Capítulo 2

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Na manhã seguinte acordei com o som irritante do despertador.

Eu desliguei-o e levantei-me da minha cama.

Eu tomei um duche rápido, fiz o resto da minha higiene pessoal, vesti-me e fui tomar o pequeno-almoço.

Eu comi qualquer coisa rápida e depois sai de casa.

Quando sai de casa eu entrei no meu carro e comecei a conduzir em direção há minha escola.

As aulas passaram normalmente e como sempre uma grande seca, mas durante o dia todo eu não consegui parar de pensar no híbrido que eu vi ontem na loja e no que o Toni me disse.

Mas que merda, porque eu não consigo parar de pensar naquele híbrido que só vi uma vez?

Quando as aulas acabaram eu despedi-me dos meus amigos, entrei no meu carro e comecei a conduzir sem saber ao certo para onde.

Eu juro que não sei como eu fui parar à rua da loja de híbridos, mas já que já estou aqui...

Eu estacionei o carro e depois de sair eu entrei na loja.

Eu cumprimentei o homem atrás do balção (que por acaso era o mesmo de ontem) e comecei a andar entre os corredores até parar na frente da mesma jaula onde vi o hibrido de ontem.

Ele estava deitado no coberto a dormir.

- Posso ajuda-lo? – perguntou-me o homem que estava atrás do balção aproximando-se de mim.

- Sim, eu quero comprar aquele híbrido. – disse-lhe.

Eu sei que parece loucura comprar um híbrido assim do nada e que talvez eu me vai-a arrepender, mas as palavras saíram da minha boca sem que eu as pudesse impedir.

- Tem a certeza? – perguntou-me o homem.

- Sim, porquê? – perguntei-lhe.

- Bem, segundo me disseram quando trouxeram este híbrido para a loja ele é virgem e achei que quisesse um híbrido mais experiente. – respondeu-me o homem.

Não pode ser, este homem acha que eu quero um híbrido só para transar?

- Como é que eu faço para comprar o híbrido? – perguntei-lhe tentado controlar-me para não dar um murro na cara do homem.

- É simples, basta assinar uns papéis e depois pagar. – respondeu-me o homem.

- Ok. – disse.

- Siga-me para assinar os papéis. – disse-me o homem.

Então eu segui o homem até ao balção e depois o homem deu-me uns papéis para eu assinar.

- Prontos, os papeis já estão todos assinados! Agora como vai pagar? – perguntou-me o homem depois de eu ter assinado o último papel.

- Dá para fazer o pagamento por cartão de crédito? – perguntei-lhe.

Eu não gosto de andar com muito dinheiro, por isso só costumo ter algum dinheiro comigo, mas ando sempre com cartões de crédito.

O homem assentiu e então eu lhe dei um dos meus cartões de créditos e o homem o passou num daquelas máquinas que eu não sei o nome e depois entregou-ma e eu pus o meu código.

- Prontos, já está tudo! O híbrido agora é oficialmente seu. – disse-me o homem.

- Obrigado, posso ir busca-lo? – perguntei-lhe.

O homem assentiu e eu comecei a andar pelo corredor até chegar na frente da jaula do híbrido e vi que ele ainda estava a dormir.

Então eu girei a maçaneta da porta que só dava para abrir por fora e a abri devagarinho e entrei deixando a porta encostada.

Quando entrei na jaula do híbrido ele pareceu acordar porque eu o vi mexer-se.

Ele pareceu sentir que eu estava ali já que ele se sentou e olhou diretamente para mim.

Tal como ontem eu pude perceber nos seus olhos a curiosidade misturada com o medo.

- Oi gatinho, não precisas de ter medo de mim. – disse-lhe tentando passar-lhe segurança.

O híbrido não disse nada e continuou a olhar para mim.

- Gostavas de vir comigo? – perguntei-lhe.

Ele olhou para mim durante alguns segundos e depois eu o vi assentir com a cabeça.

Então eu estendi a minha mão para o híbrido para o ajudar a levantar.

Ele hesitou, mas acabou por segurar na minha mão e eu o ajudei a levantar.

Antes do híbrido se levantar ele pegou num urso de peluche e o apertou junto ao peito o que o fez ficar mais fofo.

Então eu e o híbrido saímos de dentro da jaula de mãos dadas e fomos em direção ao balção.

O homem deu-me os papeis, uma mochila com as coisas do híbrido e um livros que falava sobre coisas de híbridos e fomos em direção à porta.

- Obrigado pela compra, e não se esqueça, não há devoluções. – ouvi o homem dizer antes de sairmos da loja e eu revirei os olhos.

Eu e o híbrido andamos até ao meu carro e quando chegamos ao pé dele eu abri a porta para o híbrido e depois de ele entrar eu pus-lhe o sinto e depois fechei a porta.

Depois eu abri a porta de trás do carro e pus no banco os papéis e a mochila com as coisas do híbrido e depois entrei pela porta do motorista e comecei a conduzir em direção a minha casa.

Nós fomos o caminho todo até a minha casa calados, mas eu às vezes olhava para o híbrido pelo canto do olho e percebi que ele foi o caminho todo agarrado ao urso de peluche.

O híbrido parecia nervoso e não o culpo, afinal eu sou um completo estranho para ele.

Quando chegamos à frente da minha casa eu parei o carro e sai e depois tirei os papéis e peguei na mochila que estavam no banco de trás do carro e depois abri a porta para o híbrido sair e mais uma vez lhe estendi a mão e ele meio hesitante acabou por pegar a minha mão com uma das suas mãos pequeninas.

Nós entramos na minha casa em silêncio e eu levei o híbrido para a sala e disse-lhe para se sentar no sofá e eu sentei-me ao seu lado, mas um pouco afastado.

- Posso saber o teu nome? Eu me chamo Rodrigo. – disse-lhe.

- Y-Yuri, o m-meu nome é Yuri. – respondeu-me o híbrido num tom baixo permitindo-me ouvir a sua linda voz.

Meu Amado HíbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora