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Cheryl

Meu sangue fervia, não havia um pensamento bom se passando pela minha cabeça. Eu exalava ódio.

— Você não pode fazer besteira, Cheryl. — Veronica falou baixo.

— A maior besteira que eu fiz foi não ter dado um basta naquela mulher antes. — Disse sem a olhar.

Estávamos agora em frente a minha casa, há centímetros da porta, a qual eu queria chutar e entrar sem aviso prévio.

Demorei para acreditar quando li aquela mensagem, mesmo com toda a maldade da minha mãe eu não conseguia acreditar em tamanha crueldade. Ver Toni naquele estado me deixou devastada, mas saber que que quem tinha feito aquilo para ela havia sido minha mãe, piorou tudo.

Ela havia machucado alguém importante para mim de novo, mas dessa vez não iria passar abatido.

— Cheryl por favor — Veronica se colocou na minha frente — eu sei que ela é satanás de saia mas... nem sabemos se foi realmente ela.

— Eu sei que foi, não preciso de provas, Ronnie. — Empurrei Veronica pro lado gentilmente e então abri a porta, sem nenhuma cerimônia.

Gritei seu nome uma única vez e minutos depois ouvi o barulho dos seus saltos ecoando pela sala. Minha mãe arqueou uma sobrancelha ao me ver e deu um breve sorrisinho, cruzando os braços e ficando na minha frente.

— Olá, querida. O que faz aqui? — Forçou um sorriso.

Travei meu maxilar e respirei fundo.

— Vim te dar uma coisa, mamãe. — Falei antes de acertar seu rosto com o forte tapa.

A mulher na minha frente cambaleou para trás e pôs a mão no rosto, me olhando perplexa. Me aproximei da mesma novamente e a puxei pelo braço.

— O que está fazendo, sua maluca?

— O primeiro foi por ser tão cínica — falei entredentes — e esse foi por machucar a Toni. — Desferi outro tapa em seu rosto, dessa vez fazendo a cair no chão.

Me abaixei a puxando pelo cabelo e desferi mais tapas em seu rosto, meu ódio gritava mais alto e eu não conseguia parar.

— Eu odeio você! — Gritei dando outro tapa em seu rosto.

Ouvi a voz de Veronica gritar pelo meu nome e logo em seguida eu estava sendo tirada de cima da minha mãe. Minha visão começava a ficar turva e logo meus olhos estavam marejados.

— Cheryl... você não podia ter feito isso com sua mãe! Sua insolente, idiota!  — A mais velha falou em voz alta enquanto se levantava.

— Não me arrependo, mamãe — engoli o choro — você machucou alguém que eu amo muito mais uma vez.

— Eu devia ter mandado darem um sumiço naquela serpentizinha mulambenta! Olha só você, está ficando uma bandidinha de gangue como ela. — Gritou e eu avancei em cima da mesma, porém Verônica me puxou para trás.

— Você é nojenta, Penélope. Espero que você pague por todos os seus crimes até o final da sua vida. — Veronica vociferou e a mais velha riu.

— Quer mesmo falar de crimes, sua...

— CHEGA — gritei a olhando — eu vou tirar o Jason daqui, custe o que custar. E se você se atrever a tocar nele ou na Toni outra vez, eu juro que acabo com você. Ninguém machuca as pessoas que eu amo e sai impune. — Terminei a última frase olhando em seus olhos.

E naquele momento eu só tinha certeza de uma coisa: faria de tudo para proteger Toni e Jason, mesmo que custe minha vida.

sᴛᴀʟᴋᴇʀ • ᴄʜᴏɴɪOnde histórias criam vida. Descubra agora