F I V E

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— Ei como é seu nome mesmo?

— Hannah.


—Eles já conversaram com você?


— Já.


— E... Ei! Você tinha algum bichinho lá em cima? Como é seu sobrenome? Você tem familia? Como chegou aqui? Tem muitos amigos? Olha... Sua pulseira é roxa, gosta de roxo? Você tem filhos? Não... Você não é velha, quantos anos você tem? Deixa eu adivinhar, 17? Como você dormiu? a comida tá muito ruim?

—Sally! — A cada três segundos tenho uma nova pergunta para responder... Crianças. - uma pergunta de cada vez está bem?

— Vou esperar você acabar. - ela sorri gentil.


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— Agora que você acabou, podemos conversar, certo? — ela pergunta pegando a tigela da minha mão.

— Podemos.

— você sabe oque vai acontecer com você hoje, não sabe?

— Oque? — um frio na barriga me pega de surpresa.

— Olha sua cara, calma, Hoje eles vão te levar até o lago azul, você vai ter que mostrar exatamente de onde caiu.

— Mas eu não tenho certeza.


— Eu acho que você caiu bem no meio do lago, não havia nenhum buraco nas rochas que cobrem o lago quando eu e Ann te resgatamos.- ela desvia o olhar como se pensasse em algo - ah, diga que caiu de um buraco que se abriu nas rochas, e se fechou novamente, afinal, parece que aconteceu
exatamente assim.

PAM!* Um barulho vindo da porta nos assusta.

A porta se abre fazendo um ranger ensurdecedor, revelando também, quem está abrindo, É Ben.

Ele vem até mim, segura firme meu antebraço e me puxa para fora.

— Você vem comigo- ele diz autoritário, sem ao menos olhar para trás. — Você também Sally.

Olho para a menina, ainda sentada no colchão onde estávamos, que começa a nos seguir.

Estamos na metade do mesmo corredor sujo de antes, quando ben pergunta;

— Oque aconteceu menina burra? Você não vai tentar gritar, ou sair correndo?

Prefiro não dizer que estou calma, porque sei aonde vamos, e oque vamos fazer.

— Não quero morrer.

Ele sorri satisfeito com a resposta.

Passamos pela mesma sala onde fui interrogada, a cadeira e as cordas que me prendiam ainda estão no mesmo lugar.

Nos aproximamos de uma porta verde e encardida que não tinha reparado antes, já que não estava no meu campo de visão. Ben a abre com um chute, e me faz passar na frente. me deparo com... Uma espécie de hall de entrada.

Devido ao estado destruído e aparentemente vandalizado do local, não consigo distinguir se aqui funcionava um hotel, prédio comercial ou qualquer outra coisa.

— Psiu. Hannah, agora você vai ver nosso mundo. — Diz Sally atrás de nós.

"ver nosso mundo" para mim, isso soa assustador.
Passamos de baixo de uma grande coluna em forma de arco, e lá está ela... A porta que me separa do mundo que tanto me assusta.

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