Capítulo 5 - O Trabalho de Ciência

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- Acho que todo mundo já me conhece - Tento ser sarcástico.

- Eu não, e já nem quero saber - Se estressa.

- Problema seu - Lambo os lábios devagarinho.

- Já chega - O tal dito "mestre" entra no nosso meio. - Eu sou o Epáfra  e essa é  a minha filha Eronildes.

- Prazer em conheçe-la Eronildes.

- Esse é o Peter - Apontou pra o caro que estava atrás de mim. - E esse é  o Luclénio - Apontou pra o outono cara, o tipo durão.

Estava começando a gostar daquilo. Por fim, lembrei-me que tinha um trabalho pra fazer e que no mundo real já estaria de manhã.

- Eu tenho um trabalho escolar de ciências pra fazer, então tenho que vos deixar - Olho pra todos e viro a cabeça.

- Será que terás tempo pra o fazer em condições?  - Pergunta o Peter.

- Vocês não têm nenhuma idéia sobre o que eu posso fazer? - Olho novamente pra todos.

Acho que eles nem sabem que eu estou encrencado.

- Na verdade temos muita coisa - Fala o Peter.

- Quais e onde estão? - Falo bocejando. Acho que estou cansado.

- Leva-lhe  na sala de armamento - O Epáfra se dirige ao seu escritório que parecia ter uma entrada secreta.

O Luclénio me leva até  a sala de armamento e ,Uau!, que coisa. A sala era gigante e cheia de armas e outras coisas.

- Então,  é  só você escolher o que quer levar.

- Tem muita coisa aqui, não é fácil escolher - apalpoalgumas coisas.

- Tens todo o tempo que quiser pra escolher, só te peço que seja rápido - Vira-se indo embora.

- Por que?

- Porque não serei eu a atrasar na escola e perder a nota da disciplina de ciências.

Ainda agora que o conheci e já nem gosto dele.

- Acho que já sei - Falo com um tom alto para que o Luclénio ouvisse.

- E qual é? - Vira-se com a cara em minha direcção.

- Vou levar essa arma de fogo, é manera - Pego nela.

- O...Oque? Você  não pode Leva-lhe.

- Por que não? - Pergunto.

Ele se aproxima de mim tirando a arma da minha mão.

- Porque, pelo que  você já tenha percebido isso é uma arma - Responde meio chateado pela minha escolha.

- E daí? - Tento irritar-lo.

- Eu já disse que não.  Além disso, essa é  a arma mais poderosa que só um guerreiro legítimo poderia usar.

-  Acho que eu sou um guerreiro legítimo - Me aproximo do Luclénio e ele da-me um soco no peito esquerdo dizendo:

- Um guerreiro legítimo não deixaria eu fazer isso.

- E quando é que eu me tornarei num? - Pergunto ansioso.

- Em breve rapaz, em breve. - Ele se acha. - Por enquanto vamos nos concentrar no teu trabalho de ciências.

- Quando eu me tornar num guerreiro forte e co... corajoso vou ter todas as armas fixes do mundo. - Grito na última parte da frase.

- Quer dizer, dos teus sonhos, néh? - Me corruge o Luclénio  com cara dele de pau. - Leva isso pra o teu trabalho.

- Oque é isso? - Recebo.

- É um detector de mentira - da uma de ombros.

- E como funciona?

- Essa é uma tarefa pra você descobrir. - O Luclénio saiu da sala onde estávamos.

Enquanto eu me perguntava como é que aquilo funcionava apareceu a Eronildes. Acho que ela estava mesmo procurando por mim.

- Eih Eronildes, como você está?  - Pergunto com um sorriso no rosto.

- Bem.

- Oque que fazes? - Repito o sorriso.

- Nada.

- Por qué que estás tão fría comigo?

- Não estou fria contigo só acho que não mudaria nada se eu dissesse que "estou bem" e que "vim buscar algumas armas pra minha missão super secreta" - Mexe nas armas.

- Ahm, okay.

Como não tinha mais nada pra fazer então fui em direção a porta.

- Por qué você tá levando o detector de mentiras? - Virou-se pra mim.

- Pra detectar mentiras..? - Tento disfarçar.

- Não minta pra mim.

- Tá bom, é pra o meu trabalho de ciências. - Baixo a cabeça.

- E pelo menos você sabe usa-lo? - Tenta dar um sorriso de leve.

- Não,  você poderia me aj...? - Antes mesmo de eu terminar de falar ela me diz:

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