sᴛᴀʟᴋᴇʀ • ᴄʜᴏɴɪ

29

Cheryl

O barulho ensurdecedor da música se fazia presente no pequeno espaço que Veronica havia alugado, obviamente ela poderia ter alugado um lugar maior já que ela tem dinheiro de sobra, só que a mesma disse não querer chamar a atenção e gerar problemas futuros.

Toni tinha ido procurar Betty junto de Kevin e eu aproveitei para pegar bebida para nós, ainda esbarrando em algumas pessoas, – e sendo empurrada – consegui chegar até o mini bar e fiz os pedidos. Apoiei meus cotovelos na bancada do bar e esperei até que as bebidas fossem preparadas.

Senti uma presença perto de mim e olhei de relance vendo um garoto se sentar ao meu lado, o mesmo me olhou e sorriu. Reconheci aquele rosto de algum lugar mas não lembrava de onde, voltei minha atenção para o barman que preparava as bebidas e soltei um longo suspiro.

Odiava esperar.

— E aí, Cheryl. Tá sozinha? — Ele perguntou e eu o olhei novamente.

— Sim. Quem é você e como sabe meu nome?

— Sou Reggie — estendeu a mão mas eu não o cumprimentei — certo — deu um risinho — quem não conhece a garota mais linda de Riverdale? — sorriu — o que faz sozinha por aqui?

— Hum. Ahm, eu vim só pegar umas bebidas — assim que o barman pôs os copos na bancada, tratei de os pegar e levantar — tchau.

— Espera aí — segurou meu braço — não precisa fugir, eu não mordo. — Riu.

— Não estou fugindo, eu realmente tô com pressa. — Dei um mini sorriso e puxei meu braço, mas ele ainda o segurava.

— Não vai beber isso tudo, vai? Poderíamos beber juntos.

— Essas bebidas são para uns amigos, será que você poderia soltar meu braço? — Puxei novamente meu braço.

— Não ouviu ela mandar você soltar ela? — Suspirei de alívio ao ouvir a voz de Toni.

— E quem é você? — Direcionou o olhar a morena e deu um risinho.

— Não é da sua conta — puxou o braço do mesmo — agora deixa a minha garota em paz. Vem Cheryl.

— Sua garota? Puta merda, vocês são lésbicas? — riu nos olhando — mas que caralho, isso é o que, falta de homem? Porque eu tô bem aqui e posso apresentar alguns amigos pra vocês.

— Prefiro a morte do que ter alguma coisa com você ou com dos seus amiguinhos ridículos. — Falei com desdém e puxei Toni, querendo sair logo dali.

— Ah ruivinha, isso é porque você não me conhece bem. Mas vem cá, vamos ali comigo e eu te dou a cura pra essa doença.

Não consegui raciocinar direito para formular uma resposta pois tudo que eu consegui ver foi Toni desferindo um soco em Reggie, fazendo o mesmo cair no chão com a boca sangrando.

— Da próxima vez, eu pego a sua "cura" e faço picadinho dela, babaca. — A morena cuspiu as palavras e eu tratei de a puxar para longe dele.

Caminhamos em direção a mesa onde os outros estavam.

— Até enfim! — Kevin ergueu as mãos — foram ajudar o barman a fazer a bebida é?

— Tinha um babaca incomodando a Cheryl — Toni disse e se sentou, fazendo sinal para que eu sentasse do seu lado — tive que dar meu jeitinho.

— Bateu no cara? — Betty perguntou e Toni deu de ombros.

— Amo! Por que não gravaram? Adoro um barraco. — Kevin falou animado e eu ri.

— Ah, homens —Veronica revirou os olhos — uma raça que deveria ser extinta.

— Ei! — Kevin a olhou feio.

— Aí para Kevin, de homem você só tem o pinto. — Betty disse e nós rimos.

— "Pinto" — Toni riu — tão certinha que nem sabe falar pau?

— Eu sei falar isso — Betty resmungou — é só que é uma palavra imoral. — Deu de ombros.

— Ah, respeitem a Virgem Maria. — Falei e Betty mandou o dedo do meio.

— Bom amigas, eu vou procurar um boy magia para mim, tchauzinho. — Kevin pegou sua bebida e se levantou.

— Usa camisinha! — Betty gritou e Kevin assentiu, logo sumindo por entre a multidão.

— Vamos dançar, Betty. — Verônica se levantou puxando a loira pela mão.

Toni deu um gole na sua bebida e me olhou, apreensiva.

— O que foi? — Ri baixo.

— Ficou brava pelo que eu fiz?

— Claro que não, Toni — ri — eu teria feito o mesmo, se eu soubesse socar uma pessoa tão bem quanto você, mas o máximo que eu conseguiria seria um pulso deslocado. — Rimos.

— Então me lembra de te ensinar a socar gente escrota depois.

— Vou lembrar sim — pisquei — mas agora será que poderíamos fazer outra coisa? — Me aproximei da mesma e acariciei seu rosto.

— Mas isso não dá pra fazer aqui, Cheryl. — Sorriu maliciosa e eu revirei os olhos.

— Não tô falando disso — ri — mas sim disso aqui. — Acabei com a distância entre nossos lábios.

[…]

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desculpem pela demora, reescrevi esse capítulo umas dez vezes pra poder postar (desculpem se ficou uma bosta ainda sim)

pro próximo capítulo eu peço que vcs tenham estômago pq vai ser pesado ok