eu estou?
Uma expressão confusa se faz presente em Liu, como se percebesse que eu estou mais confusa que eles.
—como eu havia dito, a trouxe pra cá. Sally a encontrou desacordada no lago azul e me chamou, me parece que ela veio da entrada B11.— Ann murmura escorando-se na parede.
Entrada B11 ? O que?
— como você teve acesso a B11 ? — ele pergunta.
— O que é entrada B11 ?
— o buraco que... Você caiu? Você chegou aqui através de um, não foi?
— sim.
— como caiu nele?
— um ritual, bom não tenho certeza de como foi feito, Jenny já havia feito tudo, quando cheguei no cemitério, ela só recitou um verso de algo... Era como um poema, foi algo confuso e inaudível. Quando terminou, ascendeu com um fosforo os símbolos feito de um material desconhecido, mas inflamável. Semelhante a pólvora, mas pólvora explodiria. Cerca de uns 30 segundos se passaram até tudo começar a estremecer. O chão era como... Como um leve terremoto, mas suficientemente forte para derrubar estatuas das acampas as quebrando, derrubar pequenas arvores mortas, e os pássaros... Eles ficaram estranhos, confusos, desesperados e sem direção, batendo-se uns nos outros e os olhando no céu, percebi que a lua havia sido coberta por nuvens negras, que não estavam ali antes, a atmosfera estava pesada como chumbo, sufocante. Quando o tremor acabou, um silencio mortal tomou conta do lugar, uma fina neblina pairava sobre os túmulos. Olhei para Jenny que olhava fixamente para o ritual, o chão dentro do grande circulo com símbolos começou a ceder, dando origem a um enorme buraco. Era incrível como o chão caia. Quando parou de cair e tudo ficou aparentemente "bem" luzes começaram a sair do enorme buraco. Era estranho, cada vez que olhava para elas, sentia vontade de ir até lá, entendem ? Eu não queria! Mas queria olhar lá pra baixo! Aquelas luzes rochas, que mudavam para um azul vivo. Era incrível!