Chapter 4

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O barulho da chave girando na porta fez Chaeyoung saltar de cima do sofá e esconder seus seios e seu sexo com as almofadas. A maior, ao seu lado fez exatamente a mesma coisa, no entanto, Dahyun foi capaz de ver algo antes do total cobrimento dos corpos.

— Chaeyoung, de novo? — Dahyun reclamou, chateada com a amiga.

— Eu pensei que você não viria mais, já viu que horas são? Quase oito da manhã. Achei que finalmente tivesse aceitado sair com a Momo e que dormiria com ela lá.

— O que? — Dahyun perguntou inconformada. — Eu nem vi aquela garota. Onde estão os garotos, afinal?

— Jackson já foi pra faculdade e Mark foi fumar maconha com alguma garota que não me lembro o nome. — Dahyun revirou os olhos quando soube que seu amigo foi fumar maconha, mas logo assentiu e coçou os olhos.

— Certo, então. Podem continuar. Vou subir, tomar um banho e dormir umas duas horas. — Ela disse, se virando e indo rumo às escadas de madeira envernizada.

— Onde estava, afinal, se você não estava com a Momo? — Mina perguntou, não se aguentando de curiosidade.

— Aconteceu algo bizarro ontem e por alguma razão, uma garota que estava em coma havia quatorze anos respondeu à minha voz. — Dahyun sorriu. Um sorriso cansado. Estava exausta.

— Quatorze anos? Ela está bem? Fala ou anda? Tudo isso de tempo não era para ter comprometido seu cérebro? — Chaeyoung perguntou rapidamente, com tamanha surpresa.

— Como chegou à encontrar um caso assim? Pensei que fosse da fisioterapia. — Mina concluiu.

— E sou. — Dahyun respondeu, se escorando no corrimão da escada. — E sobre as perguntas de Chaeyoung, bem, ela fala normalmente, o resto ainda não sabemos. Ela deve passar por uma bateria de exames exaustivos, coitada. — Suspirou. — De qualquer forma, vou sair uns trinta minutos mais cedo para poder visitá-la. — Deu de ombros. Precisava da sua cama urgentemente. — Bom sexo pra vocês.

— Obrigada. — Disseram em uníssono e Dahyun subiu as escadas correndo.

Tomou um banho não tão demorado, pois sentia suas pálpebras pesarem, no entanto, quando finalmente se deitou em sua cama, seus olhos não se fecharam. Seu cérebro não permitia; ele ficava enviando imagens do sorriso de Sana e lembranças do elogio sobre os olhos de Dahyun.

Ela não fez muita coisa após aquele elogio, pois o médico insistiu que ela saísse da sala junto com Yumi, pois precisava realizar uma serie de exames. Antes de sair, Yumi ouviu o “ Mamãe?” e caiu em um choro intenso antes de abraçar sua filha e prometer voltar logo.

Dahyun se remexeu na cama e fechou os olhos forçadamente  porém aquele sorriso voltou a invadir seus pensamentos. Dahyun bufou irritada e se cobriu, mas, segundos antes de dormir, o tom meigo e fofo da voz de Sana voltou a pronunciar:

"Os seus olhos também são lindos"

Esse era o maldito problema em nunca receber elogios de mulheres tão lindas: quando recebia, não era fácil esquecer. Tentou evitar, mas um sorrisinho bobo enfeitou seus lábios antes de finalmente conseguir pregar os olhos.

[...]

O corpo da garota estava quebrado; ela não deveria sequer ter dormido, pensou, pois se sentia muito pior. Nos olhos havia pingado colírio, já que ardiam intensamente. Seus pés correram o mais depressa possível para dar tempo de visitar Sana.

Assim que chegou na porta a qual tanto ansiava, deixou três suaves batidas na mesma, que logo foi aberta por Yumi. A mulher avançou em Dahyun assim que a viu, envolvendo suas mãos ao redor do pescoço da garota e a abraçando forte.

Num piscar de olhos [Saida Ver.]Onde histórias criam vida. Descubra agora