Chapter 10

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— Quando uma pessoa sofre um acidente, sua primeira reação é fechar os olhos. — O médico começou a explicação de forma mansa. 

— Ela provavelmente fez isso no acidente. O cérebro da Sana reteve essa informação, então quando o corpo dela acha que ela está em perigo, ele automaticamente faz seus olhos tremerem daquela forma.

— Mas isso não pode se tornar nada perigoso? — Dahyun perguntou temerosa.

— Não, é apenas uma espécie de pequena sequela. — Ele respondeu. — Afeta sua área emocional, então é bem provável que quando ela se sinta envergonhada, com medo, raiva, enciumada ou fora de sua zona de conforto, isso aconteça.

— Oh, graças a Deus. — Dahyun disse mais aliviada.

— Às vezes pode ser que isso não aconteça, mas provavelmente vai acontecer com bastante frequência. — Ele disse. — Não apresenta nenhum perigo para a saúde, ela só vai precisar aprender a lidar com isso.

— Certo. Muito, muito obrigada doutor. De verdade. Eu nem dormi de preocupação. — Dahyun disse cruzando os braços, afinal estava um pouco frio àquela hora da madrugada.

— Você realmente se preocupa com ela, hm? — Ele disse sorrindo de forma terna e Dahyun assentiu.

— Sim. Ela é especial. — Dahyun respondeu.

— Tudo bem, senhorita. Agora vá descansar, amanhã vocês terão um longo dia. — Dahyun assentiu e desejou um boa noite para o médico antes de entrar e fechar a porta.

— Me conta uma história? — Sana perguntou bocejando assim que viu a menor e Dahyun assentiu, pegando sua blusa de moletom e a colocando, pois estava frio. A menor, ao ver Sana dar leves batidas na cama indicando que ela deveria voltar para lá, subiu na cama e sentiu Sana se aconchegar no calor de seu corpo.

— Frio? — Dahyun perguntou ao ver os pelinhos de seu braço enriçados e Sana assentiu. Na mesma hora Dahyun retirou o moletom que havia acabado de vestir e colocou em Sana, voltando a se deitar e sentir Sana se acomodar em seu corpo novamente. — Melhorou?

— Sim. — Sana disse baixinho. Dahyun assentiu e começou a acariciar as costas de Sana, iniciando outra história. Em poucos minutos Sana já dormia. Dahyun suspirou e se permitiu olhar para ela. A garota era tão linda, tão doce; de forma alguma merecia ter perdido tanto tempo de vida.

A menor dormiu algum tempo depois, sentindo a respiração quentinha e ritmada de Sana tocar a pele de seu pescoço.

[...]

— Dahyun? — A voz de Yumi fez Dahyun abrir os olhos lentamente, apenas para ver o sorriso da mulher. Seus olhos analisaram o próprio corpo: Estava enganchado ao de Sana. A maior tinha uma perna entre as de Dahyun e seu rosto estava afundado em seu pescoço. Um braço de Sana abraçava Dahyun possessivamente enquanto os de Dahyun se mantinham, um sobre as costas da maior e o outro em sua cintura.

— Bom dia, senhora Yumi. — Ela disse se espreguiçando. — Que horas são?

— Bom dia, querida. São oito da manhã. — Ela respondeu gentilmente, enquanto Dahyun se esquivava vagarosamente de Sana para não a acordar. — O doutor me disse o que houve pela noite. Você não deve ter dormido nada. 

— Não se preocupe comigo. — Dahyun replicoiu. — O importante é que ela está bem.

— Sim. Ela deu muito trabalho?

— De forma alguma. Sana é um amor. — Respondeu sinceramente. — Eu vou dar uma passada em casa apenas para pegar um uniforme limpo e comer algo. Uma da tarde passo aqui para irmos juntas para a fisio, tudo bem?

Num piscar de olhos [Saida Ver.]Onde histórias criam vida. Descubra agora