A vida humana pode ser cruel

O dia seguinte

Ao acordar na manhã seguinte, Klaus sentiu sua cama espaçosa demais e percebeu que Bella não estava mais ali com ele. Curioso com o destino da humana, logo levantava e procurava uma roupa para colocar, que provocou uma pergunta em sua mente... Como ela saiu do quarto se ele havia rasgado a roupa dela?
A ideia dela saindo sem roupas, o deixou com ciúmes, principalmente ao imaginar os olhares nela e tratou de tentar esquecer aquele pensamento. Não poderia agir assim com ela.
Ao descer, suas preocupações foram embora ao ouvir a voz feminina que vinha da cozinha.
Encontrou Bella tomando café da manhã com seus irmãos como companhia.
- Klaus, nunca o vi acordar tão tarde. - disse Kol, sorrindo, como se soubesse de algo, o que Klaus não duvidava, afinal, não foi silencioso.
- Bem, tudo tem sua primeira vez. Bom dia a todos. - disse Klaus, sentando na única cadeira sobrando, ao lado de Bella, que sorriu, lhe passando uma xícara para a acompanhar no café.
- Bom dia. Dormiu bem? - perguntou Bella, segurando o riso e Klaus a encarou, confuso.
- Você está bem, Bella?
- Sim, por quê?
- Nada.
Todos voltaram a conversa anterior, antes da interrupção da entrada de Klaus e ele não deixou de prestar atenção ao que veio imaginando desde o quarto.
Bella estava com uma calça que definitivamente não era dela e uma camisa sua. Estava explicado a reação de Kol.
- Klaus! - chamou Bella, o cutucando e fazendo perceber que esteve em silêncio todo aquele tempo.
- O que?!
- Eu acho que perdi minha pulseira lá em cima.
Klaus a encarou confuso, não lembra de nenhuma pulseira.
- No quarto?
- Sim! Me ajuda a procurar?
- Hm... Claro.
Bella levantou, o levando com ela para o quarto e realmente começando a procurar.
- Bella o que você perdeu? - perguntou Klaus. Ela parou o que fazia para encara-lo.
- O frasco.
- Você está dizendo a...
Bella assentiu, aflita e Klaus logo se juntava a ela, procurando.
Eles sabiam o momento em que aquilo pode ter acontecido e sabiam também que poderia estar em qualquer lugar, mas esperavam que não estivesse quebrado.
Pelo que pareceu horas, ambos procuraram, até Bella ver o pequeno objeto em baixo da cama, em meio a tecidos de roupa rasgada.
Suspirando de alívio, ela o pegou e com a ajuda de Klaus, levantou, o abraçando, aliviada.
Se perdessem aquilo, não faziam ideia do que poderia acontecer. Com a cura a situação já era perigosa, sem seria ainda pior.
- Nunca mais guarde isso no bolso. - pediu Klaus, tão aliviado quanto ela.
Bella sorriu, assentindo, mas tendo que enfiar no bolso do jeans de Rebekah. Dessa vez, não esqueceria de tirar dali depois.
- Aonde conseguiu essa calça? - perguntou Klaus, curioso, a fazendo rir.
- Com sua irmã. Obviamente algo seu não serviria em mim, então eu a procurei pela casa até achar seu quarto.
Klaus a encarou.
- Você saiu do quarto sem...
- Não! Com sua camisa. Como você pode ver, é quase um vestido em mim.
Klaus assentiu, apesar de não gostar da situação.
- Está com ciúmes, Klaus?
- Não! Só não quero meus irmãos a vendo dessa forma.
Bella riu.
- Tudo bem, também não gostaria que ninguém te visse sem camisa.
Klaus sorriu, a puxando de volta para ele.
- Fico feliz que concordamos com isso.
Ele ia beija-la, mas Bella lembrou de um detalhe muito importante.
- Ah meu deus! Eu vou me atrasar pro trabalho.
- Ei! Eu sou um vampiro, esqueceu? Você pode chegar lá em segundos. - disse Klaus, antes que ela saísse correndo do quarto.
Bella respirou aliviada, o fazendo rir.
- Anda logo vampiro. Está muito devagar para um.
Rindo, Bella saiu do quarto, com Klaus logo atrás.
Ela não chegou atrasada, assim como Klaus não a deixou longe de suas vistas, não enquanto tinham o risco de o vampiro que a atacou tentar de novo.
Dessa vez, Bella não achou ruim, afinal, as memórias do dia anterior ainda estavam vivas demais em sua mente. O medo do que poderia acontecer com ela, por uma burrice de Edward, era grande.