Hey, mom!

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Alguns minutos depois Calum adentrou o hospital um tanto quanto afobado e com a expressão séria. Seus sentimentos se fundiam entre preocupação e raiva; de Michael, é claro. 

Assim que o punk viu o moreno chegar se aproximou do mesmo para explicar algumas coisas, ou apenas conversar mesmo, mas Calum o empurrou fazendo-o cambalear para trás. 

Em qualquer outra situação — ou pessoa —, Michael revidaria, mas ele já havia queimado o próprio filme demais perante Luke e a todos que estavam envolvidos com ele. Levantou as mãos para cima em rendição. 

— Vai embora daqui, Clifford! — o moreno grunhiu, alterado. 

Michael mordeu sua língua, precisava aprender a agir como gente, e não pelas emoções. 

— Eu não vou embora, Calum. Eu vou esperar o Luke acordar, preciso falar com ele — disse encarando as pupilas dilatadas do outro. 

— Você vai embora sim! Eu estou aqui agora e eu te garanto que o Luke não precisa de nada que venha de você — Calum rebateu fechando as mãos em punhos.  

Michael engoliu em seco, por mais que merecesse, doía ouvir a verdade nua e crua em um momento delicado. 

— Desculpa, Calum, mas eu vou ficar aqui — o punk respondeu, voltando ao seu lugar de origem com dezenas de par de olhos pousados sobre ele naquela sala de espera. 

— Você vai sair daqui por bem ou prefere ficar aqui pra tratar do olho roxo que eu vou deixar em você? — Calum rosnou, se alterando. Andou até Michael o encarando de modo que pudesse intimida-lo.  

Michael estava disposto a correr qualquer tipo de risco, mas não sairia dali enquanto não tivesse boas notícias sobre o loiro. Não respondeu nada, apenas abaixou a cabeça e esperou.  

Notando que não adiantaria brigar com o punk já que o mesmo estava decidido a ficar ali, Calum foi até a recepção obter respostas sobre o melhor amigo. Luke estava bem, apesar de ainda estar desacordado e prometeram que assim que o mais novo acordasse chamariam Calum para ir vê-lo.  

  

Já era tarde quando finalmente Calum foi chamado pelo médico para ir ver Luke. O mesmo havia sentado do lado contrário de onde Michael estava, ignorando-o completamente para não cometer nenhuma insensatez.  

Assim que Calum chegou ao quarto, Luke sorriu ao vê-lo entrar. Ficou feliz de saber que não estaria sozinho ali com uma agulha em seu braço tomando soro até que fosse liberado. 

— Eai Lukey, pronto pra outra? — o moreno disse divertido para quebrar o gelo. 

— Definitivamente, não! — riram. 

Conversaram um pouco até que Luke se lembrou de fazer a pergunta misteriosa. 

— Você que me trouxe pra cá, Cal?  

O moreno arqueou as sobrancelhas e suspirou. 

— Você se lembra do que aconteceu antes de você desmaiar?  

Luke pressionou os olhos como se o gesto fosse clarear seus pensamentos, e a última coisa que se lembrou de ter visto foi Michael correndo em sua direção. 

— Michael — sussurrou. — Ele que me trouxe pra cá? — perguntou, de novo. 

— Sim — calum rolou os olhos. 

Só de lembrar da cena e de ouvir aquele nome o estômago do loiro deu cambalhotas, mas não das boas. Era um frio ruim que o causava arrepios. 

— Ele está lá fora te esperando — prosseguiu. — Já ameacei socá-lo, mas nem isso adiantou, ele realmente quer esperar notícias suas, Lukey. 

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